Capitulo 09
VICENTEEm poucas horas eu já tinha todas as informações sobre a secretaria dela. Que mora em um bairro humilde, mas até organizado e calmo.Esperei ela sair com sua moto, que descobrir ter sido Morgana que deu para ela ir para a empresa. Pelo menos não é ruim e agrada seus funcionários, já basta ser uma mimadinha que tem tudo na mão.O carro que estou com meu soldados, fecham a moto dela em uma pista deserta a caminho da sua casa. Ela tenta fugir, mas conseguimos pegar-la.— Por favor, não me matem. Eu sempre pago todo mundo direitinho, minha mãe está doente eu não posso morrer.Ela se ajoelha, vejo meu soldado a levantar pelos cabelos, ela reclama de dor, saio do carro e digo para soltar-la. Não quero machucar ninguém, pelo menos não se ela colaborar comigo.— Espera... você...eu sei quem é você...— Sim, sou eu mesmo. Eu tenho algumas perguntas, é bom colaborar e responder todas, caso contrário asCapitulo 10MORGANAMal conseguir dormir com as palavras de Vicente na minha cabeça, não saber o que ele pretende me deixou conturbada.Será que ele seria capaz de jogar sujo para tirar meu bebê de mim? Não! Ele não pode fazer uma coisa dessas, quando esse bebezinho é tudo que estava me faltando.Me arrasto até a beirada da cama, sentindo o enjôo matinal que até já me acostumei nesses últimos dias.Me dirijo até o banheiro e tomo um banho para despertar. Ainda não me acostumei com a idéia de que tem mesmo um bebê sendo gerado dentro de mim Não lembro de já ter me sentido tão feliz, agora eu tenho alguém para lutar, alguém que quando nascer vai precisar e depender de mim. Depois de me arrumar, me sinto mais disposta. A funcionária que trabalha aqui no meu apartamento já tinha preparado a mesa de café. Me alimentei bem e sair para ir a empresa.Vou para a minha sala e minutos depois minha secretária diz que tenho uma reunião. Ela está estranha e mais estranho ainda é eu não ter nenhum
Capítulo 11 MORGANA Passei o dia todo ligando para advogados, explicando tudo e não quiseram pegar o caso. Os que trabalhavam para mim, disseram não trabalhar mais. Como aquele desgraçado conseguiu tomar tudo assim na maior facilidade, por que eu confio tanto nas pessoas? Que droga! Me sinto desesperada e sem saída. Resolvo tomar um banho, visto uma roupa confortável, vou pedir algo para comer e me preparar para dormir. Não posso dormir sem alimentar esse neném. Passo a mão por minha barriga e sorrio, já me sinto tão conectada com você neném. Já é possível ver um pequeno volume no meu ventre. — Você é real e está aí dentro. Me assusto quando minha campainha começa a tocar descontroladamente. Vou abrir tendo certeza ser Vicente, que eu havia até esquecido. Quando abro, fico um pouco surpresa com sua vestimenta. Diferente de ontem que era um terno, hoje ele está todo de preto, blusa, calça e um blazer de couro. Ele está sério, e antes mesmo de eu convidar para entrar ele
Capitulo 12MORGANAEstou dentro de um jatinho, ainda sem acreditar que ele está mesmo me levando a força. Descalça, descabelada, com cara de choro e apenas um conjunto moleton. Amarrada no assento, com dois homens me encarando, como se eu fosse fugir. Até parece que iria por meu bebê em risco. Me sinto cansada, com fome, meu peito dói por tudo que aconteceu hoje e a vontade de chorar vem.Eu preciso ficar bem.Eu preciso ficar bem pelo meu bebê, ele sente tudo que eu sinto.— Poderiam pelo menos parar de me encarar e me dar um pouco de privacidade?Peço, e os dois se olham. Eles não respondem nada. Um deles digita algo no celular e logo depois se levantam me deixando sozinha.Respiro profundamente.Vicente é um escroto. Ele nem pensa na possibilidade de eu estar com fome. Porque estou com muita fome e fico logo preocupada com meu bebê. Ele também não pensa que amarrou uma grávida que está em uma posição desconfortável. Tudo que eu queria era me alimentar e dormir. Sinto a turbulê
Capítulo 13MORGANA Vicente se afasta depois de destravar completamente o cinto de segurança, quebrando o contato visual.Eu volto a realidade, não posso demostrar nenhum interesse, quando ele nitidamente não está interessado em mim, ou algum tipo de contato comigo. Isso faz eu me arrepender amargamente por ter aceitado ir para cama com um desconhecido, como uma mulher qualquer. Infelizmente é normal nos arrependermos de algumas escolhas, mas a consequência dessa escolha me deu um lindo presente. — Vem comigo. Ele volta a me chamar e por hora decido parar de resistir a suas ordens ou provocações e o acompanho. Quando chegamos a suíte ampla vejo uma mala em cima da cama. E reconheço muito bem como sendo minha. Olho para Vicente imediatamente.— Nessa mala tem peças de roupas suas, dois pares de sandálias, seus documentos e celular.— Eu não dei permissão para mexerem em minhas coisas! — Eu dei tempo suficiente para você arrumar o que quiser. Agora para de reclamar, pode tomar ban
