As mãos de Natália estavam sendo seguradas por Douglas, e os dois estavam próximos o suficiente para que, ao levantar os olhos, ela pudesse ver o reflexo de si mesma nas pupilas dele. O homem estava vestido com uma camisa de mangas compridas de cor clara e calças escuras. A chuva havia encharcado metade de suas roupas, até mesmo seu cabelo estava um pouco molhado, mas ainda assim ele exalava uma aura de dignidade e elegância, sem parecer desleixado mesmo estando molhado.As pontas dos dedos frios de Douglas acariciavam a palma da mão dela, um gesto carinhoso que não deixava espaço para ambiguidade ou indecência.- Táli, desde que nos casamos, a família Rocha e eu somos seu apoio.As pequenas emoções que Natália sentira por Douglas desapareceram com essas palavras.Ela respondeu com ironia:- Ah sim, esse apoio é tão incrível, invisível aos outros, que grande apoio!Além de algumas pessoas próximas, ninguém sabia que ela e Douglas eram casados.Vendo a raiva no rosto dela, ele tentou se
Douglas apoiou a mão na toalha, parecendo que ia fazer um show ali mesmo para ela. Natália, com os olhos queimando como se tivessem sido tocados pelo fogo, desviou o olhar rapidamente para outro lugar. Ela foi diretamente até ele e o empurrou para fora do quarto.- Dez minutos já estão quase acabando, tranque a porta quando sair e leve a toalha para jogar fora. - Disse Natália, e imediatamente fechou a porta do quarto.No banheiro, o vapor da água se espalhava, e no ar flutuava o cheiro familiar do seu sabonete, misturado com outro aroma, o perfume que Douglas costumava usar. Era uma mistura estranhamente íntima. Em teoria, após três anos de casamento, essa cena deveria ser completamente normal. Mas, na memória de Natália, era a primeira vez que acontecia.Quando eles moravam em Jardim Gardênia, cada quarto tinha seu próprio banheiro, e havia outro banheiro compartilhado. Douglas raramente voltava para casa e, mesmo quando voltava, era sempre tarde, então nunca ocorreu essa situação de
Fernanda ficou muito irritada na noite passada depois de ser ironizada por Douglas, praguejando contra Natália a noite inteira. Logo cedo, ao ouvir alguém bater à porta, ela a abriu de cara limpa.Para sua surpresa, quem estava do lado de fora era Thiagozito, o homem em quem ela pensava.Ela ficou paralisada por um instante, levantando a mão instintivamente para cobrir o rosto.- Thiagozito, espera um pouco, vou lavar o rosto e já volto.Fernanda estava prestes a voltar ao quarto para se maquiar quando Thiago a interrompeu.- Srta. Fernanda, só quero falar algumas palavras e irei embora. Não estou olhando para o seu rosto, você não precisa perder tempo se arrumando.- Thiagozito, você não se importa comigo assim? - Fernanda ficou atordoada, nunca imaginou que um dia ouviria essas palavras da boca do homem que gostava.Thiago, com uma expressão séria, pediu desculpas sinceramente:- Desculpe.Fernanda ainda estava magoada, seus olhos vermelhos se enchendo de lágrimas. Ela virou o rosto,
Quando a voz de Douglas se suavizou, seu ar elegante e nobre se tornou ainda mais evidente, misturado com uma pitada de preguiça:- Ou você prefere ir à frente, seguida de perto por dois carros?Natália estava contendo a raiva em seu peito, olhando-o furiosamente.- Você insiste em me levar para casa?Douglas sorriu levemente.- Originalmente, eu não insistia em te levar para casa.Ela entendeu.Os dois homens estavam competindo secretamente, usando-a como um peão.Natália disse:- Eu já estou de carro, não precisa se incomodar, Presidente Douglas. Se quiserem seguir, sigam...A pessoa que matou sua mãe ainda era de Cidade Afamília León, uma figura tão formidável que ela ofendeu; ela deveria temer ser seguida por outros?Mas antes que pudesse terminar, foi interrompida por Leandro, que apareceu de repente:- Sra. Rocha, posso levar seu carro de volta.Natália ficou sem palavras.Thiago, ao lado, zombou com um sorriso frio:- Chamar a subordinada de 'Sra. Rocha' milhares de vezes não mu
