Na macia cama grande, sob os lençóis brancos, Douglas repousa sobre Natália, segurando seus ombros, quase a afundando no colchão.Ele agarra a nuca dela, beijando-a intensamente nos lábios.Natália inclina a cabeça para trás, forçada a suportar seus beijos avassaladores, enquanto gemidos baixos escapam ocasionalmente de sua garganta.O quarto, embora não iluminado, revela claramente os rostos um do outro. A mulher, com os olhos semicerrados, exibe uma expressão tímida e confusa, com um leve rubor nas pálpebras, parecendo estar sendo maltratada.O ar do quarto se aquece, e os dedos de Natália, como se queimados, se contraem involuntariamente.O olhar de Douglas cai sobre a pele dela, tingida de um rosa pálido, sensual da cabeça aos pés.Os dedos dela tocam o pescoço dele, deslizando sobre seu pomo de adão em movimento.Os beijos de Douglas se tornam mais frenéticos, e suas mãos definidas seguram as mãos de Natália, pressionando-as firmemente contra o lençol branco.A voz rouca de Dougla
Natália, com a mente em branco, sentiu como se certas imagens fossem forçadas em sua cabeça. Ela ficou enfurecida por um bom tempo sem falar, e do outro lado da linha, Douglas também permanecia em silêncio, a atmosfera se tornando cada vez mais ambígua com o som da respiração.Natália até percebeu que a respiração dele, que mal se acalmara, ficara pesada novamente, cheia de desejo e provocação.Ela sentia a veia em sua testa pulsar:- Douglas, você não pode se controlar um pouco? Até em uma ligação você pensa nessas coisas.A voz do homem estava rouca:- Eu me contive por muito tempo, estou tendo dificuldades em me controlar...Antes que ele terminasse, Natália desligou o telefone. A mente dele estava cheia daquelas coisas, e se ela o deixasse continuar, Deus sabe o que mais ele diria de indecente.Natália jogou o celular de lado, puxou o cobertor planejando continuar dormindo, mas ao fechar os olhos, descobriu que Douglas a tinha deixado sem sono.Ela acendeu a luz e começou a mexer n
Filipe gritou, e os líderes que estavam inspecionando voltaram seus olhares para o Sr. José.Sob o olhar atento de todos, a expressão do Sr. José mudou. Ele lançou um olhar de advertência para Filipe e, suavizando seu semblante, disse:- Sr. Filipe, eu sei que você está preocupado com aquele assunto da sua família. Já pedi a alguém para ajudá-lo a resolver. Vá para o meu escritório e me espere lá. Vamos conversar mais tarde. Os líderes aqui têm outros compromissos após a inspeção.Filipe estava certo de que Sr. José havia visto o olhar que ele lançara para Natália.Ele queria proteger aquela mulher.Tanto cuidado com ela, sempre pensando nela para as boas oportunidades... Talvez houvesse algo impróprio entre eles que ninguém sabia.No campo de trabalho deles, os funcionários mais experientes sempre orientavam os novatos. Para alguém da idade de Natália, já era um privilégio poder restaurar artefatos, que dirá participar de trabalhos de restauro tão importantes e ainda ser promovida.Fi
Após descobrir a identidade e o caráter de Dalia, Natália pensou em uma estratégia. Embora não tivesse certeza se Dalia estava direcionando suas ações contra ela, coincidências demais geralmente não eram um bom sinal.Originalmente, a estratégia era apenas para se proteger, mas acabou sendo útil mais rápido do que esperava.Havia um silêncio total no local.Os olhares das outras pessoas para Natália eram estranhos.Ela se monitora? Isso é algum tipo de distúrbio? - Questionavam.Natália abriu o notebook que carregava consigo. O grampo de cabelo havia sido consertado três dias antes, e ela planejava entregá-lo hoje, mas um inspeção surpresa do chefe atrasou seus planos.Ela acessou o vídeo de vigilância de três dias atrás, mostrando claramente que colocou o grampo consertado em uma caixa e etiquetou com seu nome.Depois, ela passou o tempo em uma área de trabalho temporária, reparando uma coroa com alguns professores, e não voltou lá.Como a câmera estava instalada em sua capa de celula
