Alex conta:Mais uma vez, era sábado, e eu não estava com muita pressa naquela manhã, já que Ava tinha saído cedo.Nós deveríamos ir visitar o avô dela naquele dia, mas ela tinha um compromisso com os amigos e decidiu encontrá-los primeiro para que pudéssemos passar a tarde na casa do Sr. Chester, sem nenhum outro compromisso para nos interromper.Ela precisava de um descanso, desde o anúncio da nova linha de roupas curvilíneas da empresa, o trabalho estava uma loucura e, bem, eu estava acostumado com isso, mas aparentemente ela não estava.Percebi que ela estava ficando cada vez mais cansada e distraída, estava começando a ficar com olheiras e esquecia quase tudo, sem contar que parecia mais tensa, mais ansiosa e irritada, mas eu a entendia, o estresse pode ser muito prejudicial.Tudo isso se intensificou, especialmente com a chegada de Joselin, e eu imaginei que, a pesar da minha explicação, Ava não conseguia deixar de se sentir ansiosa e talvez um pouco insegura, sabendo que h
Alex conta:Estava feito, Joselin estava fora de minha vida. Virei-me para Ava, mas ela já estava subindo as escadas, então a segui. Quando entramos em nosso quarto, fiquei chocado quando Ava tirou uma mala e algumas roupas do guarda-roupa.-Ava, o que está fazendo? – Agarrei seu braço para impedi-la.-Estou poupando seu trabalho e tempo. – Ela respondeu com uma careta, soltando o braço para continuar a fazer as malas.-Do que está falando? Não quero ter nada a ver com essa mulher…-Por enquanto…-Ava, por favor! – Eu a agarrei pelos dois baços na minha frente, forçando-a a olhar para mim. – Eu amo você, não quero nada com aquela mulher, você tem que acreditar em mim.-Isso é o que você diz, agora, como todo mundo, vai chegar um momento em que você vai acabar cedendo, sempre acontece assim… Então, eu vou poupar você do momento ruim de me deixar.-Eu nunca o deixaria, eu o amo. – Ele fez beicinho com minha afirmação e olhou para baixo.-Então, o que ele estava fazendo
Ava relata:Entrei em nosso quarto para fazer as malas, tentando me conter, não foi muito fácil, minha garganta já doía, meu corpo doía, meu coração doía.-Ava, o que está fazendo? – Alex entrou e agarrou meu braço.-Estou poupando seu trabalho e tempo. – Respondi fazendo careta, essa era a melhor maneira de controlar as lágrimas, mostrando minha raiva. Soltei-me de seu aperto para continuar a juntar minhas coisas.-Do que está falando? Não quero ter nada a ver com aquela mulher…-Por enquanto…- comecei, mas ele me interrompeu.-Ava, por favor! – Ele me pegou pelos braços, para me olhar diretamente nos olhos, com aquele olhar azul penetrante que causava tanto em mim. – Eu a amo, não quero ter nada a ver com aquela mulher, você tem que acreditar em mim.-Você diz isso agora, como todo mundo, mas vai chegar um momento em que você vai acabar cedendo, é sempre assim… Então, vou poupar você do momento ruim de me deixar.Expliquei tentando parecer calmo. Essa era a minha reali
Ava conta:Assim que cheguei ao aeroporto de Paris, liguei meu telefone e recebi inúmeras mensagens do meu avô, do Alex e de alguns amigos perguntando onde eu estava.Percebi como era errado ir embora daquele jeito, mas eu tinha meus motivos: se eu não me afastasse de Alex, provavelmente acabaria cedendo a ele. E se eu contasse ao meu avô, ele poderia acabar me convencendo a ficar.Não quis arriscar e fui direto para o aeroporto, embora ainda estivesse pensando no que fazer, já que visitar meus pais não seria uma situação fácil.Liguei para meu avô, rapidamente, com certo constrangimento.-Abu?-Ava, pelo amor de Deus, onde você está, você está com o coração na boca!-Me desculpe… - murmurei, derramando lágrimas. – Eu não queria preocupar ninguém.-Mas onde você está, garota?-Em Paris. – murmurei, fechando os olhos.-Em Paris?! Você está brincando comigo, não está?-Não, Abu. Estou em Paris, vim visitar meus pais. – Houve um momento de silêncio.-Ava, o que aconte
