capítulo 05

Sim, na noite passada eu tive várias fantasias com esse homem sem ao menos conhece-lo. E hoje estou aqui, com ele em minha frente só de jeans.

    No cômodo em que entramos a uma cama estranhamente no centro, com uma cabeceira de ferro dourada, as luzes são bem baixas, como se estivéssemos a luz de velas. As janelas são enormes com cortinas brancas que vão até o chão.

   Bem diferente. Quem coloca uma cama no Centro do quarto?

     Ele me encara como se soubesse algo de mim que eu mesma não sei, seus olhos azuis estão escuros nesse quarto, o que o deixa ainda mais sexy. Seu cheiro é convidativo, como se fosse o veneno de um predador para atrair sua presa.

    Ele aponta para a cama.

----Espere ai, eu ja volto.----Ele se vira e entra em outro cômodo.

    Eu começo a tirar o óleo de corpo e outras coisas que uso na hora da massagem. Enquanto faço isso, lembranças de Jady e minha mãe invadem meus pensamentos. Lembranças não muito boas, do verão que passamos em Chicago, era para ser as melhores férias de nossas vidas ,e pra falar a verdade foi, até descobrirmos a doença de Jady três dias após nossa chegada na Cidade. Eu não podia culpa-la, é como meu avô sempre dizia, Ninguém é culpado por estar doente.

       Logo ouço ruídos da porta se abrindo e meu Deus! Surpresa com a situação que vejo, deixo um vidrinho que está em minha mão cair, por sorte ele não quebra.

    James estava só de toalha em minha frente, sem nada, absolutamente tudo o que me impedia de ver seu incrível órgão masculino era aquela toalha. Engulo a seco e respiro fundo, james se aproximava de mim e a cada passo meu coração parecia que ia saltar pela boca.

     Ele estava quase nu em minha frente.

    Ele deita em sua cama de bruços olhando para mim, coloca as duas mãos estendidas em baixo do seu lindo queixo quadrado, e ouço sua voz me dizer:

----A luz atrapalha?-----Ele diz baixo.

----Não! Esta tudo bem.----Eu disse parecendo criancinha.

  Droga! porque me sinto uma boba perto dele?

    Passo o óleo nas mãos e começo a massagem em suas costas, assim que o toco algo em mim parece despertar, e minhas pernas traiçoeiras bambeiam e minhas mãos soam. O que ele tem?

     Eu vou massageando da nuca até os quadris, nossa! Seu corpo está quente. Olho seus braços intencionalmente, são bem musculosos.

   James Jordan logo quebra aquele silêncio que havia naquele quarto com sua voz calma:

----Você está bem?----Ele pergunta.

Porque ele nunca acha que estou bem?

      Digo a ele:

----Estou ótima.

    Ele suspira:

----Porque continua mentindo?

       Como assim continua mentindo?

----- Você não me conhece Sr. James. Não pode dizer quando estou mentindo.

   Sua voz parece mais firme, mas não demonstra muito sentimento quando diz:

-----Não precisa te conhecer pra saber que está mentindo Srt. Kenior.

          Sim! eu não estava bem, mais ele não tinha nada haver com isso, eu não precisa conta-lo nada até porque eu e ele não nos veríamos mais depois deste dia.

       DEPOIS disso mantivemos pleno silêncio, não tocamos em assunto nenhum, e tudo que eu queria saber era o que ele estivera pensando todo aquele tempo em que ficou calado.

     A massagem acabou, e em quanto eu estava guardando minhas coisas, eu nem percebi que  James me encarava profundamente. Olhei para ele e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, eu estava me sentindo mais tímida do que o normal.

   Ai.... aquela boca rosada!

    DEPOIS de me pagar ele me levou até a porta, quero enfatizar que ele foi de toalha. E sim! Eu queria de certa forma que aquela toalha caísse, séria uma despedida maravilhosa, mais também bem constrangedora para ambos.

      Antes de Joana, a senhora que me atendera a pouco tempo quando cheguei aqui me levar até o portão, ouço um "obrigada"  do Sr. Jordan.

       Eu sai para fora nas nuvens, andava como se tivesse ganhado algum prêmio, visto um passarinho verde, mais eu não entendi o porque. Era como se eu me sentisse mais viva do que nunca, algo havia despertado dentro de mim e davas sinais de que não iria adormecer tão cedo.

