No dia seguinte.Assim que Natália chegou ao museu, um colega a abordou:- Tally, você ouviu? A Nicole confessou, dizem que ela será condenada no próximo mês.- Nicole confessou?Ela havia armado um esquema para Nicole criar um escândalo na frente de Elías na mansão, mas agora ela havia confessado. Parecia que a família León não a ajudou.- O que você acha que a Nicole queria? Estava quase na idade de se aposentar e agora, sua reputação e fortuna estão arruinadas.Natália respondeu sorrindo:- Quem sabe? Talvez com a idade, ela tenha perdido a capacidade de julgar as coisas claramente.O fato de Nicole ter confessado não afetou muito Natália. Se Dalia fosse fácil de lidar, ela não teria cometido tantos crimes e ainda viver tão despreocupadamente.Mas ela não esperava que Elías fosse procurar ela.- Srta. Natália, você tem um momento para conversar?O homem estava elegantemente vestido em trajes casuais, com um ar calmo e uma expressão serena no rosto.Desta vez, ao ver Elías, os sentim
Um carro preto acelerava em direção a ela.Natália estava ao telefone e, ao ouvir o barulho e se virar, já era tarde demais.O carro estava tão perto que os objetos atingidos esbarraram em sua pele, sem chance de desviar.Seu olhar cruzou com o do motorista através do para-brisa...Gritos, colisão...Todos os sons nesse instante pareciam recuar como a maré, restando apenas aquele rosto estranho e louco, crescendo diante de seus olhos.De repente, uma grande força a empurrou pelas costas.Natália cambaleou para frente, tropeçou em um obstáculo e rolou desajeitadamente para longe.O carro colidiu.Natália, deitada no chão, sentia dor nos cotovelos e joelhos, a dor trazendo sua razão de volta daquele momento aterrorizante.Os sons ao redor começaram a ficar claros novamente:- Chamem uma ambulância, tanto sangue, pode ser fatal.- Querida família, acabei de testemunhar um terrível acidente. Aquele motorista com certeza fez de propósito, veio direto, sem sinal de frear. Se não foi assassin
Que amizade tocante essa.Na sociedade superficial de hoje, onde a natureza humana era cada vez mais testada, encontrar uma amizade tão sincera era realmente emocionante.A repórter rapidamente apontou o microfone e a câmera para Natália:- Srta. Natália, a Srta. Dalia, em um momento crítico, arriscou sua própria segurança para te salvar. Qual é o seu sentimento sobre isso?Os olhares de Dalia e ela se encontraram e Dalia te deu um leve sorriso sarcástico.Ela não se importava em deixar claro que foi intencional.Ela queria que Natália perdesse a calma em público, para mostrar ao público que tipo de pessoa ingrata ela era. Mesmo que Natália não se irritasse, não importava, pois seu objetivo não era difamar sua reputação.Natália sorriu.- Estou emocionada, muito emocionada. Eu e Dalia nos conhecemos há pouco tempo e além do trabalho, não tivemos muita interação pessoal. Nunca imaginei que ela estivesse disposta a arriscar sua vida por mim.Não passava de um teatro?Então que todos entr
Sob o cobertor, Dalia segurava seu celular, gravando um vídeo, com a câmera apontada diretamente para Natália. Ela havia ajustado a posição enquanto conversavam, com a maior parte do aparelho escondida pelo cobertor, deixando apenas a câmera exposta. O celular estava envolto em uma capa branca decorativa, não muito fácil de notar.Natália pausou a gravação e, ao recolher a mão, casualmente limpou uma mancha de sangue na roupa de Dalia.- Você quer usar a pressão da opinião pública para me forçar a deixar você ficar na Cidade K? Srta. Dalia, não há necessidade disso. Se quiser ficar na Cidade K, fique, afinal, a Cidade K não é minha. Como eu poderia te expulsar?Dalia ficou atônita. Seu tio a amava desde criança e, se não fosse pela consideração com Douglas, ele certamente não seria tão cruel a ponto de forçar ela a voltar para a Cidade A. Agora, ferida e tendo salvo Natália, a pressão da opinião pública certamente faria seu tio concordar.Mas, tendo alcançado seu objetivo, Dalia não se
