PARALISO POR ALGUNS instantes, sentindo uma leve falta de ar e uma vontade imensa de chorar bem alto. Quem me dera se, com o grito provocado pela dor em meu coração, eu pudesse derrubar todas as paredes ao meu redor e fugir para os braços de Marco, que era tudo que eu mais queria agora. Acabei de ouvir barbaridades do meu pai. Ele me chamou de “maldição” e “problema”. Ser tratada como um fardo durante a minha vida toda, não foi nada fácil. Eu me sinto um nada agora, sem valor algum para ele. Com certeza falou tudo isto para me afetar e me deixar mais fragilizada ao ponto de me perder em minha própria dor. Como estou sendo mantida presa, seu desejo é me deixar ainda mais frágil. Não posso lhe dar o sabor da vitória. Engulo o choro e o pressiono com um pouco de dúvida. — Você não está falando sério. Não seja covarde e diga a verdade
— Machista! George não passa de um cretino machista e destruidor de nossa família. Agora consigo entender o porquê de nunca ter me amado e ter sempre me menosprezado. Ele me vê como um fardo, um problema do qual jamais conseguiu se livrar. Eu já o odiava antes, mas nem ódio consigo mais sentir, pois merda e ele são, para mim, as mesmas coisas. Seu olhar diabólico também não me assusta mais. Tudo que eu mais desejo neste momento é o ver sofrer e pagar por todo mal que cometeu. Tomada pelo choro, não consigo raciocinar bem. Só penso em todas as dores que minha mãe suportou sozinha, sem o apoio da pessoa que mais precisava: o homem que acreditei que fosse meu pai. — Agora, que já sabe de tudo, pode parar de me olhar com esta expressão de nojo. Não sou seu pai. E depois de ter revelado a verdade, sinto a necessidade de realizar todos os meus desejos com você. — Prende meus cabelos entre seus dedos, fazendo-me sentir asco. — Eu sempre a desejei, Beatriz. Em todas às vezes que me chamava
MATHEUS:Soube que pegaram Antônio, eu já esperava a vingança tanto de Nick, quanto de Marco, mais o mais importante é que eles deveriam acreditar que Beatriz estava morta. Acordo com a claridade nos olhos e isso me incomoda demais. Não sei por que cara*lho eu sempre esqueço de fechar as cortinas do quarto antes de dormir. Acho que é porque me acostumei a dormir olhando a escuridão, ela reflete o que eu sou em minha mais pura essência. Eu sou a própria morte, levo caos e desespero por onde passo. Não tenho piedade, há muito tempo perdi a fé, ainda que continue frequentando a igreja quando necessário, faz parte dos meus deveres, das minhas obrigações, mas nem uma réstia de luz adentra o meu ser. Acho que é por isso que convivo bem com a noite e me desgosto do dia. Gostaria que todos ao meu redor fossem como eu, amantes da no
Assim que Matheus saiu, foi como se eu estivesse revivendo novamente o passado. Tudo estava ali, novamente. Bem diante dos meus olhos.-Você sabe que eu vou matar ele, antes que ele possa pensar em tocar em você. E por Deus, Beatriz! Eu matarei todos.-Matheus, não podemos agir por impulso, eu não posso fazer nada que prejudique a minha mãe, eu não sei o que o meu pai poderia fazer com ela se eu desobedece uma ordem sua. Eu temo, pela vida dela. Você precisa me deixar Matheus. Não podemos fazer nada nada, seu pai e o meu já decidiram que eu irei me casar com o seu irmão. -Isso só vai acontecer, depois que eu tiver morto. Eu não posso perder você Beatriz! - E se descobrirem toda essa loucura? Me diga Matheus! O que iremos fazer? Seremos mortos! - Eu prefiro a morte do que perder você. Ele me puxa para perto do seu
