CARLOS chegou em sua casa e sentou-se no sofá da sala, desanimado. Odiava ter que dar aquela noticia, mas estava demitido. Sua demissão pegou todos da família de surpresa. Que surpresa desagradável! Era o único que sustentava toda a casa.
Carlos se apavorava só de lembrar o que vivera da ultima vez em que esteve desempregado. Ele gastou todo o acerto em bebidas. E passava noites e mais noites em boates, tendo noites de prazer sem compromisso com garotas que ele jamais vira na vida e não sabia nem o nome. Jurou a si mesmo nunca mais voltar a repetir o erro. Esperava cumprir, pois magoara muito as pessoas que o amavam. Para completar a sua maré de azar, a sua casa foi assaltada e todos dentro foram feito reféns. Os assaltantes amarraram sua avó e seu avô com uma corda de nilon. Já ele foi obrigado a levar os bandidos nos cômodos da casa que tinham objetos de mais valor. Com uma arma apontada na nuca ele presenciou os meliantes se apoderarem de relógios, celulares, TV, dvd e algumas notas que “seu Albério” o avô, guardava debaixo dos colchões. O pobre velhinho foi parar no hospital.Enquanto isso, em um lugar não muito longe dali, o chefe caminhou a passos largos e firmes até o palco e tirou MEL de lá pelos cabelos. A morena começou a chorar e gritar ao ser esbofeteada, mas achou melhor se calar. Tinha medo do chefe. Todos tinham. A casa de shows, agora vazia, fedia a bebida e cigarro. Aquilo a enojava, apesar de adorar a atmosfera erótica do local. Amava a noite , tinha que admitir, Mas o salário que ganhava como babá, não dava para ela pagar o tratamento médico da mãe. Era só por isso que estava ali.- Você arruinou a noite menina. Conseguiu esvaziar a casa. Satisfeita?Ao perceber com que violência segurava o braço feminino, o chefe resolveu soltar. Aquele era o corpo mais desejado entre todas as meninas que trabalhavam ali e não era bom que aparecesse com hematomas.- Me desculpe ter causado prejuízo senhor, mas eu disse que hoje não me sentia bem para me apresentar. Problemas pessoais.- Aqui não existem problemas pessoais. Dentro do meu estabelecimento você tem que esquecer o seu nome, quem é, onde mora, não interessa. Põe isso na sua cabeça.- Por favor, eu já pedi desculpas!- Desculpas não bastam.Humilhada, horas depois ela se encontrava jogada na cama do chefe , Presa em seu quarto. O homem usou seu corpo como quis, sem que Mel pudesse proferir qualquer protesto. Então , quando se entediou, acendeu seu cigarro e jogando as roupas da dançarina sobre seu corpo nu, pediu que ela se vestisse e fosse embora.Mel era uma obsessão para Raul. Dono da casa de shows Caliente Corpus Bar.Foi debaixo de chuva e com muito frio que 03:30 da manhã, ela bateu na porta da casa de sua sogra. Passados alguns minutos, a cunhada abriu as cortinas e olhou pela janela. Ao ver quem era fez o possível para demorar a abrir a porta. Naquela casa, todos a odiavam. Ela Correu para a varanda, podendo assim, ouvir passos de chinelos pela casa. Molhada da cabeça aos pés, tremendo e tendo o corpo tomado por terríveis arrepios, Mel começou a espirrar. A chuva aumentava a sua intensidade e relâmpagos cortavam o céu. Dois minutos se passaram até que a porta foi aberta. Mel foi recepcionada com um olhar de crítica e desconfiança.Pela primeira vez insegura, entrou na boate. Ás cinco da tarde, ela não se parecia em nada com o ccb glamuroso em que se transformava. As paredes eram todas forradas por espelhos, o globo girava freneticamente as suas luzes, contagiando a todos. As caixas de som de ultima geração enchiam o ambiente com musica apropriada para o local. As mesas começavam a lotar. Apesar do glamour, o local não deixava de ser pesado. Tirava toda a energia de suas dançarinas. Mas MEL tentava esquecer os perrengues que passava ali, atraída pelo dinheiro. Ela ganhava cerca de três mil reais por semana.se preparava para ensaiar. Pegara o costume de se sentar no bar assim que chegava. Naquele exato momento era vitima do olhar Do barman.- E então, como vai ?- Escuta, eu já te pedi, por favor, para não me dirigir a palavra.- Por que você me odeia tanto?- Eu não gosto de mulheres como v
