Viviane entrou na sala e disse:- Vitória, você realmente acha que preparando uma sopa conseguirá influenciar a decisão da velha senhora? Me deixe te informar que, desta vez, convoquei um renomado especialista em cirurgia cardíaca para operar a senhora. Se a operação for bem-sucedida, ela certamente não se oporá ao meu casamento com Dario.Embora o irmão mais velho e o terceiro irmão ainda não tivessem dado sua aprovação, Viviane estava confiante de que obteria o consentimento do terceiro irmão para realizar a cirurgia em Sra. Solange.Salvando a vida de Sra. Solange, da família Lopes, como poderiam se opor ao meu casamento com Dario?Vitória sabia dos problemas cardíacos da senhora, mas nunca havia encontrado o médico ideal para a cirurgia.Pensou consigo mesma que, ao menos, a saúde de sua avó poderia melhorar.Se levantando, Vitória respondeu com ironia: - Bem, meus parabéns antecipados. Que vocês tenham muitos filhos e, por favor, mantenham distância.O semblante de Viviane se fec
Rapidamente, o médico da família chegou, apressado.Dario lançou um olhar para as bolhas na mão de Vitória, e sua expressão se aprofundou significativamente: - O que está fazendo parada aí? Vá se sentar!Vitória baixou os olhos e caminhou até lá, mas foi empurrada pela sogra: - Não atrapalhe aqui. Dr. Isaac, por favor, examine Viviane rapidamente, para que não fique com cicatrizes.Viviane, sentada em seu lugar, lançou um olhar triunfante para Vitória.Vitória permaneceu imóvel, como se não se importasse. O homem ao seu lado lançou a ela um olhar repentino, mas acabou por não dizer nada.Depois de abrir sua caixa de medicamentos, o Dr. Isaac começou a examinar o pulso de Viviane e constatou que estava apenas um pouco vermelho, sem a pele ter sido rompida. A expressão do Dr. Isaac era um tanto complicada: - Isso não precisa de exame.- Por que não? E se isso atrasar o tratamento, você pode assumir essa responsabilidade?Dr. Isaac ajustou seus óculos: - Porque em meia hora, isso vai
Vitória estava sentada no sofá, sentindo um amargor no fundo do coração. Na verdade, a Sra. Solange sempre foi muito boa para ela. Além de sua tia, apenas a avó a tratava com tanto carinho e ela era muito grata por isso.O médico da família estava cuidando de sua ferida, e então disse: - Nos próximos dias, evite contato com água e deixe a ferida cicatrizar lentamente.- Vitória, você pode contar para a avó como se machucou? - Perguntou a Sra. Solange.Vitória olhou para Viviane, que desviou o olhar com um traço de culpa em seus olhos.Daise interveio rapidamente: - O que você quer dizer, Vitória? Foi claramente um acidente. Você está tentando incriminar alguém? A Srta. Viviane estava tentando ajudar e também se machucou.A Sra. Solange gritou: - Se cale! Quem te deu permissão para falar?Daise imediatamente fechou a boca, embora parecesse insatisfeita. Sua sogra nunca gostou dela, sempre preferindo Vitória, a mulher de origem humilde.Vitória finalmente respondeu, calmamente: -
Viviane e Sarah estavam desgrenhadas, com os cabelos e roupas em desalinho, exibindo ainda marcas de pancadas de espátula pelo corpo. Viviane exclamou: - Dona Daise vai fazer justiça por mim.- Mas estamos na Mansão dos Lopes, onde quem faz justiça é Dona Solange. Você acha que ela vai acreditar em vocês ou em mim? Aviso a vocês, não me provoquem, senão da próxima vez não será tão fácil.Sarah engoliu em seco, com um olhar de desespero. As palavras de Vitória eram verdadeiras. A avó certamente acreditaria naquela maldita Vitória!Depois de falar isso friamente, Vitória deixou a cozinha sem olhar para trás.Viviane e Sarah, em um estado lastimável, se sentaram no chão, incapazes de expressar sua angústia. Viviane disse, furiosa: - Eu não vou deixar isso assim, você vai ver!No canto, Dario presenciava tudo e arqueou as sobrancelhas, observando a direção pela qual Vitória saíra. Quem diria que essa mulher, mesmo ferida, poderia enfrentar duas e ainda sair vitoriosa?O assistente co
