Prazer

Thomas não queria estar ali, mas aquele toque deixou o mesmo um pouco estranho, seus olhos não tremeram como antes seu corpo se paralisou vendo o semi Deus tão perto dele.

 Lucas aproximou um pouco mais o rosto e lhe deu um beijo, apenas encostou a boca nos lábios de Thomas, ele ainda paralisado, sem reação nenhuma.

— Me corresponda, vai gostar de fazer isso... — Gemeu as palavras contra a boca de Thomas.

Ele sem saber o que fazer abriu a boca um pouco afim de dar uma resposta ao outro, contudo sentiu a língua do outro invadindo sua boca, e assim como Lucas fazia ele também começou a mexer sua língua, sem a menor experiencia naquilo, ele naquele momento teve seu primeiro beijo, gostou da sensação, gostou do toque em seu rosto, sentiu seu corpo se aquecer, o frio na barriga que aquilo causava, era quase como a primeira vez que escalou-as janelas de seu quarto ao voltar de sua primeira aventura sozinho pelo vilarejo.

Lucas era bem mais carinhoso do que ele imaginava, as mãos de Lucas agora estavam em sua cintura pressionando levemente, causando mais calor em seu corpo.

Thomas apenas com aquele beijo estava indo a loucura, seus pensamentos confusos, seus olhos estavam fechados e ainda tinha poucas lágrimas ali e agora nem ele sabia o motivo de estar chorando, nunca tinha tido nenhum contato assim, o mais próximo que alguém chegava perto dele era seu irmão quando lhe penteava os cabelos compridos. 

Lucas foi desfazendo os laços do quimono que ele usava, até notar que por baixo o rapaz usava apenas uma veste de trapos para cobrir a intimidade. 

Thomas não entendia muito bem a cara que Lucas estava fazendo, também não entendeu o motivo de ele cessar seus toques.

  O que foi? — Thomas perguntou nervoso

— Quem é o seu senhor? Me parece que suas roupas intimas não passam de farrapos, você se alimentou hoje? Me fala a verdade! — A voz de Lucas saiu um pouco mais autoritária.

  Sim, eu me alimentei, te juro, não me peça para entregar meu senhor... por favor...

“Se ele insistir em saber o nome estou encrencado, eu não conheço todos eles e não sei quais deles tem crianças para servi-lo"  

Lucas apertou o olhar, sabia que ele estava mentindo em alguma coisa, mas vendo pelo por físico, o rapaz não estava desnutrido, apenas não usava roupas novas, o que era bem estranho em sua mente.

—  Vem... Toma um banho comigo, eu juro que não vou fazer nada demais...  — Deixou sua fala morrer se aproximando novamente do mais novo.

Thomas olhava pra banheira e para o homem a sua frente que estava tirando o restante das roupas. 

Ele tinha visto seu próprio corpo, mas nunca o corpo de outro homem, Lucas agora sem nenhuma peça de roupa no corpo se aproximava novamente dele, a atitude que mais fez sentido na cabeça de Thomas foi virar o rosto. 

  Que rapaz tímido... Vem logo... Vou te dar um pouco de diversão nessa sua vida sem cor. — Lucas comentou segurando a mão do mais novo.

Na mente de Thomas por algum motivo veio a cor branco e amarelo, era as cores de sua casa afinal. 

Lucas tirou os trapos que cobria a intimidade de Thomas e o guiou até a água, fez isso com calma, não queria assustar mais o rapaz, notou que ele estava bem mais receptivo do que quando o encontrou, sua curiosidade agora lhe instigava a saber até aonde aquele jovem estava disposto a ir. 

Assim que Thomas entrou na água, sentiu seu corpo arrepiar, a vergonha e o constrangimento o fizeram ficar um pouco corado.

—  A temperatura está boa? — inqueriu malicioso. —  Posso aquecer mais se quiser. — A fala de Lucas estava carregada de luxuria, e Thomas estava se deixando ser vítima do que estava sentindo.

—  Está boa... — falou minimamente, sua mente estava confusa, ele não sabia o que poderia acontecer ali. 

Lucas então se coloca em cima de Thomas e começa a beija-lo novamente, o semi deus da colheita, começou a se sentir um pouco mais estranho, ele nunca tinha sentido tesão, e aquele novo sentimento lhe era estranho, o medo naquele ponto já havia desaparecido, contudo ele agora não sabia classificar o que estava sentindo.

Lucas sabia o quanto o rapaz estava constrangido, com beijos ia acalmando o seu acompanhante, ele notou que o corpo do rapaz havia ganhado vida propria, contudo ele agora também sabia que teria de explicar as coisas aos poucos.

Lucas desceu suas mãos levemente para o membro do jovem, sem ter pressa, ele não queria assusta-lo afinal, e enquanto massageava o membro sentiu o mais novo suspirar pesadamente, ele estava gostando do toque.

— Posso continuar te tocando assim? — Lucas perguntou buscando o olhar de Thomas. 

— Po..po...pode. — Gaguejou as palavras devido ao nervosismo que sentia naquele momento. 

Lucas então continuou sua massagem, vendo o quão indefeso o jovem a sua frente era, ele notava que aqueles olhos claros sofriam em segredo, e agora era a primeira vez que sentia prazer, e afim de dar mais prazer ao jovem ele se abaixou lentamente e colocou o membro de Thomas na boca, com movimentos leves de sucção e com sua língua dançando ao redor do membro do mais novo, ia levando Thomas a um novo sentimento, o desespero.

