Quando acordo no dia seguinte Marco, não está mais na cama, o que é estranho. Eu me levanto, abro a janela, e o dia está lindo, eu decido colocar o biquine e tomar um pouco de sol, já fazia algum tempo que eu não fazia isso. Vou até o jardim e me deito em uma espreguiçadeira. O sol está quente, mais não me importo, quero reforçar a marquinha. Eu perguntei a Dona Madalena e ela me disse que Marco e o pai, saíram bem cedo. Eu suspiro fundo, mais uma vez não conversamos sobre algo importante. Eu me lembro do rosto do Antônio, rindo para mim na boate, e o meu corpo arrepia. Me vem na memória a fala do Matheus, ele sempre me olhou de um jeito que estava esperando a oportunidade para me atacar como um leão faminto, ele não respeitaria o irmão se quisesse muito uma coisa, ele não respeita ninguém. Meu telefone toca. Eu olho na tela e o Marco.
— Bom dia! Lordo mafioso. Eu escutei o pequeno riso de Marco, adoro provocar nele, risos. — Como está Bambina, estou com saudade, eu sei que
— Você se lembra o que aconteceu? Maria me pergunta, triste. — Não fique assim! Eu estou bem! Eu sou dura na queda! Eu falo tentando um sorriso para tranquilizar Maria. Mais ela continua triste. — O que ouve? Tem alguma coisa que você quer me contar? Ela abaixa a cabeça e começa a chorar! — Me desculpe Bia! Eu não sei, como eu pude ser tão estúpida, mais ele me disse que não ia machucar você, ele me jurou! Ela fala entre soluços. — Maria, eu não estou entendendo, o que você quer dizer? — Davi! Eu ajudei ele. Ele me pediu, disse que era para te proteger! Eu juro. Se você me entregar para o Marco, ele vai me matar. — Maria, eu preciso que você se acalme e me conte devagar. Eu nunca entregaria você para o Marco, o que for que tenha acontecido, eu sei que você tem uma explicação. Ela respira fundo e começa a me contar. — Davi, me chamou ontem a noite, quando vocês saíram. Ele me disse que você estava correndo perigo, que o Marco continuava se encontrando com a Ana, e que os dois estavam
Beatriz: — Todos ficamos tão preocupados com você, Beatriz. Quando Adé e eu chegamos das compras eles estavam fazendo uma limpeza. — Dona Madalena estremece. Limpeza para o nosso mundo nada mais é do que retirar os corpos e colocar o ambiente limpo como se nunca tivesse acontecido nada. — E então Marco apareceu todo molhado e você na ambulância. Ele estava desesperado e tremendo. Ele te tirou da ambulância nos braços o médico atrás dele e ele ficou gritando ordens enquanto levava você com o braço sangrando e inconsciente para o quarto. Eu nunca vi ele daquele jeito. Você estava meio roxa.Ela fala assustada! Vocês esquecem que eu sou uma Raffaelo. Posso criar uma guerra.’’ — Sou Beatriz Raffaelo Montevid Bastielle. Elas começam a rir. Ficamos conversando mais um pouco e eu já me sentia um pouco melhor. Tia Regina me deu um remédio para dor que o médico receitou.Pouco depois eu me deitei e tia Regina, e a mãe de Marco sairam para me deixar desc
— Dormiu, em outro quarto? O que está acontecendo? Eu tento entender o que aconteceu com Marco, ontem disse que me amava, e hoje dorme em um quarto separado. — Vamos para o quarto, você precisa descansar. Marco passa a mão pela minha cintura, e vamos caminhando em direção ao quarto. Entramos e ele fecha a porta. — Aqui ainda é o seu quarto? Eu fala me virando para ele. Marco fica parado com as mãos no bolso me olhando. — Não vai me responder? Não tem coragem de me dizer o que pensa? Pensei que um Capo era um homem honrado, e tudo que eu vejo na minha frente é um menino com medo de dizer alguma coisa. Na verdade, Marco, me poupe de dizer qualquer coisa. Tem coisas que nem precisam ser ditas, está escrito nos seus olhos. E eu já li, não precisa dizer nada. Sai daqui, eu quero ficar sozinha! Eu vou caminhando em direção a cama. — Beatriz! Ele começa a falar e eu olho para ele. Mais ele desisti, se vira e sai. Eu me sento na cama assim, que ele b**e a porta, e me derramo em lágrimas, e
Chego em casa e subo correndo. Não falo com ninguém. Quando entro, Maria está no quarto. Eu olho em volta e não vejo Beatriz. — Onde ela está? Eu questiono. Ela aponta para o banheiro. Eu sussurro pedindo para ela sair. Ela dá de ombro e sai. Tiro a minha roupa e entro no bos, ela está de olho fechado sentindo a água quente que cai sobre seu corpo. Eu entro bem devagar e começo a ensaboar suas costas, ela sorri, conhece meu toque. Ela se vira. — Eu pensei que você estava no escritório do centro. Pensei que não queria ficar perto de mim. — Beatriz, eu tenho andado muito preocupado com várias coisas, mais não consigo ficar longe de você, sinto falta do seu cheiro. Eu puxo ela e beijo com voracidade. — Sabe o que pensei hoje? Eu falo animado. — Não faço a mínima ideia! Ela fala duvidosa. — O que acha de uma festa de swing? Já ouviu falar de alguma? — Eu já li nos livros, mais nunca vi nada de perto. Ela fala ficando vermelha. — Eu trouxe um presente! Acho que vai gostar. <
