LyanaCaminhando pelo amplo terreno do cemitério admiro as lápides que são adornadas de maneira requintada, pessoas que claramente foram bastante amadas em vida com seus nomes limpos e flores dentro de pequenos jarros fazendo companhia ao descanso alcançado. Ao contrário do planejado, não consegui subir ao palco da igreja, por isso fugi para andar e suspirar sozinha em meio a dor da perda. Acho que Yurich não ficou muito feliz, talvez esteja à minha procura nesse momento.Aproveitei o instante no qual conversava com uma roda de homens todos integrantes da empresa do meu pai, fizeram questão de vir e trazer seus cumprimentos.Paro na frente do local em que a terra está escavada e a lápide pronta com o nome brilhando entalhado na pedra, cruzo as mãos em cima da barra do vestido segurando a bolsa pequena, finalmente as lágrimas que tanto desejavam escapar caem sem a menor preocupação em estar diante dos outros."Ainda não acredito que ele se foi."Pulo assustada com a voz próxima demais,
YurichEstaciono descendo do carro dando a menor importância para quem vem depois, vou direto para o elevador encontrando olhar azul dela entristecido, mas não é suficiente para aplacar a porra da minha raiva, desço um andar antes da cobertura observo o apartamento que montei para resolver os problemas da máfia próximo o suficiente dela e longe dos seus ouvidos. O ódio que enche meu peito é cego e cheio de veneno, a memória dos olhos dela brilhando para aquele filho da puta fazem a minha boca se encher com o amargor e preciso segurar a vontade de vomitar pela primeira vez na vida, avanço contra um quadro começando a jogar tudo contra o chão e as paredes, quebrando a televisão e as portas de vidro da varanda, quebro o aparador e uso os pedaços de madeira para bater contra a parede fazendo gessos descascar contra a fúria que sinto."MALDITO!" grito em meio ao ódio. "MALDITO!"Eu vou matar aquele infeliz, vou fazer com que sinta na pele as consequências de entrar no meu caminho, a maneir
Yurich Quando as mãos pequenas tocam o meu corpo com firmeza, suspiro no meio da loucura que é entre a minha mente e o meu coração perdendo a batalha contra essa mulher. "Diga de novo." "Eu te amo Yurich." Fala com um sorriso nos lábios. "Eu sou sua, somente sua Lyana Romanov." A porra do meu sobrenome saindo dos seus lábios finos desenhados é como uma canção, envolvo sua cintura em uma pegada firme, com o corpo latejando por ela , não dou a menor importância para onde estamos ou como veio para cá, a giro entre os meus braços fazendo com que grude o corpo contra o tecido das cortinas e puxo o ziper do vestido que usa, ficando enlouquecido ao ver a pequena peça entrando no meio do rabo grande, a puxo pelo antebraço, ela sorri retirando as mãos dos seios que saltam pesados, as aureolas exibindo os mamilos durinhos, desço com a lingua lambendo a pele exposta até colocar a boca em um dos biquinhos e sugar com tanta força que ela grita apertando as pernas. Coloco a mão em cima do ponto
Lyana Acordo com a cabeça embaralhada em meio a dor nas coxas e um suspiro pesado, as lembranças começam a voltar com tudo. Depois do enterro, cheguei em casa sentindo que minha cabeça iria explodir, deixei a minha mãe sozinha e fui para o quarto buscando controlar a vontade de ir atrás do Yurich. Os olhos dele tempestuosos ainda estavam assombrando minha mente. Foi quando a dor profunda, obrigou-me a apoiar as mãos contra a parede fria deixando a cabeça rodar. Corri para o banheiro, vomitando de tanta dor enquanto os flashes de memória vinham com tudo. Os toques de Rafael, sua boca beijando lentamente a minha pele e fazendo promessas de que tomaria tudo para si quando nos casarmos. A maneira como sorria feliz acariciando seus fios, dizia que o amava. Até quase enlouquecer com uma lembrança obscura das mãos de Yurich sujas de sangue, seu olhar sombrio e o meu coração dolorido pelo medo. Senti que estava asfixiada presa dentro da cabeça que havia liberado algumas coisas tão específ
