NICK:
Saímos do quarto de Beatriz, que pediu para ficar sozinha apesar da insistência de Maria em ficar. Ao me abraçar, minha esposa se acalma aos poucos. É uma mulher muito sensível, generosa com um coração de anjo. Nunca presenciei tanta bondade em uma única pessoa, um anjo lindo de olhos castanhos.
— Está tudo bem, princesa. Não há o que temer, anjo. — Porque as pessoas têm que ser tão más? — Ela perguntou isto justo para mim, que não sou um bom exemplo de bondade? Ao se tocar, balança a cabeça, confusa.
— Eu não posso acreditar que Lorena está morta, e Beatriz destruída. Tudo em nome de um poder que nem conseguem controlar.
— Você nunca iria entender, mas aqui estão protegidas, a casa se quiser ver catálogos para a redecorar, fiqu
15 DIAS DEPOIS:— O senhor não pode entrar assim, eu vou chamar a segurança! Sou interrompida com a abertura abrupta da porta. E lá está ele, parado bufando como um touro, eu me preparei para esse momento, mas parece que nunca estamos preparadas, na verdade. — Eu vou chamar os seguranças, Senhora Rafaello. Tereza minha nova assistente, fala de maneira raivosa e ofegante, como se pudesse enfrentar aquele homem na sua frente. Ele em nenhum momento olha para ela, continua com seus olhos compenetrados em mim. — Pode deixar Tereza, eu cuido disso. Ela continua encarando ele com cara feia, e me olha. Eu assinto com a cabeça. — Está tudo bem! Pode ir. Eu vou ficar bem. E ela sai fechando a porta. — O que você quer Marco? Deveria ter procurado meu advogado. Ele caminha até mim, com passos largos e tão fortes que posso sentir o chão tremer. — Q
— Você está bem? A Tereza, me ligou e… Mas eu não deixou ele terminar de falar, antes que eu caia em um choro compulsório. — AH! Meu Deus, Beatriz! Não faça isso, eu não sei lhe dar com esse tipo de situação. Eu sei matar e machucar as pessoas, não sei cuidar delas. Ele fala desesperado. Mas por mais que eu tente eu não consigo parar de chorar, e de me sentir culpada por ter me permitido ser tocada pelo Marco novamente. Nick, vem até a minha direção, e faz a única coisa que ele sabe fazer. Ser ele!Ele me pega no colo e me carrega para fora do prédio, eu não resisto. Estou me sentindo frágil, como um passarinho que caiu da árvore. Então me agarro em seu pescoço, e deito a cabeça em seu peito. Ele me coloca no carro, e sem dizer nenhuma palavra senta no lugar do motorista. Eu encosto a cabeça no vidro
— Eu odeio O Marco com toda a minha força. E não posso aceitar emu corpo desejar aquele homem. Eu só acho que você está causando, mas sofrimento para você mesmo. Mas a escolha é sempre sua.— Eu só preciso ficar sozinha um pouco. Preciso pensar em tudo isso. — Tudo bem, qualquer coisa sabe onde me encontrar. Eu dou um sorriso que tento fazer com muito esforço. — Tem mais uma coisa Maria. A partir de amanhã, eu vou para um hotel! Até eu conseguir um apartamento para mim. Ela me olha com espanto. — Sabe que Nick nunca vai permitir isso. — kkk, ele não tem escolha! Ela balança a cabeça em negativa e sai.Nick:— Você demorou! Vamos descer para jantar.— Não estou me sentindo bem. Estou enjoada. Posso, ao menos, permanecer aqui por mais alguns minutos? Prometo
Fico estática por alguns segundos, até ele voltar a falar. — Não irei pedir outra vez. Sinto calafrios, no entanto, acabo fazendo tudo conforme seu pedido. Seus olhos são como duas faíscas e labaredas de fogo sobre cada centímetro do meu corpo. — Abra as pernas, bebê! — Exigiu, sendo cafajeste. Eu faço tudo que ele ordenou e sua língua habilidosa me leva à tentação com seu calor. Gemo com seu jeito voluptuoso de lamber meu clitóris. É tão delicioso! Como não me render ao sexo gostoso que fazemos todas as noites? Ele beija meus lábios vaginais suavemente ao sentir que explodi em um orgasmo intenso. Nick é bem sem vergonha para o sexo e adora me tocar em pontos sensíveis, mesmo que, às vezes, eu fique tímida para me expor.Estou aflita porque Beatriz vai embora, Nick tentou obriga-lá a ficar. Mais ela foi irre
