LyanaRecebo alta do hospital após uma nova bateria de exames confirmar que não existe nada de errado com meu cérebro. De acordo com o médico, a falta de oxigênio pode ter sido a causa. Sinto certa frustração em não saber o que aconteceu nos últimos anos, não lembrar como conheci Yurich ou de como me formei em medicina.Termino de escovar os meus cabelos e guardo dentro da bolsa a escova, como se estivesse marcando o tempo exato ele abre a porta trazendo consigo o perfume marcante e o olhar tão quente que preciso desviar o meu envergonhada. Ainda não acredito estar casada com um homem tão lindo.A mão grande encontra meu queixo, ergo o olhar admirando o sorriso que aparece no canto dos lábios."Por que abaixou o rosto de repente?" Questiona."Eu fico envergonhada perto de você." A verdade acaba saindo.Fico desconcertada sem saber como remediar as minhas próprias palavras, mas é o sorriso aberto que atrai toda a minha atenção. A maneira calma como passa as costas dos dedos contra a pe
Lyana As portas do elevador se abrem revelando um imenso saguão com decoração bege e um teto com mais de dois metros, a iluminação natural entrando pela parede de vidro revestida com uma proteção escura o suficiente para bloquear o calor e esconder quem está dentro. Sinto o pequeno toque contra a minha cintura, incentivada dou alguns passos encontrando com um corredor, mordo os lábios seguindo o caminho a esquerda alcançando uma cozinha toda equipada em eletrodomésticos inox. Abro um pequeno sorriso. Volto pelo mesmo caminho, a presença dele constante ao meu lado como se estivesse esperando por alguma coisa, perto da parede de vidro encontro uma enorme estante de madeira contendo vários livros, uma poltrona reclinável e uma pequena mesa de apoio. Passo a mão pelos títulos observando as coleções de livros dos quais sempre sonhei em ler. Sigo o caminho da parede translucida, encontrando três portas, na primeira a direita um escritório simples, mas masculino com tons azul-escuro e cin
YurichSaio de dentro do apartamento sentindo como se todos os pedaços que compõe o meu corpo fossem feitos de sal. A frieza do lado de fora desmancha cada um dos pedaços, longe dela pareço ser ninguém. Nada além do mesmo vazio incurável. Quando as portas do elevador se abrem na garagem, preciso entrar dentro do carro e apoiar a cabeça contra o volante em busca de algum controle. Minha mente parece querer explodir a qualquer momento.Acordo com o som da arma destravando "Você já estaria morto agora." Nureyev acusa com a arma apontada para minha cabeça. "Lyana estaria viúva e ainda em perigo." Travo a mandíbula com a menção do seu nome e a realidade que bate em nossa porta. "Abaixa essa merda." Ordeno.Suspiro dando a partida no carro, manobrando e tomando o caminho pelas ruas movimentadas "Ela disse que o apartamento se parece com os seus sonhos." Murmuro reclamando."Claro, são as lembranças que o pai dela tem do que ela desejava ter." "Sim, eu sei disso porra." Reclamo"Então
YurichAbro a porta do apartamento, não deve ter se passado nem três horas que estive fora. Deixei o terno no escritório da sede e voltei apenas com a camisa social preta. Observo a decoração dourada demais para o meu gosto, a luz entrando pela parede de vidro.O que mais chama atenção é a maneira como Lyana está encolhida no canto oposto a poltrona, com os braços em volta dos joelhos e a cabeça deitada de lado. Imersa demais na visão dos prédios e das pessoas minúsculas abaixo de nós.Talvez seja a maneira como chuto os sapatos pelo tapete ou suspiro alto que chama sua atenção. Ela observa cada um dos meus passos em sua direção, até que me sento ao seu lado apoiando a cabeça contra o vidro desejando ler todos os seus pensamentos. "Achei que fosse passar o dia fora." Murmura."É... eu também achei." Respondo com sinceridade.Não sei como iniciar essa conversa, na verdade ainda sinto um estranho gosto na boca ao lembrar do seu corpo imóvel nos meus braços, seu sangue se acumulando no