Natália permaneceu parada, também não ousou se desvencilhar da mão de Douglas; ela temia que, com um movimento brusco, a toalha frouxa que envolvia a cintura dele caísse. Ela só tinha vinte e cinco anos e ainda não estava tão desesperada ao ponto de querer ver um homem nu. Douglas era mais alto que ela, e estavam tão próximos que a água do seu queixo caía sobre ela. Já era maio, as roupas eram mais finas, e o tecido molhado colava em sua pele, uma sensação que Natália detestava ao extremo. - Leandro disse que você estava morrendo, ele não pode vir agora, então me pediu para checar, com medo de você realmente morrer em casa. Ela lembrou da empregada que se demitiu, com desdém disse:- Agora você mora sozinho neste lugar isolado, se algo acontecesse, você poderia morrer sem ninguém saber. Vendo sua irritação, o canto dos lábios do homem se curvou, e uma risada grave surgiu de seu peito:- Ele tem medo de eu morrer em casa, ou você tem?Natália silenciou por alguns segundos e então
Natália foi levada por Douglas até o sofá.- Se sente, vou passar remédio no seu braço.Ela ficou um pouco surpresa, aparentemente não esperava que ele a trouxesse ali só para cuidar de seu ferimento. Levantou os olhos e viu nos olhos escuros do homem um leve sorriso.- Você sabe que eu sou impotente, o que mais eu poderia fazer com você?Ele se ajoelhou no chão, pegando uma pequena caixa de medicamentos da gaveta ao lado.Douglas usou um cotonete embebido em antisséptico para limpar o ferimento dela.- Você foi intimidada?Natália não se sentia intimidada, mesmo que tivesse sido, ela tinha se vingado com sucesso, então, fosse o arranhão que Filipe lhe causou ou ser questionada na frente de tantas pessoas, ela não teve uma reação especial.Mas, no momento em que Douglas perguntou, a respiração de Natália parou por um segundo e um sentimento amargo subiu involuntariamente ao seu coração. Ela olhou fixamente para os cílios semibaixos e o nariz reto do homem, e depois de alguns segundos,
A voz dele tinha aquela preguiça característica do início da manhã. Natália, assustada com sua voz, rapidamente voltou a si e olhou ao redor, vendo a decoração familiar do quarto. Ela se sentou na cama, olhando rapidamente para as próprias roupas, ainda as mesmas de ontem, um pouco amassadas após uma noite de sono:- Como eu... - Ela começou a falar, mas parou ao se lembrar que parecia ter adormecido no sofá. - Que horas são?Ela jogou as cobertas para o lado e saiu da cama.- Por que você não me acordou?Natália hesitou em se levantar, lançando um olhar desconfiado para ele. Douglas também se sentou, seu torso nu e musculoso exposto ao ar, atraente e definido. - Eu te carreguei do sofá para a cama, você nem acordou com todo o movimento, então achei normal não te acordar.Ele pegou um relógio de pulso do criado-mudo.- São oito horas. Vamos nos atrasar para o trabalho.Natália nem se preocupou em discutir se ele deveria ou não tê-la acordado, se apressando para pegar roupas no guarda-
Natália sorriu e disse:- Eu nunca disse que perdoaria você ou algo do tipo. Apenas estava te lembrando do crime que cometeu.Ela franziu a testa e continuou:- Eu já denunciei isso à polícia ontem. Aguarde o contato deles. Qualquer consequência é merecida por você. Quando você expôs aquilo publicamente, não deixou espaço para mim.Ele não sabia o tipo de punição que ela enfrentaria se não conseguisse explicar?Ele sabia.Ele era mau.Se não fosse mau, mesmo que não gostasse dela, deveria ao menos perguntar a ela primeiro, esclarecer a verdade antes de tornar público.Natália não era tão magnânima a ponto de perdoar alguém que tentou prejudicá-la.Filipe só agora percebeu o perigo, mas sua forma de expressar o medo era com raiva. Quando as pessoas ficavam com raiva, perdiam a razão.- Natália, você ousa me enganar?O filho era seu ponto fraco. No calor do momento, ele esqueceu que estava na casa da família Rocha, esqueceu que Douglas estava lá dentro e que havia vários guarda-costas fo