YurichSaio de dentro do apartamento sentindo como se todos os pedaços que compõe o meu corpo fossem feitos de sal. A frieza do lado de fora desmancha cada um dos pedaços, longe dela pareço ser ninguém. Nada além do mesmo vazio incurável. Quando as portas do elevador se abrem na garagem, preciso entrar dentro do carro e apoiar a cabeça contra o volante em busca de algum controle. Minha mente parece querer explodir a qualquer momento.Acordo com o som da arma destravando "Você já estaria morto agora." Nureyev acusa com a arma apontada para minha cabeça. "Lyana estaria viúva e ainda em perigo." Travo a mandíbula com a menção do seu nome e a realidade que bate em nossa porta. "Abaixa essa merda." Ordeno.Suspiro dando a partida no carro, manobrando e tomando o caminho pelas ruas movimentadas "Ela disse que o apartamento se parece com os seus sonhos." Murmuro reclamando."Claro, são as lembranças que o pai dela tem do que ela desejava ter." "Sim, eu sei disso porra." Reclamo"Então
YurichAbro a porta do apartamento, não deve ter se passado nem três horas que estive fora. Deixei o terno no escritório da sede e voltei apenas com a camisa social preta. Observo a decoração dourada demais para o meu gosto, a luz entrando pela parede de vidro.O que mais chama atenção é a maneira como Lyana está encolhida no canto oposto a poltrona, com os braços em volta dos joelhos e a cabeça deitada de lado. Imersa demais na visão dos prédios e das pessoas minúsculas abaixo de nós.Talvez seja a maneira como chuto os sapatos pelo tapete ou suspiro alto que chama sua atenção. Ela observa cada um dos meus passos em sua direção, até que me sento ao seu lado apoiando a cabeça contra o vidro desejando ler todos os seus pensamentos. "Achei que fosse passar o dia fora." Murmura."É... eu também achei." Respondo com sinceridade.Não sei como iniciar essa conversa, na verdade ainda sinto um estranho gosto na boca ao lembrar do seu corpo imóvel nos meus braços, seu sangue se acumulando no
Lyana Empolgada com a ideia de Yuri, abro as portas do closet e ao olhar para as roupas fico perdida sem saber o que levar, mordo o lábio inferior nervosa demais. Não preciso olhar, a presença dele é forte, o perfume tomando conta do espaço faz os meus sentidos ficarem atentos, seus dedos passando na pele dos meus braços ao apoiar o queixo em cima da minha cabeça. Pela primeira vez na vida, sinto uma felicidade indescritível em ser baixinha, é viciante essa sensação de ser tragada pelo corpo enorme como se fosse a fumaça de um cigarro preenchendo seus pulmões. “Qual o problema?”, questiona com a voz baixa fazendo os meus pelos se eriçarem.“Não sei que roupa levar.”, confesso. Quando seu corpo se afasta do meu, sinto frio de uma maneira terrível contenho a vontade de puxa-lo na minha direção como uma criança carente. Os ombros largos embaixo da camisa social, destacando a pele bronzeada demais para um russo, a tatuagem escapando pela gola com traços escuros pintando a pele. O cabe
LyanaNão desvio o olhar dele, nem mesmo quando retira os óculos deixando os olhos agora cinzentos à mostra. Mesmo sendo consumida pela intensidade deles, mantenho a firmeza nos joelhos."Qual o problema,princesa?" A voz grave reverbera no espaço pequeno."Nenhum" Bufo erguendo a sobrancelha e revirando os olhos."Não parece." Responde prendendo-me entre suas mãos espalmadas entre o corpo e a porta "Principalmente agindo como uma adolescente mimada."Abro a boca fervendo de raiva com a sua acusação."Se estou agindo como uma adolescente então você estava agindo como um homem solteiro aceitando aquelas mulheres dando em cima de você." Ergo a mão e falo num fôlego só empurrando seu peito musculoso com a ponta do dedo mesmo sabendo que não sairia do lugar.Yurich ergue as sobrancelhas parecendo surpreso."E eu acreditando que era o mais ciumento de nós dois.""Eu não sou ciumenta, mas aquilo foi uma falta de respeito.""Me explica como te desrespeitei Lyana." Fala de uma maneira séria co