Capítulo 14VICENTENunca imaginei que o choro de uma mulher fosse me quebrar por dentro, em mil pedacinhos. Poderia ser diferente se essa mulher não fosse a Morgana. Ela literalmente consegue aflorar todos sentimentos possíveis em mim, seja raiva a uma admiração e atração sem limites.Porra! Maldita seja.Eu aprendi a ser uma pessoa fria, não demostrar sentimentos ou fraqueza. Infelizmente no mundo sombrio da máfia temos que ser assim. Os únicos que eu não me importo em demostrar algum tipo de afeto, é meu gato cenoura, minha irmã e meu pai. Para outros, somente meu olhar assusta, alguns até pensam duas vezes antes de querer iniciar uma simples conversa comigo. Agradeço por isso, uma aparência perigosa e assustadora ajuda a aumentar minha fama de temido e sem sentimentos.Deixo que Morgana durma, ela parecia cansada. Me encosto no travesseiro atrás de mim, e apoio meus braços acima da cabeça, pensativo. Eu agi por impulso e não pensei direito quando coloquei ela a força no jatinho, f
Capítulo 15MORGANA— Obrigada.Agradeço com um sorriso, quando a mulher de cabelos grisalhos me leva até o quarto amplo, que está organizado, é possível sentir o cheio de limpeza. Eu nunca fui tímida ou tive dificuldade de socializar, por isso tenho facilidade em me dar super bem com a Tina.— Não precisa agradecer boba.Ela sorri e seus olhos brilham. Não tento saber o porquê disso. Nesses poucos minutos já me sinto bem com sua presença. Minha mala é deixada no quarto e eu dou alguns passos, observando melhor todo os detalhes do quarto luxuoso.— Deseja conhecer os cômodos? Tina pergunta atraindo minha atenção.— É uma boa idéia. — respondo sem pensar, já que aceitei a contra gosto passar a gravidez aqui, mesmo que Vicente tenha me trazido a força. Preciso conhecer o lugar, não tenho intenção de ficar apenas no quarto.— Vamos, então me acompanhe.Saio do quarto prontamente a acompanhando. Estamos no corredor então ela decide enumerar todas as portas, sem necessidade de abrir uma p
Capítulo 16VICENTE Assim que chego na sala da minha casa. Paraliso. Ao ouvir o som vindo da sala de piano. Só pode ser ela que está tocando. Lembro de que anos atrás, daria qualquer coisa para ouvir-la tocar. Ouvir uma única nota tocada por ela. O som é perfeito e... angustiante? É uma música triste. Talvez reflita como ela se sente. Não me atrevo ir até lá, mas continuo parado onde estou, apenas ouvindo.— É ela. Eu a reconheci assim que a vi.A voz de Tina me tira do transe. E olho para o lado, percebendo sua presença somente agora. Franzo o cenho sem saber sobre o que ela fala.— Do que tá falando, Tina?Ela pigarreia e eu estreio meus olhos em sua direção. Meu semblante é sério, apesar de ter me emocionado com a fodida música que Morgana toca.MalditaMaldita Maldita Maldita seja por eu nunca ter conseguido esquecer -la. Maldita seja porque qualquer coisa relacionado a ela mexe tanto comigo.— Você guardou por muitos anos e recentemente até fez uma nova.A ficha cai sobre o
Capítulo 17MORGANA Não deveria ligar para o olhar indiferente de Vicente, mas confesso que me incomoda. Quando entro no quarto, finalmente resolvo olhar as notificações em meu celular. Não tinha nada de relevante, me sento na beirada da cama e suspiro olhando para o teto.Passo a mão na barriga involuntariamente, ouço o barulho da porta sendo lentamente aberta e percebo que não a tranquei, quando olho na direção vejo o gato laranja, vindo em minha direção. Nunca tive nada contra animal de estimação, até gosto, apesar de só ter tido um cachorro quando eu era criança. Mas depois de ser avisada que ele machuca, e lembrar dos arranhões profundos no braço de Tina me deu medo.— Por favor gatinho, vai para lá. Falo quase em um sussurro, mas ele continua se aproximando de mim lentamente, seu rabo balança e seu olhar é fofo, ele não parece querer atacar. Fico parada, não consigo me mexer.É quando seu rabo roça nas minhas pernas que o grito sai da minha garganta sem que eu consiga evit