YurichVamos para a parte dos fundos da casa, ficando em um deque de madeira que construi a alguns anos atrás, Nureyev tem uma expressão de angústia e fúria nos olhos identicos aos meus o que me causa certo desconforto. Ele é um cretino psicótico com tantos problemas partenais quanto eu, mas continua sendo o meu irmão caçula. Coloco a mão em cima do seu ombro atraindo a sua atenção, ele morde os lábios de uma forma esquisita enquanto as palpebras tremem."Você tá drogado?" Questiono."Não, porra." Ele bate na minha mão.Cruzo os braços em cima do peito, bastante curioso não faz nem dois dias que estamos fora da cidade."Não sei se sou capaz de fazer isso.""Você nunca foi de fraquejar com nada, que merda tá acontecendo?""Aquela enfermeira meia boca." Resmunga.Ergo a sobrancelha piscando um pouco sem entender, inspiro profundamente voltando aos acontecimentos do último mês até o dia do casamento, a maneira como uma mulher pequena enfrentou ele."Sério no meio de uma guerra?" Question
LyanaDepois de acordar na madrugada pedindo como uma garota tola para que Yuri ficasse comigo na cama, preciso admitir que admirar seu corpo musculoso na cama é como uma obra de arte. As estrelas desenhadas nos seus ombros largos atraem mais uma vez minha atenção total. "Pode continuar suspirando ou pode tocar." Pulo assustada com sua voz grave ressoando pelo quarto. Encontro a miríade azul. "faz tempo que está acordado?" Questiono sentindo as bochechas quentes."faz tempo que me olha?" Mordo o lábio inferior sabendo a resposta, ele é um homem cauteloso e isso me intriga, quero entender os motivos que o fazem ser tão reservado ao mesmo tempo em que é observador. A todo momento o pego conferindo alguma coisa onde meus olhos não vêem nada. "Pergunte Lyana." A voz autoritária faz meu ventre se contrair. "É só que..." Suspiro impressionada pela maneira como sou observada. "Não parece ser normal essa maneira como está atento a tudo." "E o que seria normal?" Deita a cabeça no ombro
Lyana"Eu te perguntei Yurich." Grito perdendo a cabeça. o olhar dele se torna ainda mais sombrio ao se voltar para mim. "Perguntei se queria se separar, não te obriguei a estar comigo." Continuo magoada demais para pensar em outra coisa além disso. "Tudo para você se resume em separações Lyana, tenho certeza de que na primeira oportunidade vai sair correndo pela porta."Meu cérebro dá um nó, as peças se somando formando um conjunto."É por isso que quer tanto um filho?" Ele franze o cenho esperando que continue, cubro a ponte do nariz com os dedos aperto forte desejando que não seja isso. "Quer ter um filho agora, achando que vai me prender nesse casamento caso minha memória volte?" Seus olhos se arregalaram, a surpresa da acusação o pegou de jeito. "Acredita mesmo que sou o tipo de mulher que ficaria presa em um relacionamento fracassado por causa de dinheiro ou de uma criança, Yurich?." Balanço a cabeça desacreditada. "Meu Deus." Yurich cerra a mandíbula com raiva, entrando
Lyana Caminho em passos firmes para fora da farmácia, a caixa de remédio na mão que jogo dentro da bolsa. As palavras da mulher se envolvem dentro da minha mente como uma serpente, destilando veneno. É claro que Yurich esteve com outras mulheres além de mim, só esperava que ... droga!Não esperava ficar tão corroída de ciúmes ao encontrar uma delas ou tão magoada pensando que pode ter tido alguma relação desprotegida ao ponto de mandar a garota tomar um comprimido de controle. Ele estava pronto, argumentando sobre termos filhos, sendo contrário a minha decisão, porque ele quer ter filhos comigo. Isso não deveria acalmar o meu peito?"Senhora?" A voz do motorista me retira dos devaneios seu olhar firme pelo retrovisor buscando algo fora de lugar. "Pode dar partida, não tenho mais nada para fazer, me leve para casa por favor." Peço com toda a força que tenho para não chorar.Ele assente de maneira silenciosa, coloca o carro para funcionar manobrando e entrando na pista. Apoio a ca
