Narrado por Eva Solis:Depois de deixar as meninas na escola, eu me dirigi à área onde o pai costumava viver, com a esperança de encontrá-lo ou pelo menos obter alguma informação sobre seu paradeiro. No entanto, a missão se mostrou mais difícil do que eu esperava. As vizinhas e funcionárias da mansão, que costumavam me receber me olhavam com um misto de desconfiança e desconforto. O fato de eu ter sido confundida com Ezra, minha irmã, só agravou a situação. As pessoas pareciam achar que eu estava fingindo ser alguém que não era ao dizer meu verdadeiro nome.O cenário era mais desolador do que eu havia imaginado. A única pessoa que se lembrou de mim foi uma vizinha que conhecia a história de minha expulsão de casa e da perda de minha mãe. Sua empatia era palpável, mas não oferecia as respostas que eu procurava. Ela falava incessantemente sobre como minha mãe era uma pessoa boa e como socializava bem com a vizinhança, uma lembrança amarga de tempos que já se foram.Aquelas memórias s
Narrado por Eva Solis:A tarde estava começando a escurecer quando eu cheguei à pequena casa onde Eva havia se mudado com Isabela e Fátima. O céu alaranjado parecia não ter conexão com a tempestade de emoções que se desenrolava dentro de mim. Eu havia passado a maior parte do dia revirando nossos diálogos anteriores e me debatendo com a sensação de que algo estava errado. A decisão de Eva de deixar a mansão e se mudar para um lugar tão simples me preocupava profundamente.Quando entrei na casa, o cenário que encontrei me deixou chocado. Eva estava no meio de um trabalho árduo, varrendo o chão e lidando com a água suja que se acumulava pela sala. A visão dela, com a roupa de trabalho e o semblante cansado, era uma realidade dura que eu não estava preparado para enfrentar.A tensão entre nós estava palpável. A pergunta que eu fiz a respeito de trazer Isabela para aquele lugar havia sido um grito de preocupação e confusão. Eu estava tentando entender a lógica por trás da decisão dela, e
Narrado por Eva Sollis:A luz da manhã filtrava-se através das cortinas, lançando um brilho suave sobre o quarto. Eu acordei com o reflexo solares, lembrando o que aconteceu a noite anterior, como Mason e eu estivemos juntos, mas a tristeza me tomou por saber que fomos levados pelo prazer. Olhei para o lado oposto da cama vendo Mason, o observei ainda dormindo tranquilamente completamente nu, apenas o edredom o cobrindo. A imagem dele, tão sereno e vulnerável, era um contraste marcante com a complexidade das emoções que eu carregava. A noite passada havia sido intensa, sequer nos controlamos dentro da casa, ao pensar na casa, eu me entrei em um estado de reflexão profunda sobre o que realmente significava para mim.Levantando-me com cuidado para não o despertar, senti uma pontada de preocupação e vergonha. A situação estava longe do planejado, e o fato de estarmos em um hotel, em vez da mansão, me fez pensar nas responsabilidades e nas consequências que surgiriam com essa decisão. A
Narrado por Mason Dasílis:O dia passou como uma maré de pensamentos e sentimentos tumultuados. Eu me vi mergulhado em reflexões sobre Eva, sobre o que sentia por ela e sobre como o nosso relacionamento havia evoluído. Era claro para mim que estava profundamente apaixonado, e a sensação de ser correspondido de maneira tão genuína e intensa me fazia sentir que precisava tomar uma decisão.Ao final da tarde, a decisão estava tomada. Eu sabia que precisava ser honesto e direto com Eva, e isso significava que tinha que enfrentá-la de forma clara e sem rodeios. Dirigi-me à confeitaria, determinado a buscar Eva e levar a conversa a sério. O quanto eu desejava que ela soubesse o que sentia e que pudesse entender o quanto a queria em minha vida, não apenas como uma namorada, mas como algo muito mais profundo e comprometido.Quando cheguei à confeitaria, a vi saindo com um homem, o que concluir ser o gerente ou o chef daquele lugar, o seu rosto iluminado pela surpresa ao me ver. Sem hesitar, f