Nós acabamos de entrar na festa a fantasia e apesar de ser somente nove horas, já tem alguns casais transando pelos cantos do salão enquanto outros dançam sensualmente. — Quer ir embora? — sussurro no seu ouvido enquanto dançamos na pista junto com outros casais. — Não, mas parecia mais legal e sensual no livro. — Ela franze o nariz. — Ou talvez seja eu que esteja estragada e só funcione para você. Eu sorrio e com o polegar eu levanto seu rosto e a beijo. Um garçom para com vinho tinto em taças e eu pego duas. Beatriz aceita agradecida. — Hora, hora se não é Marco dando bebidas alcoólicas para menores de idade. — Eu sorrio para meu velho amigo Henrique Ravena que chega. — Como está? — Melhor agora. — Ele olha Beatriz de cima a baixo e eu contenho a vontade de bater nele. Henrique sabe que não deve se meter com ela. — Bela Beatriz, você é ainda mais bonita pessoalmente. — Ele pega a sua mão e dá um beijo. — Obrigada. Entramos numa conversa e Beatriz fica olhando em volta, Henrique tr
Ele ocupa todo o sétimo andar e eu adoro. Tenho a minha própria sala e fechei uma grande sala para ser o atelier, as costureiras que Regina arrumou para mim agora trabalham lá e eu consegui fechar contrato com os tecidos do esposo da amiga de Laila. Tudo está se encaixando aos poucos. Já recebi algumas propostas de modelos e socialites pedindo modelos exclusivos para elas, com mais de cinco zeros no valor. A decoração ainda está meia pálida e não existe logotipo ainda. Planejo fazer isso quando o restante dos modelos estiverem prontos. No total eu já criei com a ajuda das costureiras vinte modelos diferentes. No meu escritório eu pego o meu diário e decido terminar mais um desenho que fiz de Marco, dessa vez dormindo. Há algumas semanas Marco me perguntou o que era exatamente esse caderno e eu lhe respondi que são os meus pensamentos e sentimentos mais profundos. Eu morreria de vergonha se ele visse, afinal, mais da metade dos desenhos são dele. Passo algumas páginas olhando os dese
— Obrigada tia, mas eu quero saber o que Marco pretende fazer comigo, pois ele irá se arrepender pela vida inteira se me matar. — Minha voz sai fria na melhor maneira que eu consigo junto a lágrimas. — Vocês se esquecem que além de sua esposa eu sou parente de vocês. Sou uma Raffaelo. O pai dele dá um passo à frente. — Está nos ameaçando? Você é mesmo como seu pai — cospe e eu me enervo. — Ele é seu primo, a maça não cai muito longe da árvore. Do mesmo jeito que ele é mau, vocês me provaram que não é só ele o fruto podre da árvore — eu cuspo de volta e Marco anda e para na minha frente. — Você nos ofende, nos trai e ainda acha que está certa? Eu devia te jogar na sarjeta que é onde você merece! Eu tremo, mas não desvio o meu olhar do seu. — Um dia você verá que está errado e quando esse dia chegar eu vou rir da sua cara. — Ele dá mais um passo a frente. Olho Marco nos olhos e toco o seu rosto com a mão trêmula. — Eu nunca faria isso com você Marco. Eu te amo. — Ele fraqueja
— Você ia me bater — eu sussurro mais para mim do que para ele. — Você merece uma bala na testa por ter me traído — ele grita e ameaça dar um passo para frente. — Eu nunca te trai! — grito de volta com raiva. — Eu estou com muita raiva agora Marco. Eu pensei que você fosse inteligente. Qualquer um pode ver que é uma armação! Vamos descer o conselho está reunido. OS seguranças vem até mim para me acompanhar. Ele desce atrás de mim sem dizer nada, eu sou carregada como uma prisoneira indo para o corredor da morte. Eu entro no escritório e deve ter uns cinco homens bem velhos no escritório. Eu olho em volta, mas ninguém fala nada. Nem mesmo Tia Regina. Eu vejo que ela tem lágrimas caindo, mas não se move para me ajudar. Ela nunca iria contra Marco. — O que vamos fazer filho? — A voz de Tia Regina e tremula. — Eu não vou deixar você passar por isso. A bile sobe pela minha garganta. Eles querem me matar? Eu tento segurar, mas não consigo. Rapidamente pego a lixeira de Marco me se