As pessoas de Tadeo começaram a sair assim que ele pegou o controle remoto. Em pouco tempo, a sala que estava lotada até então, quase não tinha mais ninguém. Lourenço fez um sinal para Douglas, pedindo que ele chamasse a atenção de Tadeo enquanto ele aproveitava para pegar o controle remoto.Armas e munições eram itens proibidos no país, e o controle sobre os materiais brutos era extremamente rigoroso, exigindo uma série de procedimentos. Mesmo que Tadeo conseguisse fabricar bombas, provavelmente não teria muitas.Mas, a menos que alguém não quisesse mais viver, quem arriscaria sua vida apostando se isso era verdade ou mentira?Assim que Lourenço fez o sinal, Tadeo olhou para ele sorrindo, mas o que havia em seu rosto não era um sorriso, mas sim um aviso sombrio:- Sr. Lourenço, sei o que está pensando, mas é melhor não pensar. Sou covarde. Se por acaso eu me assustar e tremer a mão, apertando o botão por engano, as consequências serão terríveis.- Você fez com que Douglas ligasse para
Natália tinha a mente completamente ocupada com os assuntos de Douglas, tanto que só percebeu Thiago em sua frente quando ele falou algo que a fez reagir ao significado de suas palavras.Thiago estava preocupado com Natália, não com Douglas.Natália perguntou:- Como você veio parar aqui?Definitivamente não era uma coincidência.Raquel se aproximou cautelosamente e disse:- Fui eu quem disse a ele que você estava aqui. Ele acabou de mandar uma mensagem perguntando sobre o Douglas e como você estava. Eu mencionei brevemente, não imaginava que ele viria direto para cá.Ela podia adivinhar que, com o jeito de Thiago, sabendo que Natália estava aqui, ele certamente viria. Ela estava preocupada que, caso Natália agisse impulsivamente, ela não conseguiria contê-la sozinha. Mais uma pessoa significava mais segurança. Ela definitivamente não contava com Gustavo, aquele toco de amarrar barco, para ajudar a segurar alguém.Natália acenou com a cabeça:- Eu vou voltar agora.Ela já tinha pergunt
No interior do prédio residencial decrépito, devido à pilha de explosivos que Tadeo mencionou, cuja existência real era incerta, a situação havia se tornado um impasse.A polícia chegou, mas em tal situação, não podia avançar nem um passo. Não havia outros edifícios ao redor e a posição de Tadeo, distante das janelas, impedia que franco-atiradores se posicionassem. O negociador falou um monte, mas não recebeu nenhuma resposta, suas palavras eram completamente inúteis.Ele também tinha reféns em mãos, então eles não ousavam atacar diretamente.Tadeo, que deixava todos tensos, agora era o mais à vontade.- Irmão, você acha que a Irmã Natália consegue chegar a tempo?Nesse momento, Douglas já havia se recostado na cama novamente. O remédio que Tadeo deu era tão forte que, mesmo depois de tanto tempo acordado, seu corpo ainda estava mole.- Em vez de se preocupar se ela chega ou não, deveria se preocupar com seu apoio. A notícia já deve ter saído, você quer ver?Tadeo lhe lançou um sorriso
Um estrondo de explosão repentinamente ecoou, fazendo com que o chão todo tremesse. Após esse som, se seguiu um silêncio completo. Não era só o prédio residencial que estava em silêncio, as pessoas abaixo também se calaram. A bomba caseira, embora não fosse extremamente poderosa, foi suficiente para o prédio abandonado e já instável, que não suportava mais abusos. Com a explosão, os andares colapsaram quase que instantaneamente.Após a explosão, a terra parou de tremer, e Natália, se estabilizando, olhou para a frente, para os escombros do prédio residencial, tentando com todas as suas forças segurar a respiração, mas sua visão ainda escurecia em ondas.- Douglas Rocha...Os policiais rapidamente controlaram os subordinados de Tadeo, gritando para o prédio com um megafone:- Há alguém aí dentro?Natália correu direto para o prédio residencial.Thiago a segurou rapidamente:- Natália, não seja impulsiva agora. Ainda não sabemos a situação exata e não sabemos se há mais bombas não detona
Ao ouvir que não havia sinais de vida, Natália sentiu os joelhos fraquejarem e quase caiu, mas rapidamente se estabilizou.Ela prendeu a respiração e olhou para Lourenço.Não sabia porque, instintivamente, procurou olhar para ele, talvez porque estivesse em pânico e desesperadamente queria ouvir a resposta de outra pessoa. Mas essa reação foi momentânea, logo ela recuperou a consciência e cambaleou em direção ao local mencionado, onde disseram ter encontrado alguém.Natália estava prestes a subir quando um bombeiro a deteve:- Lá em cima é muito perigoso, você não pode subir.- Eu não vou atrapalhar o trabalho de vocês, só quero subir para ver quem é, meu marido está preso aí.A pessoa que a impediu foi firme:- Nós vamos trazer a pessoa para baixo, por favor, espere aqui ao lado. Lá em cima está cheio de pedaços de concreto desordenados, é muito fácil cair.Vendo que Natália parecia mal, a pessoa repetiu com seriedade:- Fique tranquila, nós vamos conseguir trazer a pessoa para baixo.