Conta Ava:Eu ia enlouquecer, sim, isso certamente aconteceria. Eu estava na casa de meus pais e a única pessoa com quem eu podia conversar às vezes era Cristina, a governanta, e embora eu gostasse dos breves momentos de sua companhia, na maior parte do tempo eu estava sozinha.Minha mãe estava sempre em seu próprio mundo, organizando festas e eventos, meu pai estava no trabalho e eu mal conseguia vê-lo às vezes. E eu sentia falta de Alex todos os dias, a cada minuto, como se fosse um vício, do qual eu sofria de abstinência.Sempre pensava em Alex e, todas as noites, chorava silenciosamente, desejando seu abraço, sua respiração em meu pescoço antes de dormir e suas palavras de amor. Havia até dias em que, do nada, eu tinha ataques de ansiedade que me forçavam a voltar e eu mal conseguia contê-los.Eu já havia passado um mês sem Alex. E, a pesar de ter pedido a ele, por meio de meu avô, que não me procurasse, todos os dias eu olhava pela janela do meu quarto, esperando vê-lo chegar
Alex narra:-Senhor. – Olivia espreita com muito cuidado em meu escritório.-Olivia. – Respondo sem sequer olhar para cima, estou concentrado em assinar os papéis. – Você fez o que eu lhe pedi para fazer?-Sim, senhor, já falei com seu advogado, ele me disse que entrará em contato com a Sra. Joselin Morales e a informará sobre sua decisão.-E você tem alguma notícia sobre…?-Não, senhor. – Ele me interrompeu, falando rapidamente. – Eles ainda não encontraram nada. – Olhei para cima, franzindo a testa.-Obrigado, você pode ir agora. – Olhei para ela com seriedade. Ela praticamente fugiu.Tive que tentar me acalmar, até mesmo Olivia estava com medo de mim agora, mas ultimamente o mau humor tinha levado a melhor sobre mim.Não era fácil viver todos os dias sentindo falta de Ava, mas o que mais eu poderia fazer?A polícia não havia encontrado Mike e Cecil, parecia normal que Mike se escondesse, mas por que Cecil o faria? Ela poderia facilmente prestar depoimento e se safar
Relata Ava:Olhei para cima lentamente, sentindo minhas mãos começarem a suar, meu coração batia forte e meu estômago roncava, um conjunto de roupas se abriu diante dos meus olhos.Alex tinha vindo me buscar, fiquei emocionada e imediatamente lágrimas brotaram em meus olhos.Quando me aproximei um pouco mais, um rosto familiar se deparou comigo, um rosto que eu não esperava, era Ethan.Minha boca ficou seca, senti-me tonta e, por um momento, achei que fosse cair do balanço, primeiro Eva e agora ele?Eu poderia jurar que era Alex, mas parecia que o destino estava pronto para me confrontar com meus demônios do passado.-Ava, estou de volta. – Um sorriso apareceu em seu rosto.Fechei meu livro e me levantei, pronta para sair, mas Ethan me impediu, segurando-me pelo braço.-Ava, espere! – Seu sorriso desapareceu e seu olhar se encheu de ansiedade.-O que você quer? – rosnei sem me virar.-Nada! É só que…! Eu estava passando por aquí, fiquei surpresa ao vê-lo e pensei…-O q
Ava relata:Os dias se passaram e tudo foi por água abaixo, onde quer que eu estivesse, Ethan aparecia, como um perseguidor. Muitas vezes eu nem saía de casa para evitar vê-lo, então acabei voltando para minha reclusão.Certa manhã, saí de casa bem cedo para fazer um check-up médico. Eu já estava grávida de mais de quatro meses e o médico havia me dado notícias incríveis.Eu me senti tão cheia de amor, tão feliz, como não me sentia há muito tempo. De acordo com os resultados dos exames, até o momento, eu não tinha nenhuma complicação.Fui para casa, pensando que era hora de voltar para Alex, para compartilhar esse pedacinho de felicidade com ele, se Alex não tivesse cedido a Joselin.Embora, no fundo, eu tivesse certeza de que isso não aconteceria, mas também tinha um pouco de medo de como Alex reagiria ao meu retorno, será que ele ainda me amaria mesmo que não estivesse com Joselin ou me odiaria?Quando eu estava quase chegando em casa, Ethan cruzou meu caminho novamente. Imedi