Se fosse outra pessoa, Leandro certamente não ligaria para incomodar Presidente Douglas e Sra. Rocha em seu encontro. Mas recentemente, o Presidente Douglas tem se mostrado muito atento aos assuntos da família León, e até mesmo a cooperação recente foi facilitada por ele, que reduziu suas exigências. Douglas franzia a testa e, em seguida, falou calmamente:- Onde eles estão agora?- Acabaram de chegar ao aeroporto, já mandei um motorista buscá-los...- Ótimo, depois de escolher o restaurante, mande-me o endereço.Após desligar, Douglas olhou para Natália com um olhar de arrependimento, dizendo:- Parece que hoje não teremos tempo para jantar, que tal subirmos para ver a casa? Se não gostar, posso te levar para ver outras depois.Natália recusou:- Não, obrigada.Boa ou não, aquela era a casa de Douglas, e não cabia a ela gostar ou não.- Você deve estar ocupado, eu pego um táxi para casa.Ela já estava com um pé no chão, mas Douglas estava muito perto e não mostrava intenção de deixá
- Eu ouvi dizer que o Douglas tem estado bastante próximo de uma mulher ultimamente, parece que estão planejando um casamento arranjado. - Raquel falava, mantendo o olhar fixo em Natália, observando cuidadosamente sua reação. - Mas isso é só o que ouvi, não sei dos detalhes. Se você quiser saber, melhor perguntar a ele diretamente, nesses assuntos, ninguém sabe melhor do que os próprios envolvidos.Na verdade, ela não apenas ouvira, mas também tinha visto Douglas com aquela mulher. No entanto, naquela ocasião, o comportamento deles não parecia nada íntimo, então ela não pensou muito a respeito.Nos últimos dias, contudo, a notícia do casamento arranjado de Douglas já estava se espalhando rapidamente. Parece que a situação deles já havia se tornado pública, e ela estava preocupada que Natália fosse enganada. Afinal, até pouco tempo atrás, aquele homem agia como se só tivesse olhos para ela.E Douglas, um homem de tão excelentes qualidades externas, mesmo sabendo de algumas partes sombri
Após Natália terminar de falar, ela se levantou e saiu sem esperar a aprovação de Lisa. Quanto a Douglas, além daquele olhar indiferente no início, seu olhar nunca mais pousou sobre ele durante toda a conversa, como se ele não existisse.Quando ela mencionou "seu namorado", os olhos de Douglas se estreitaram imediatamente, brilhando com uma luz sombria.Ele se levantou e apressadamente seguiu Natália.Embora a mulher não tivesse pernas tão longas quanto as dele, ela estava correndo, e quando Douglas a perseguiu, ela já havia desaparecido de vista.Ele, com uma expressão fria, caminhou em direção à escada.Na sala privada, restou apenas Lisa. O barista e os garçons já haviam sido dispensados por ela. Ela olhou para a porta vazia, pegou a xícara de café de Douglas, que ele mal havia tocado, e bebeu tudo de uma vez.Douglas alcançou Natália na curva do segundo para o primeiro andar. Ele segurou sua mão e a puxou para perto de si.- O que você está falando? Mesmo que esteja insatisfeita, u
Douglas estava mordendo ela.Ele estava realmente mordendo ela, uma sensação picante e dormente se espalhando dos lábios, carregada com raiva evidente, beijando-a de forma brusca e agitada, enquanto sua outra mão, pousada em sua cintura, passava de morna para escaldante.A ponta da língua de Douglas ocasionalmente varria a raiz da língua de Natália, deixando-a extremamente desconfortável. Ela ergueu a mão, pressionando contra o peito dele, tentando empurrá-lo com força.Quanto mais ela resistia, mais intensos se tornavam os avanços de Douglas sobre ela. Natália mordeu a ponta da língua dele, com um pouco mais de força, mordendo até sangrar.O homem soltou um gemido de dor e a soltou.Sua língua deslizava sobre os lábios, deixando um traço de sangue evidente, complementando seu rosto surpreendentemente bonito, parecendo um nobre príncipe vampiro saído de um quadrinho, sem causar medo algum.Douglas passou a ponta do dedo sobre os lábios, exibindo o dedo manchado de sangue cor de rosa pá