LyanaImpactada com as palavras dele e a onda de ciúmes que queimou dentro de mim, viro de costas seguindo sua ordem empinando a bunda. O toque quente logo encontra minha pele sensível, deslizando os dedos para cima e para baixo fazendo os pelos se arrepiarem.Suspiro sentindo a ponta dos dedos tocando os meus tornozelos, até a ponta dos dedos, repetindo o mesmo no outro pé.A diferença de altura com o balcão faz com que a ponta dos meus dedos das mãos se agarrem ao mármore.O toque da barba contra a pele das minhas costas, suas mãos invadindo por baixo do tecido da camiseta, ergo levemente o corpo para retirar a blusa, os lábios quentes beijam a minha nuca.Pequenos beijos se distribuindo por toda a coluna arrancando suspiros do meu íntimo que se contrai em desejo."Yurich" Resmungo."Shhhh estou cuidando da minha esposa ciumenta." Fala contra o meu ouvido roçando o membro duro contra a minha bunda.Reviro os olhos entorpecida pela sensação, passo a ponta da língua nos lábios secos,
Yurich De todas as maneiras como imaginei possuir Lyana desde a primeira vez que a vi, em nenhuma delas pensei em a ver tão entregue entre o prazer e a dor proporcionar. Observo a pele quase num tom de leite contrastando com a cama, dormindo suavemente mesmo que a buceta esteja arrombada, inchada e escorrendo a minha porra. Passo as mãos no cabelo enlouquecendo para ter ela outra vez, caralho! Eu vou enlouquecer, mais do que já sou louco, essa mulher abala as minhas estruturas e a necessidade de que grite aos quatro ventos a quem pertence a todo momento. Uma guerra espera do lado de fora e mesmo assim, estou aqui ignorando o apito do computador para observar ela mais um momento como o maldito stalker obsessivo que me tornei desde que a vi. Em passos lentos, cubro seu corpo com a manta e sigo para o andar debaixo, pegando o notebook da mesa de centro, configurando a localização dos pontos triangulados no programa e entrando dentro do sistema do governo. Durante dez minutos faço uma
Yurichdesço do carro deixando a mala no bagageiro, o dia amanhecendo ilumina a mulher enrolada em um lençol branco encostada na parede de vidro, seu olhar analisa cada pedaço do meu corpo com curiosidade. As perguntas silenciosas escondidas sob o azul intenso dos seus olhos. Em cada passo para dentro do lugar, senti o coração bater forte e descompassado, a mentira se formando como uma chuva fina que rapidamente vira tempestade. Porém, não existe nenhum remorso em meu peito por matar o traidor.Suspiro logo que abro a porta fazendo sua testa se franzir, Lyana parece prever o desastre ao se aproximar segurando uma ponta do tecido para não enrolar em seus pés pequenos. "Você não estava em casa quando acordei." O rosto pequeno se avermelha, enquanto os lábios ficam se apertando demonstrando toda a sua insegurança. "Recebi uma ligação importante." Enfio as mãos no bolso da calça jeans. O silêncio entre nós chega a ser louco quando consigo ver as dúvidas se formando em seu rosto. Num m
Lyana Com a cabeça apoiada no vidro do carro, não consigo cortar o silêncio entre nós, na verdade a minha mente não se desfaz das memórias.Lembro da infância no Rio de Janeiro, correndo pela praia enquanto o meu pai corria atrás de mim. No dia em que segurou o assento da bicicleta para ensinar a andar e logo em seguida levei a primeira queda, foi ele que comprou duas rodinhas para que pudesse aprender e aos poucos retirou mesmo com as feições aflitas pelo medo de me ver cair. Estar em volta da mesa para ceia de natal ou ficar acordada até de madrugada para ver um filme da Xuxa na televisão. Minhas lágrimas voltam com tudo caindo sem parar, relembrando as noites que fiquei acordada ao lado da minha mãe na expectativa de esperar ele retornar do trabalho. Um momento e tudo muda, uma frase para dizer que uma vida se foi. Sinto a mão firme e quente contra a coxa apertando suavemente. "Estou aqui por você." Consigo abrir um sorriso pequeno para a voz grave, limpo o rosto marcado pel