Ele não sabia o que estava sentindo, e nem o motivo de estar gemendo, os ruídos saiam de sua garganta sem sua permissão, sua respiração ofegante o assustava, ele tentou afastar a cabeça de Lucas, ficou inseguro com suas próprias reações, sentiu alguns espasmos mais fortes surgirem em seu corpo, ele segurou firme na borda banheira, o gemido desesperado, logo se tornou um gemido choroso, ele não sabia o que estava acontecendo, contudo naquele momento sentiu um alivio para toda aquela sensação, a explosão de prazer dada pelo orgasmo o fez sentir cada musculo de seu corpo relaxado, era como se estivesse todo dormente, ele ainda chorava, mas não era de medo ou tristeza, era algo que nem ele podia explicar, só sabia que naquele momento o homem a sua frente o tinha feito se sentir nas nuvens por uma fração de segundos. 

Lucas o abraçou forte, deixou que ele liberasse todas as suas emoções em seus braços, um pouco nervoso com o que tinha presenciado, ele então o beijou, deixando Thomas ainda mais inerte acerca do que estava sentindo.

  O gosto que está em minha boca agora... é o gosto do seu corpo...  — Comentou lambendo os próprios lábios após o beijo.

— Eu não estou triste, então por qual razão estou chorando? — inqueriu um pouco tímido, não sabia explicar ou como deveria fazer tal pergunta.

—  Algumas pessoas liberam emoções variadas durante o orgasmo, que foi o que você acabou de ter, umas riem, outras se sentem extremamente relaxadas, outras pedem por mais e mais e algumas sentem vontade de chorar... 

Lucas afim de se expor da mesma forma para o rapaz a sua frente guiou as mãos do mais novo para seu próprio membro e disse: 

—  Faça o mesmo que fiz e veja as minhas reações. 

Thomas muito sem jeito nenhum, fez... A seu modo mais ou menos da forma que tinha entendido, Lucas estava gostando da boca inexperiente fazendo com que ele fosse sim a loucura o que havia chamado mais atenção do semi Deus era de fato a inexperiência do rapaz. 

  Vamos Patrick, agora olhe em meus olhos. 

Thomas ficou confuso ao ser chamado de Patrick, mas se lembrou de que era aquele nome que tinha apresentado ao semi Deus. 

Ele olhou e no momento em que olhou Lucas, se derramou em sua boca, mostrando sua reação que era de alívio e felicidade. 

—  Que rapaz malvado... Me levou a loucura com essa boquinha... — comentou malicioso encarando os olhos azuis brilhantes a sua frente 

Ainda com seus olhos fixos em Lucas ele sorriu, e naquele momento Lucas o beijou, era como se quisesse compartilhar dos mesmos sentimentos que o jovem, para assim lhe ensinar melhor as coisas da vida

—  Seu gosto não é diferente do meu...  — Comentou limpando os cantos da boca, totalmente envergonhado.

— Você é mais saboroso, você deve ser muito especial a alguém, e eu tenho plena convicção de que eu quero te roubar, deixarei você tão viciado por meus toques, que vai ser difícil focar muito tempo longe, quem sabe até se arisque a fazer companhia a este semi deus dentro da aldeia do clã do fogo. — Naquele momento Lucas fazia o convite de maneira informal

—  Mas... — Thomas pensou em dizer algo e naquele mesmo instante foi interrompido   

—  Pensa nisso, e por hoje vou te liberar, mas amanhã eu espero que venha me encontrar aqui, ou farei uma busca por todo o reino atrás de ti. — Ameaçou brincando, contudo, tinha sim um fundinho de verdade naquelas palavras 

Thomas o encarou um pouco nervoso, mas não falou nada, e Thomas por mais que aquela noite tivesse sido a melhor de sua vida, tirando a parte do susto obviamente, ele não se atreveria voltar a ficar na presença do semi deus do fogo.

Lucas vendo aquele olhar furtivo, sabia que a probabilidade do rapaz voltar a sua presença era quase nula, então decidiu m****r um recado para o dono de Thomas.

“Todos sabem que o perfume de rosas é apenas usado pelos semi deuses do fogo, hoje se o senhor dele o chamar, vai ter uma grande surpresa, ele vai ser meu de uma forma ou de outra”

Lucas saiu da agua, pegou ao lado da cama, a essência de rosas feita por sua mãe a deusa do fogo, e colocou um pouco na agua, depois passou em suas mãos e nos longos fios dourados do cabelo de Thomas, ao notar que o jovem não se importava teve a certeza da inexperiência e falta de conhecimento do mais novo, passou mais da essência no corpo do mais novo, como se fosse um óleo de massagem, quando na verdade era uma provocação ao seu dono e um aviso de que aquele jovem estava marcado por um semi deus.

Após aquele banho, era chegada a hora de devolver o jovem ao castelo, ele vestiu o mais novo com as vestes de serviçal, enrolou seus cabelos dentro de um turbante, e somente depois colocou suas próprias roupas.

Ele sentia o perfume exalado pelo mais novo e se sentia satisfeito com seu trabalho, qualquer um saberia com quem ele esteve e o motivo, ele queria aquele jovem pra ele, e não se importava se com isso iria provocar algum senhor conselheiro, e o melhor é que pessoas que tinham aquele cheiro, não poderiam ser molestadas, seu dono teria como obrigação o levar em segurança para a aldeia do fogo. 

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