Poder e Ruina
Poder e Ruina
Por: anarquia vivian
Prólogo

Os gritos eram ensurdecedores, pareciam ecoar pelas paredes de granito. Tentei tapar os ouvidos para não os escutar mas era impossível, os sons estavam marcados a ferro em minha mente. Mesmo quando fechava os olho eu via sangue. Mesmo ao tapar os ouvidos eu podia ouvir os gritos, as suplicas por piedade e ajuda, o odor de fezes sangue e vomito. o cheiro da morte.

Na mitologia, o grito de uma Banshee anunciava a morte, sempre que lia os livros antigos, eu imaginava como seria esse grito, e agora, ouvindo os gritos de tantas pessoas morrendo e  chorando, era horrível. Eu desejava a morte. Não apenas aos homens, mas para mim mesma. A morte era a libertação que eu precisava, eles haviam tirado tudo de mim, e agora eu tentava fugir para que não tirassem minha vida também. 

Me arrastei em meio a imundice enquanto ouvia os risos de prazer se misturar com os gritos de dor.

- Achas que vai fugir Akeylla? - A voz dele fez meus ossos tremerem e meu corpo paralisar de puro pavor. Romeu, me arrastei o mais rápido que podia mas não adiantou, ele apenas caminhou lentamente ate mim e me agarrou pelos cabelos, me puxando de uma vez só para trás e me jogando contra a parede - Aqui esta você, não posso perder a minha favorita, não com esses olhos tao maravilhosos e essa carne tão doce. dura, porem doce.

Com um movimento repentino, ele me acertou som sua adaga arrancando meu olho direito, o sangue escorreu por meu rosto entrando em meu olho, tentei o empurrar e me jogar para longe mais ele era mais forte, suas mãos se enrolou em meus cabelos impulsionando minha cabeça contra a parede, minha visão estava vermelha e minha cabeça girava, meu estomago se revirou e eu queria apenas vomitar, ele sorriu enquanto me segurando mais firme, tentei debilmente afastar suas mãos de mim, mas Romeo era forte, e sem se importar com minhas mãos, ele voltou a cortar meu rosto com sua faca, após o que pareceu horas, ele me lançou contra o chão enquanto ria.

Me encolhi no chão o vendo lamber a lâmina, os gritos apenas aumentaram ainda mais, então eu horei, horei para qualquer divindade ou demônio que pode-se me ouvir, horei não pela minha vida, mas pela das crianças e pela morte dos homens, pela morte de Romeo. ate que tudo parou, o silêncio reinou  no na sala. Todos pareciam ter ficado paralisado, o tempo parecia ter parado.

- "Queres morrer assim Akeylla? Não iras lutar por tua vida ?" Uma voz soou vinda das paredes, uma voz ja familiar para mim pois a dias que a ouvia, foi a unica coisa que me mantivera sã, a unica coisa que me fez resistir todo esse tempo, resistir a mutilação

- Perdão, mil perdoes. Não tenho mas forças, eles destruíram tudo, eles comeram minhas pernas - gritei sentindo as lagrimas escorrerem por meu rosto - já não aguento mais, a meses que estou nessa luta, não consigo mais

- "e se tivesse poder, o que farias ?"

- Mataria a todos, destruiria a todos e salvaria as crianças, salvaria os inocentes - rosnei com fúria

- "Prometa lutar por mim e lhe darei o que queres, nunca mas sera humilhada ou violada, nunca mais sofrera assim, e terás o poder para fazer o que quiseres, terás apenas que lutar por mim. Lute em meu nome criança, e te considerei um desejo. mas pense bem pois tanto poder tera um preço a ser pago, e se aceitar, não terá mas volta, sera ate sua morte

Sua voz ecoou por todo o aposento escuro, mas antes de responder senti uma pontada, ao olhar para baixo pode ver a faca de Romeu em minha barriga, o sangue quente escorrendo, vi outros correrem ate nos com facas na mão, arrancavam pedaços de minha carne e jogavam na boca com voracidade, porem, já não sentia dor, meus olhos virados ao tero imaginava como seria o céu estrelado. Já não sentia mas dor, já não sentia mais nada. Com as ultimas forças que me restava, sussurrei sentindo as lagrimas quentes escorrerem.

- Eu Aceito.

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