Meu coração estava em festa ao ouvir as palavras de Mason, sua declaração de amor e o desejo de construir um futuro comigo e com Isabela. Sentia-me tocada e emocionada pela profundidade de seus sentimentos e pela seriedade com que ele me fazia sentir especial e necessária. No entanto, sabia que essa decisão não era apenas sobre mim e Mason, mas também sobre minha vida e responsabilidades, e precisava conversar com Fátima para esclarecer tudo.Subi as escadas da mansão com o coração pesado, ainda processando o que Mason havia proposto. A ideia de unir-me a ele era um passo gigantesco, e a responsabilidade de ter uma conversa franca com Fátima não me escapava. Ao chegar ao quarto, Fátima, com seu olhar castanho e preocupada, parecia perceber a gravidade do momento.— Se entenderam? — Fátima perguntou, seu tom era suave, mas com um subtexto de preocupação.Assenti, e a expectativa dela me fez engolir em seco. A pergunta dela sobre o futuro e o desejo de Mason de ter um filho com ela era
Eva não me deu uma resposta, sobre aceitar ser minha mulher, não ao menos em palavras.À medida que os dias se passavam, a proximidade entre Eva e eu se tornava mais intensa e natural. O desejo de estar perto dela não era apenas uma questão de paixão, mas de necessidade emocional. Seus braços, seu cheiro, o calor do seu corpo se tornaram uma âncora para mim em meio à confusão que era minha vida.Todas as noites, sem exceção, encontrava-me atraído pelo seu quarto, como se magneticamente puxado para o espaço onde o conforto e a segurança pareciam estar enraizados. Não havia mais uma separação clara entre o meu espaço e o dela; a linha que antes definia nossos territórios pessoais havia se dissipado. Eu me via, quase sem perceber, dormindo ao seu lado, envolvendo-me nos seus fios de cabelo como se fossem uma extensão do meu próprio ser.Era uma sensação inebriante estar ali, entrelaçado com Eva, com a cabeça repousando sobre o travesseiro onde seu cheiro feminino ainda se mantinha. A sua
Narrado por Eva Sólis:Acordei cedo, como de costume, tentando aproveitar ao máximo o pouco tempo que tinha antes de ir para a confeitaria. Mason ainda estava dormindo, envolto em um sonho tranquilo, e eu não pude evitar um sorriso ao vê-lo. Cada manhã ao seu lado é um lembrete de quanto somos conectados. Seus braços, sempre protetores, me envolvem como se fossem um escudo contra o mundo lá fora.Me vesti com cuidado, tentando não fazer barulho para não o acordar. Ao passar pela cozinha, olhei para a mesa onde ele havia deixado um bilhete carinhoso ontem à noite. “Tenha um bom dia no trabalho. Estou aqui para você, sempre.” As palavras me aqueceram, e eu as li mais uma vez antes de guardá-las na gaveta da mesa. Era um lembrete de que, por mais difícil que fosse o dia que eu estava prestes a enfrentar, eu não estava sozinha.Cheguei à confeitaria antes do habitual, aproveitando a oportunidade para organizar minhas estações de trabalho e preparar tudo com calma. O aroma de baunilha e açú
Narrado por Mason Dasílis:Acordei naquela manhã com a sensação de algo faltando ao meu lado. A cama estava fria e vazia, um lembrete silencioso de que Eva não estava ali. Deslizei a mão pelo espaço ao lado, ainda morno e impregnado com o perfume dela. Fechei os olhos e respirei fundo, absorvendo o aroma que era tão reconfortante. Um sorriso satisfeito se espalhou pelo meu rosto. Eva tinha uma maneira de tornar até os momentos mais simples extraordinários.Desci as escadas e fui direto para a cozinha, onde encontrei Fátima e Isabela já à mesa para o café da manhã. O cheiro do café fresco e dos pães quentinhos encheu o ambiente, e eu me senti grato por essas pequenas rotinas que tornam cada dia especial.— Bom dia, senhoras,— saudei, sentando-me à mesa e observando Fátima servir o café da manhã.— Bom dia, Mason,— respondeu Fátima com um sorriso caloroso. — Espero que tenha dormido bem.— Sim, muito bem, obrigado,— respondi, olhando para Isabela, que estava pulando de entusiasmo. — E