LyanaConfiro a roupa na frente do espelho pela terceira vez, solto o ar com força frustrada por não gostar de como fiquei. Confiro cada uma das peças, até achar uma calça de flanela verde limão com um cropped off white, escolho uma calcinha de duplo fio para não marcar. Depois de vestida, confiro o resultado no espelho, abro um sorriso imenso ao perceber que irei colocar uma botinha de cano médio e ainda ficará lindo. Acho o sapato, sento no banquinho e ao erguer o corpo, meus olhos brilham mordo o lábio nervosa."Droga, talvez deva mudar de roupa." "Nada disso está linda." "Ahhh" Grito de susto com mamãe rindo, encostada na porta do closet. "Não te vi entrar." Acuso ao fazer um beicinho."Está concentrada em achar uma roupa para o almoço." Diz rindo ao caminhar na minha direção.Mamãe segura-me pelos ombros olhando bem a roupa, minhas mãos estão ficando suadas de nervosismo."Essa roupa está linda, só falta um detalhe." Murmura ao puxar o me
LyanaSinto o sangue fugindo do rosto conforme o carro começa a andar pelas ruas e Yurich mantém o olhar firme, a frieza ao redor da iris escuras faz algo dentro de mim se revelar ao mesmo tempo em que sinto culpa."Por que deveria ter algo errado?" Questiono com a voz firme. "Não gostei da maneira como falou Yurich.""E eu odiei como você foi para o banheiro e voltou como um fantasma sem dar a menor importância para o que estava tentando conversar com você."Suas palavras duras são como um tapa forte no rosto, a culpa se mistura com o fogo dentro do meu peito. Admiro a visão dele bagunçando os fios que estavam perfeitamente alinhados, o terno aberto exibindo a camisa social que gruda contra o peitoral firme."Estava pensando." Admito baixinho uma meia verdade e ergo a mão antes que pergunte. "Alguém poderia nos ver lá debaixo ontem?""Está preocupada se aquele homem nos viu Lyana?" Sua face se avermelha e o ciúmes é nítido nos olhos dele."Falei que não queria que ninguém visse Yuric
Lyana Dentro do apartamento abro um sorriso falso para a minha mãe, seu olhar curioso ficou na sala, enquanto corria apressada para o quarto, fugi do closet cheio e entrei no banheiro trancando a porta.Enfiando a mão no bolso, retirei um chip. O pequeno objeto parecendo com uma enorme âncora que a qualquer momento será jogada do navio. Algumas perguntas não querem calar dentro da minha mente como um mar de dúvidas causando o risco de afogamento. Por que Rafael precisa de um chip para falar comigo? De onde vem essa lembrança na qual Yurich está sujo de sangue?Quem está mentindo e quem está falando a verdade? A sensação de que a minha vida pode mudar por causa de um pequeno objeto é enlouquecedora. Com as mãos trêmulas derrubo o celular no chão duas vezes antes de conseguir encaixar o chip novo. Fecho os olhos deixando o aparelho na bancada, enquanto puxo o ar com força. Preciso ter coragem de encarar a realidade. com esse pensamento pego o celular, no primeiro momento não apa
LyanaEstou em prantos com uma garotinha linda segurando o urso enquanto a mãe dela, fala sobre como foi importante ter uma boa médica para o tratamento dela contra o câncer ósseo. O meu coração se enche de alegria em saber que fui essa médica.Olho para o lado procurando por Yurich, ele não está em lugar nenhum. Suspiro, voltando a curtir um pouco mais dessa sensação em ser reconhecida e saber que fiz coisas boas pelas pessoas.Quando vejo uma linda mulher usando um terninho feminino, a calça vai até a panturrilha e a parte de cima deixa seu corpo perfeito. Os fios loiros balançam ao caminhar em cima dos saltos. Acompanho seus passos olhando para onde está indo, direto para Yurich, sentado em um dos bancos de madeira próximo ao fundo da piscina com o celular na mão, completamente alheio ao redor.Uma das pacientes está falando, mas não consigo ouvir, estou concentrada na mulher que estende a mão e toca o ombro dele, Yurich se ergue estendendo a mão em um aperto, noto os sorrisos dela