UM JANTAR REPENTINO no meio da semana não pode ser algo bom, já que jantares devem ser planejados com antecedência. Essa será a primeira vez que receberemos visitas em nossa casa. Como senhora, já coube a mim, escolher o cardápio principal para os convidados ilustres, assim como tomar todas as decisões. Em frente ao espelho, fito minha imagem trajada em um vestido preto colado ao meu corpo, enquanto meu marido veste um smoking cinza. Não deixo de notar como a peça caiu bem nele e em como seu bumbum está uma tentação visto de onde estou. Contudo, disfarço meu olhar e finjo estar preocupada com minha aparência. Nick entra no closet, onde ficam suas coisas, e segundos depois vem na minha direção, trazendo uma caixa de veludo preta em mãos. Aposto que é mais uma joia. O que lhe faz pensar que gosto de recebê-las? — Gostaria que usasse nesta noite. &mdas
Beatriz:— Está pronta? Maria me pergunta antes de chegarmos ao topo da escada. E escultamos, a voz e as risadas deles vindo da sala.— Para de bobagem, Maria! É claro que estou pronta! Eu falo achando graça da cara que ela faz. — Maria, eu não posso ficar fugindo Marco! Eu preciso saber lhe dar, com essa situação! Pode ficar tranquila, eu estou bem! Eu respiro fundo antes de descer, é a primeira vez, deis do que aconteceu na Rafaello, que vejo o Marco. Mas mesmo assim dou um sorriso para Maria que me estuda com atenção. Quando descemos as escadas, eles se viram para olhar, e meu olhar vai de encontro com o de Marco. Ficamos nos encarando sem eu poder desviar o olhar, por alguns segundos, até que Nick interrompe o Magnetismo. — Então, finalmente as, mas lindas mulheres da minha vida, apareceram para deixar esse dia com cor, em um mundo tão cinza.
Ele me olha de cima a baixo, tenso, desnudando meu corpo. — Você é minha, e somente minha. Ele fala enquanto morde minha orelha. Abro a boca para contradizê-lo, mas minhas palavras são caladas quando toca meu rosto com os dedos. Minha pele superaquece na região da minha maçã do rosto, onde seu polegar faz uma carícia suave. Flashes de nós dois perpassam minha mente, reavivando todo o medo, insegurança e dependência que esse homem representa para mim. Eu tenho a sensação de estar sendo rasgada no meio, dividida em duas partes que não se conectam: aquela que precisa do que Marco tem para oferecer, e jurou amor e fidelidade, tanto ao homem, quanto ao dominador sem nenhumaforma de escapar. E a parte que odeia esse homem com todas as minhas forças.— Não sou sua, Marco — sussurro, segurando firme uma camada de lágrimas que ameaça escapa
Agarro a maldita coleira e a levo até o pescoço. Meu coração esmurra a caixa torácica, protestando contra a ideia de se entregar de bandeja a Marco; consigo escutá-lo com precisão, desgovernado como um trem fora dos trilhos. Meu corpo reconhece a joia, o colar de esmeraldas. O mais perturbador nisso tudo, porém, é perceber que eu gosto de usá-la, e ele sabe disso. Mesmo tentando disfarçar, vejo em seus olhos o meu próprio reflexo, e há prazer misturado com todos os sentimentos negativos, solidificando-se no medo e na ânsia pela luxúria. — Ótima decisão — diz, satisfeito. — Você fica ainda mais linda com ela e não vejo a hora de ter você vestindo apenas isso para mim. Não respondo, não consigo. Vergonha e decepção se engalfinham dentro da minha cabeça e todo o progresso que eu adquiri nesses dias