Dario interrompeu sua mãe: - Primeiro vamos comer.Sra. Solange olhou sorrindo para Vitória: - Preparei a sopa que você mais gosta, Dario. Sirva uma tigela para sua esposa.Vitória estava um pouco nervosa e quis pegar a colher, mas o homem ao seu lado foi mais rápido e serviu sua tigela com mãos longas e bonitas.Ela olhou para a sopa de cor creme diante de si, subitamente sem apetite.Daise resmungou: - Ora, a sopa que meu filho serviu para você não é boa o suficiente?Sra. Solange olhou para ela com preocupação: - Vitória, você não gosta?- Não, vovó, eu gosto muito.Vitória pegou a tigela, ainda sentindo um olhar inescapável ao seu lado, cheirou a sopa de peixe e franziu o cenho inconscientemente.Apesar disso, ela tomou uma colherada, mas não conseguiu engolir a segunda.Alguns segundos depois, Vitória colocou a tigela no chão e sentiu uma leve ânsia de vômito.Estranho, ela sempre gostou dessa sopa de peixe, por que hoje não a agrada?Sra. Solange, surpresa, disse:- Vitória,
- Sr. Dario, eu realmente disse antes que gostava de você, mas nunca afirmei que gostaria para sempre.- Vitória!O homem segurou firmemente o queixo dela, olhando profundamente em seus olhos e baixando a cabeça, quando de repente percebeu que não conseguia mais entender aquela mulher. Antes, ela sempre o seguia, cuidando de suas necessidades diárias, como se, não importasse o que ele pensasse, ela pudesse perceber imediatamente e reagir. Seu olhar era fácil de compreender, carregado de um tipo de admiração esperançosa. Mas, de repente, esse tipo de olhar desapareceu. Dario se sentiu extremamente incomodado por dentro, incapaz de suportar a ideia de ela olhar para outros homens daquela maneira, especialmente com vontade de encontrar e espancar aquele homem do hotel! Vitória não recuou e os dois ficaram tão próximos que seus narizes quase se tocaram. A respiração deles se misturou, tornando a atmosfera um tanto estranha. - O que vocês dois estão fazendo aqui? Dario, Vitória está
- Vitória, o que significa esse silêncio? Fale alguma coisa.Vitória lançou um olhar constrangido para Dario e falou baixinho: - O que posso dizer? Melhor você perguntar ao seu filho.Ela sentiu em uma situação difícil.Como ela poderia estar grávida se ele nunca havia tocado nela?Dario tossiu discretamente e disse: - Mãe, por que está perguntando isso? Tomamos precauções, é normal que ela não esteja grávida. Ainda não planejo ter filhos.Ao ouvir a última frase de Dario, Vitória baixou os olhos para a própria barriga, percebendo a necessidade de proteger essa criança.A Sra. Solange parecia ansiosa: - Você já tem trinta anos, como pode não querer filhos? Tenho medo de não viver para ver o nascimento do seu filho.- Vovó, desde que a senhora concorde em fazer a cirurgia, com certeza viverá para ver esse dia. - Disse ele.- Não tente me enganar. Se quiser que eu faça a cirurgia, tudo bem. Mas só se Vitória estiver grávida, caso contrário, esqueça.Após dizer isso, a Sra. Solange se
Vitória nunca foi tratada assim antes, se sentiu envergonhada e irritada.Carregada para o quarto principal, foi jogada na cama sem delicadeza. Olhando para cima, mordeu o lábio e falou: - Dario, seu idiota! O que pensa que está fazendo?O homem, com as mãos apoiadas sobre ela, olhava para baixo imponentemente: - O que você acha? Te deixando você experimentar novamente. Não é comum?Os olhos de Vitória cintilaram: - Eu recuso.- Agora recusa, mas quando falou há pouco, parecia bem feliz!Dario lançou a gravata de lado e puxou a camisa para fora da calça social, com um olhar sombrio e pesado: - Diga, que tipo de jogo quer jogar?Vitória se sentiu ofendida.Dario, o que ele pensava que estava fazendo?Ela respondeu calmamente: - Por que está irritado?- Eu não estou irritado!- Olha só, você está irritado. Não consegue levar uma brincadeira!Ele apertou o queixo dela: - Vitória, percebi que você de repente se tornou outra pessoa. Antes fingia ser gentil e virtuosa, deve ter sido d