Natália folheou diretamente para a última página do consentimento, apertou firme a caneta, controlando suas mãos trêmulas, e rapidamente assinou seu nome.Assim que terminou de assinar, antes mesmo de ter tempo para recuperar o fôlego, uma enfermeira já lhe entregava outra folha de consentimento:- Esta é a autorização para cirurgia...Depois de assinar vários documentos, a enfermeira finalmente se virou para entrar, mas antes de ir, olhou para as mãos de Natália cobertas de poeira:- Você precisa tratar esses ferimentos, estão cheios de poeira, pode facilmente infectar.- Tudo bem, obrigada. - Foi só nesse momento que Natália teve a chance de perguntar sobre a situação de Douglas. - Como ele está? Não há nenhum perigo, né?- O paciente ainda está sendo reanimado, se houver algum problema, vamos comunicar imediatamente à família. - A enfermeira disse isso e rapidamente entrou com a pilha de consentimentos assinados.Assim que a porta se fechou, Natália se encostou na parede, exausta, c
No quarto do hospital.Douglas jazia quieto ali, com a máquina emitindo ocasionalmente um leve som. Fora isso, não havia mais nenhum barulho.Seus pensamentos pareciam ainda estar naquele prédio residencial decadente.Viver ou morrer, ao jogar o isqueiro, não tinha certeza absoluta, mas sabia que essa era sua única chance de sobreviver.Explosivos fabricados ilegalmente, sequestro de reféns, captação ilegal de recursos, cada uma dessas acusações era suficiente para Tadeo ser condenado à morte, sem falar nas mortes de Genaro e dos guarda-costas. Embora não tenha sido ele quem agiu diretamente, também não podia se desvincular completamente.Tadeo queria arrastá-lo para a morte, quanto mais tempo passasse, pior seria.Eles estavam no terceiro andar, a casa tinha pouco mais de três metros de altura, uma queda dessa altura, a menos que fosse extremamente azarado, não seria fatal. Mas a casa tinha grades de proteção, a única chance de sobrevivência era uma janela no final do corredor usada p
Natália não conseguia entrar, só podia olhar através do vidro, também não ousava falar, todos estavam ocupados, ela temia que sua interferência pudesse atrasar o socorro médico.- Natália, o que você está fazendo aqui? - Era a voz de Isaac.Logo em seguida, uma silhueta se aproximou, ficando ao seu lado para olhar para dentro, observando os profissionais de saúde entrando e saindo, ele perguntou com a testa franzida:- O que aconteceu?- Não sei.Ao ver que era ele, Natália se sentiu mais relaxada, deu uma olhada para trás dele, vendo Lourenço que chegou tarde. Não sabia se era psicológico, embora sua expressão fosse a mesma de sempre, sem muita mudança, Natália sempre sentia que seu humor parecia estar muito melhor do que quando o viu anteriormente.Isaac confortou:- Ele vai resistir, não se preocupe. - Natália pensou que ele estava tentando confortá-la, forçou um sorriso e acenou com a cabeça, então ouviu Isaac continuar. - Ele é tão mesquinho, com certeza não quer te deixar para ou