    Meio distraída atravesso a rua, e um carro quase passa por cima de mim, me joguei para trás rapidamente. Estou sentada no chão, minha respiração esta a mil. O carro para logo a frente, e de dentro dele desce um homem moreno, dos olhos castanhos claros desesperado.

----Minha nossa, você está bem?----Ele diz segurando em meu braço e me levantando do chão.

     Eu poderia estar furiosa com esse idiota, mas não estou.

----Eu vou te levar a um médico.----Ele é bem atencioso.

----Não precisa eu estou bem.----Eu digo pegando minha maleta do chão.

     Quando olho para seu rosto ele fica  surpreso, fica calado por  alguns segundos e logo diz:

----Sophia?----Eu o encaro e me perguntou como ele sabe meu nome.

    Ele logo facilita tudo:

-----Sou EU, David! Lembra ?

    Haaa sim!! David Adams. Estudamos juntos em Seattle, ele era meu amigo, fazíamos muitas coisas juntos, eu, ele e a Lucinda. Mas infelizmente, depois do Colégio não tivemos mais contato.

    Eu digo:

---- Oi.... quanto tempo!----Eu o abraço.

    Ele retribui meu abraço e me oferece uma carona, eu acabo aceitando. Olhando bem para David percebi que ele estava bonito, estava mais forte, vestindo-se melhor. É ele estava gato!  Essa era a verdade.

     No caminho para casa ele ficava me perguntando o que ele poderia fazer para me ajudar, para me compensar pelo acidente que quase aconteceu.

   Brincando,  mais falando quase a verdade eu disse:

----Se puder me arrumar um emprego já estaria de bom tamanho....

    Ele piscou os olhos varias vezes, e me perguntou sobre a faculdade que eu não havia terminado. Eu lhe expliquei que tive que parar por conta dos problemas financeiros e por causa da doença da Jady. Esse também foi um dos motivos para que eu me mudasse, eu não queria ser mais um peso para minha família.

      David me surpreendeu quando disse:

----Eu vou ficar na Cidade por alguns meses, e estou sem assistente no meu escritório. Você poderia vir trabalhar pra mim se quisesse é claro.

   David era advogado criminal e tinha um escritório só seu, apesar da idade, ele era um nome importante nesse mundo de réus, juízes e advogados.

    Eu com a Voz quase falhando disse:

----Isso é sério?----Ele para o carro.

----Sim. Muito sério.

   Eu o abraço, estava feliz com a oportunidade.

---- Eu aceito sim! Obrigada David, Obrigada mesmo.

    Ele sorri:

----Não obrigada você. Vai me ajudar tanto quanto acha que estou te ajudando.----Eu saio do carro e assim que fecho a porta ele me entrega seu cartão----Segunda, nesse endereço as oito. Vestida para começar. Boa noite.

    Eu pego o cartão e um sentimento de gratidão me invade.

   Corro e abro a porta de casa, com um tom cantante digo:

----Eu tenho um emprego.... ----Percebo que estou falando sozinha.

    Vou em direção ao quarto de Lucinda esperando que ela esteja lá e de roupa.

  Bato na porta e logo sou recebida com um:

----Entra.

    Eu abro aporta e tento fazer o mesmo som cantante que fiZ a poucos minutos atrás. Lucinda bateu palmas para mim e disse:

----Sabia que ele não resistiria a essas suas mãos mágicas.

   Do que ela estava falando?

----Não foi o James que me deu emprego.

Vejo suas feições mudarem de felicidade para dúvida.

-----E então? Quem te deu o emprego?

      Ela fica ainda mais surpresa QUANDO digo que foi o David que me ofereceu o emprego depois de quase me atropelar. 

----David? David Adams?

---- Sim, O Próprio.

----E quando começa?---- Ela me pergunta, parecia mais ansiosa do que eu.

---- Segundo já.----Um sorriso flui naturalmente do meu rosto.

       Ela me abraça, eu estou realmente ansiosa, parecia que encontrar David a essa altura do campeonato foi um grande sinal do universo me dizendo que a sorte ia mudar para mim.

      Eu sabia que demoraria tempo até eu dizer que realmente estava  indo tudo bem. Mais também sabia que não era impossível.

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