Lyana Empolgada com a ideia de Yuri, abro as portas do closet e ao olhar para as roupas fico perdida sem saber o que levar, mordo o lábio inferior nervosa demais. Não preciso olhar, a presença dele é forte, o perfume tomando conta do espaço faz os meus sentidos ficarem atentos, seus dedos passando na pele dos meus braços ao apoiar o queixo em cima da minha cabeça. Pela primeira vez na vida, sinto uma felicidade indescritível em ser baixinha, é viciante essa sensação de ser tragada pelo corpo enorme como se fosse a fumaça de um cigarro preenchendo seus pulmões. “Qual o problema?”, questiona com a voz baixa fazendo os meus pelos se eriçarem.“Não sei que roupa levar.”, confesso. Quando seu corpo se afasta do meu, sinto frio de uma maneira terrível contenho a vontade de puxa-lo na minha direção como uma criança carente. Os ombros largos embaixo da camisa social, destacando a pele bronzeada demais para um russo, a tatuagem escapando pela gola com traços escuros pintando a pele. O cabe
LyanaNão desvio o olhar dele, nem mesmo quando retira os óculos deixando os olhos agora cinzentos à mostra. Mesmo sendo consumida pela intensidade deles, mantenho a firmeza nos joelhos."Qual o problema,princesa?" A voz grave reverbera no espaço pequeno."Nenhum" Bufo erguendo a sobrancelha e revirando os olhos."Não parece." Responde prendendo-me entre suas mãos espalmadas entre o corpo e a porta "Principalmente agindo como uma adolescente mimada."Abro a boca fervendo de raiva com a sua acusação."Se estou agindo como uma adolescente então você estava agindo como um homem solteiro aceitando aquelas mulheres dando em cima de você." Ergo a mão e falo num fôlego só empurrando seu peito musculoso com a ponta do dedo mesmo sabendo que não sairia do lugar.Yurich ergue as sobrancelhas parecendo surpreso."E eu acreditando que era o mais ciumento de nós dois.""Eu não sou ciumenta, mas aquilo foi uma falta de respeito.""Me explica como te desrespeitei Lyana." Fala de uma maneira séria co
Yurich O olhar desafiador é como uma faísca em meio ao carvão seco, esperando a oportunidade certa para transformar o fogo em fumaça e fuligem, Lyana tem algo dentro de si que transborda a cada momento nosso, juntos, como se a perda de memória fosse o suficiente para trazer essa parte dela a superfície. Coloco uma perna entre as coxas suaves, agarrando o quadril deixando subir mais do tecido do vestido que se enrola a alguns centímetros do que tanto desejo ter, pressiono o joelho contra a sua intimidade, erguendo outra vez seu corpo apenas com esse contato. Ela geme em meio ao medo que deixa transparecer no olhar, desço os lábios para a orelha macia traçando o lóbulo com a ponta da língua e no final dando uma mordida, fazendo os pelos do corpo se eriçarem e admirando com seus mamilos são pontudos quando enrijecidos. “O único problema desse seu desejo, é que o seu marido sou eu, e você pertence somente a mim, desde os seus gemidos até os gritos que irá soltar quando o meu pau estiv
Lyana. Meus pés tocam o chão de madeira lustrado, a casa é incrivelmente perfeita, feita de madeira e vidro, como se apenas esses dois elementos fossem o suficiente para criar um ambiente tão romântico. Ao fundo é possível ver a base da montanha coberta pela neve, mas por dentro é quente o suficiente. Ando um pouco, admirando os toques da decoração modernista, destacando a lareira e o sofá largo em frente a um painel enorme com uma televisão de quarenta polegadas. No espaço aberto, um balcão feito de mármore deixa a cozinha espaçosa a vista. Abro um sorriso para o lugar, virando de frente para Yuri, mas antes que possa dizer algo, sou calada pelo olhar azulado. Engulo em seco, mordendo os lábios, a eletricidade que transmite em apenas um olhar é o suficiente para entender que não existe nenhum motivo para nos separar aqui. Em movimentos lentos observo a maneira como joga o óculos no chão e leva as mãos a camisa de botões, desfazendo eles. Sem desviar o olhar do meu, acabo soltando