No momento em que Dalia encontrou os olhos do homem, ela rapidamente virou a cabeça para trás, como se mais um segundo de contato visual fosse repulsivo.- Ou você faz o que eu disse ou nunca mais apareça na minha frente.Ela tocou o gesso duro em sua perna, ainda sem sentir muita dor por causa da anestesia.Um brilho cruel passou pelos olhos de Dalia, suas mãos agarrando firmemente os lençóis da cama. Tendo quebrado a perna, ela sentia que merecia alguma compensação.Os lábios do homem estavam apertados, os olhos baixos, e era impossível discernir suas emoções ao olhar para ela.- É isso que você quer? Casar com ele?- Sim, não quero casar com ele, por acaso eu quero casar com você? Saia imediatamente do meu quarto, ou não me culpe por contar ao meu pai tudo o que você tem escondido dele....- Essa Dalia é doente? A pessoa que a atropelou não foi você. Ela é tão forte, por que não vai atrás do motorista responsável? Por que te chantageia moralmente? Só porque te empurrou, você deve f
Thiago sabia o que Natália tinha visto, mas ele não tinha nem olhado uma vez sequer.- Não é nada, é só um pequeno ferimento, vou ficar bem depois de dois dias deitado.- O curativo no seu peito está todo ensopado de sangue e você diz que é só um pequeno ferimento?Natália se inclinou para tirar a coberta fina de Thiago e seus dedos mal tocaram a ponta do cobertor quando o homem segurou sua mão, dizendo com um pouco de resignação:- Não comece assim tão direta e se eu não estiver usando calças?A palma da mão dele estava ardendo, claramente não era uma temperatura normal. Natália puxou a mão de volta e em vez disso tocou a testa dele.- Você está com febre, faz quanto tempo que você não troca esse curativo?O sótão já era quente por si só, sem ar-condicionado, apenas um ventilador soprando.Não só uma pessoa ferida, mas até ela, que estava ali parada há alguns minutos, já não aguentava o calor.Thiago estava muito fraco e sem energia, tendo passado os últimos dias meio adormecido. Se n
- Vamos deixar assim por enquanto. - Natália não entrou em detalhes, a situação de Thiago não permitia.Ela observou sua dificuldade em falar, temendo que ele não resistisse e morresse no carro.Thiago, escondendo sua usual irreverência, disse:- Natália, você não tem confiança nesse relacionamento.Ela não estava segura de seu relacionamento com Douglas, por isso, ao falar dele, faltava o sentimento de pertencimento e posse.Natália hesitou ao desafivelar o cinto de segurança, evitando o assunto. Ela saiu do carro e abriu a porta do passageiro.- Quer que eu chame um segurança para te ajudar?Thiago tossiu fracamente e forçou um sorriso, brincando:- Melhor você anunciar na rua para que todos saibam que estou aqui.Natália revirou os olhos sem palavras.- Você está tão ferido e ainda brinca comigo. - Ela se inclinou para ajudar Thiago a sair do carro. - Se sente no sofá, vou arrumar um quarto no térreo, melhor não subir escadas nesse estado.Thiago parecia abalado, talvez pelo seu cor
Embora Natália não acreditasse, ao ouvir as palavras de Douglas, ela não pôde evitar a preocupação e o examinou de cima a baixo com o olhar.- Você se machucou?A expressão de Douglas não mostrava grandes emoções, mas havia um brilho de raiva em seus olhos.- Depois de um dia exaustivo de trabalho na empresa, chego em casa e vejo minha namorada alimentando outro homem. Você diria que isso é um ferimento grave?Natália não tinha o hábito estranho de usar outros homens para provocar seu namorado. Independentemente de ela e Douglas permanecerem juntos, ela não queria que mal-entendidos surgissem por causa disso.Ela se apressou em explicar:- O médico veio sem anestesia e ele só limpou o ferimento há pouco tempo. Ele está sem forças nas mãos...Thiago corroborou sua história:- Mal consigo levantar meu braço.Douglas olhou para ele.Após alguns segundos de silêncio, ele disse friamente:- Sua ferida não é da minha conta. Te dou meia hora para sair da minha casa.Dizendo isso, ele puxou Na