Yurich O olhar desafiador é como uma faísca em meio ao carvão seco, esperando a oportunidade certa para transformar o fogo em fumaça e fuligem, Lyana tem algo dentro de si que transborda a cada momento nosso, juntos, como se a perda de memória fosse o suficiente para trazer essa parte dela a superfície. Coloco uma perna entre as coxas suaves, agarrando o quadril deixando subir mais do tecido do vestido que se enrola a alguns centímetros do que tanto desejo ter, pressiono o joelho contra a sua intimidade, erguendo outra vez seu corpo apenas com esse contato. Ela geme em meio ao medo que deixa transparecer no olhar, desço os lábios para a orelha macia traçando o lóbulo com a ponta da língua e no final dando uma mordida, fazendo os pelos do corpo se eriçarem e admirando com seus mamilos são pontudos quando enrijecidos. “O único problema desse seu desejo, é que o seu marido sou eu, e você pertence somente a mim, desde os seus gemidos até os gritos que irá soltar quando o meu pau estiv
Lyana. Meus pés tocam o chão de madeira lustrado, a casa é incrivelmente perfeita, feita de madeira e vidro, como se apenas esses dois elementos fossem o suficiente para criar um ambiente tão romântico. Ao fundo é possível ver a base da montanha coberta pela neve, mas por dentro é quente o suficiente. Ando um pouco, admirando os toques da decoração modernista, destacando a lareira e o sofá largo em frente a um painel enorme com uma televisão de quarenta polegadas. No espaço aberto, um balcão feito de mármore deixa a cozinha espaçosa a vista. Abro um sorriso para o lugar, virando de frente para Yuri, mas antes que possa dizer algo, sou calada pelo olhar azulado. Engulo em seco, mordendo os lábios, a eletricidade que transmite em apenas um olhar é o suficiente para entender que não existe nenhum motivo para nos separar aqui. Em movimentos lentos observo a maneira como joga o óculos no chão e leva as mãos a camisa de botões, desfazendo eles. Sem desviar o olhar do meu, acabo soltando
Lyana Sentindo o desejo escorrendo por entre as coxas, fico consternada com o quanto algo tão sujo pode ser tão luxurioso, suspiro, passando a mão no rosto, finalmente despertando do sono com sonhos mais estranhos que já tive na vida. Com uma mulher da qual não consigo reconhecer, pelo menos vejo uma mulher capaz de admitir seus desejos como independente e sexy, na realidade não me sinto assim. O cheiro do café coado invade o comodo, suspiro feliz com a recordação da infância no meio do Rio de Janeiro, com minha mãe preparando o café da manhã enquanto papai puxava cada um dos dedos do meu pé até que sem aguentar começava a rir com cocegas. Jogo o edredom para o lado, colocando os pés no chão empolgada acabo soltando um grito pelo frio que invade cada parte do meu corpo. “LYANA!” Sua voz grave preocupada chega primeiro. Em seguida os ombros largos desnudos aparecem com toda a tinta que recobre a pele, exatamente como estava em meus sonhos a alguns instantes atrás. “Senti o ch
YurichEscondo o sorriso que desejo exibir, em movimentos lentos para que seu olhar atento acompanhe tudo pego o frasco de sabonete liquido, derramando o suficiente contra a esponja para formar bolhas. Ergo a sobrancelha esperando sua permissão, Lyana morde o lábio inferior como sempre, em seguida enrola os fios erguendo e fazendo um coque, deixando a nuca exposta. A permissão da qual precisava. toco a pele macia de maneira gentil, deslizando a esponja pelas costas e voltando para os ombros, num movimento relaxado deita a cabeça para trás expondo os seios fartos, mas no olhar escuro carrega um brilho de desafio. Deslizo as mãos pelo torso despido, alcançando a borda dos seios pesados, acariciando e apertando levemente, fazendo ela se contorcer. “Já disse que não é uma boa ideia, me desafiar.” pronúncio a mesma frase contra o lobulo da orelha direita. Ela suspira abrindo os olhos, sorrio de lado soltando a esponja acaricio os seios pesados descendo os dedos pela barriga adorando as