-Você sabe que eu não vou tentar fugir. Mais também não vou descer para jantar com você, não pode me obrigar a ficar do seu lado, eu tenho nojo de você. Ela parte para cima de mim e antes que eu possa conter sua unha arranha meu rosto. Eu empurro ela que cai sentada na cama e saio do quarto.— Alguma ordem chefe? — Amadeu me acompanhou quando cheguei à porta do elevador. — Siga os planos conforme combinado. — digo e noto que ele olhou o arranhão em meu rosto.As portas do elevador se fecham atrás de mim e preso sozinho na caixa metálica, eu olho o meu reflexo no espelho, um pequeno arranhão adorna a minha face próximo ao olho esquerdo. Eu não acredito que não matei quem fez isso, ao contrário permiti que fizesse.Apoio as mãos no corrimão e encaro os meus olhos não me reconhecendo, compaixão,
BRUNA:Eu não esperava ser afastada do meu pai tão rapidamente e, definitivamente, eu não queria isso, eu gostava de tê-lo por perto, ele é o meu refúgio, a minha segurança e fortaleza assim como sei que eu também sou dele. Eu precisava que ele se recuperasse, não sabia por quanto tempo seriamos mantidos aqui nesse lugar minúsculo e sem qualquer ventilação natural. Para ser sincera, pouco ar circulava pelo ambiente e até o ato de respirar eu fazia com cautela para que sobrasse mais para ele. O homem que nos servia de carrasco, sempre deixava pão, café e água, não trocávamos nenhuma palavra, com exceção do último dia que ele me tirou da cela e praticamente exigiu que eu me alimentasse, disse saber que eu apenas bebia o café para me manter aquecida e estava deixando todo o pão para o meu pa
— Relaxa, mulher. — Uma loira deslumbrante se aproximou de mim. — Aqui eles não nos obrigam a fazer nada que a gente não queira, o difícil é resistir ao dinheiro dos velhos que frequentam.— engulo seco e ela continua — Sabe, quando cheguei aqui, assim como você, fiquei assustada, fui tomada como pagamento de dívida e comecei apenas servindo as mesas, mas depois percebi que eu poderia ganhar mais fazendo o que faço hoje, nem sempre é bom, mas a gente se acostuma, as vezes temos sorte de sermos escolhidas para ficar com um dos chefes, são homens lindos e muito gostosos quem sabe você não tem sorte. — Pisca para mim. — Você já ficou com um deles? — Pergunto curiosa, porém um pouco incomodada. — Qual? — Questiono após ela confirmar com a cabeça, de repente o meu coração está acelerado com a expectati
~~Beatriz~~Eu me recusava a ter que estar perto de Matheus, mais tinha consciência que não poderia fazer muita coisa, ou ao menos tentar fugir se ficasse dentro desse quarto, talvez, se tivesse contato com os outros funcionários da casa além de Úrsula, eu poderia ter a ajuda que preciso, poderia enviar um bilhete para Nick, que viria ao meu socorro imediatamente. As lágrimas rolam por meu rosto, penso que Marco já deve estar com outra mulher, ele já havia feito isso quando achou que eu tinha traído ele, tinha se deitado com uma qualquer puramente por vingança, agora que estava livre, nãos seria estranho se estivesse já conseguido outra mulher para colocar no meu lugar, estou aqui a algum tempo, não sei dizer exatamente a quanto tempo, mais imagino que já tenha tido tempo de que ele conseguisse alguém para esquentar suas noites frias. E por ma
~~~MARCO~~Nick e Fabrizio, com certeza não acreditarão que eu consegui decapitar um homem com a minha M9 Baioneta, que ela é extremamente letal nós já sabíamos, porém decapitar uma pessoa não é fácil, já tentamos outras vezes, mas ficamos no quase, a morte sempre foi certa, mas a decapitação ainda não tínhamos conseguido. Acho que foi o ódio que me dominou, eu já senti isso apenas quando vi o sorriso de Antônio dizendo que Beatriz não seria mais minha, saber que ela estava morta acabou comigo, mas eu me reergui. Assumi a posição para a qual fui treinado e matei todos aqueles que estiveram envolvidos. Menos Matheus, aquele anda pelas sombras, é quase um demônio, impossível de ser encontrado. Mais eu sei que não vai conseguir se esconder por muito tempo.De longe, a mul