- Onde pensa que vai?- Eu preciso sair. Decidi que não vou mais trair meu marido.- Seu marido! Acho melhor esquece-lo.- Não!- É comigo que você tem que ficar. Sabe que tenho o poder de fazer esse cara rodar com um estalar de dedos, não tem medo?- Você não faria isso.- Faria tudo. Tudo o que fosse preciso para ter você só para mim.- Não pode estar falando sério.- Guarda bem isso que eu te disse.Em seguida o chefe fechou a porta. Ela tremeu com a batida.- Me deixa . Me deixa ir...MEL pediu , sem sucesso. Raul a aprisionou possessivamente em seus braços e beijou-a. Ela tentava se esquivar.- Não adianta morena. Não adianta fingir que não me quer. Eu vejo o quanto adora delirar com as minhas caricias.- Me solta RAUL , eu já pedi.- E eu já disse que não. Se quiser, pode relutar. &Eacut
MEL sentia a respiração do chefe ficar cada vez mais entrecortada e por isso mesmo decidiu intensificar tudo o que fazia. O chefe estava a um passo de perder a cabeça. Ou naquele caso, a uma caricia. De repente, era ele quem estava novamente no controle. E quando RAUL, ainda com seu corpo grudado ao dela, arrastou-se até a cadeira e sentou-se , sentando-a no seu colo e tirando-lhe lentamente a roupa , estava realizando uma fantasia secreta da dançarina.- Você é o pecado mais delicioso que já cometi até agora na minha vida, sabia? Um pecado que quero continuar praticando. Não importa o preço que eu tenha que pagar. É um pecado que envenena que mata. Um pecado moreno.O chefe poetizava.- Raul, eu quero você. Acho que estou me apaixonando.Declarou trêmula, o rosto afogueado e os olhos brilhando. O coração começou a bater descompassado , num ritmo pr
Raul fez uma surpresa para as dançarinas do caliente corpus bar ao aparecer no camarim. Melissa olhava para ele temerosa e ansiosa. O chefe voltou a colocar a máscara e parecia não estar de bom humor.Se vestir sob a analise daquele olhar duro e pavoroso fazia com que o nervosismo que dominava todas as meninas antes da apresentação, aumentasse ainda mais. Inclusive o de MEL.- Babi.- Sim senhor, chefe.- Faltam apenas dois minutos para você subir no palco.- Estou quase pronta.Ele circulava pelo local com passos firmes, atento a todos os movimentos. Não dirigiu uma palavra sequer á dançarina que transformara em amante. E ela esperava ansiosamente apenas por um olhar.As suas mãos enormes espalhavam óleo nas coxas grossas de Desidéria. Ordenou que Flor de Liz trocasse a lingerie com que se apresentaria.- Pantera.- Pois não.- Gostaria que n&a
MELISSA foi até o palco. Pantera ensaiava. Quando a amiga lhe fez um sinal, ela desligou o som.- O chefe quer falar com você. Pediu para que não se demorasse, por favor.- O que ele quer comigo? É melhor eu ir logo. Ele detesta esperar.- Você pode avisar que eu vou para a casa? Tenho que dar uma olhadinha na minha mãe. Volto ás seis.- Pode deixar.Pantera bateu na porta entreaberta.- Entra.- Oi chefe.- Senta aí pantera.- Com licença.Ela o fez.- Pega um uísque.- Não obrigada.- E MEL?- Foi para a casa. Disse que precisava cuidar da mãe. O senhor precisa de ajuda? Parece preocupado.- Eu estou, e te chamei para fazer dois pedidos.- Quais seriam?- Quero que me ajude a proteger a MEL, pelo menos aqui dentro da boate, até que eu veja o que posso fazer. Conto com você?- Claro que sim che
Depois de mais uns beijinhos de amor, MEL não perdeu tempo e foi escolher o figurino. Para ela, era a parte mais difícil. Sempre ficava na dúvida.BABI continuava a arrasar no palco.Desabotoava o espartilho lentamente, provocando os telespectadores com o olhar. Deslizando as mãos pelos quadris enquanto se remexia em ritmo suave como o da musica, fingiu que tiraria a calcinha. Voltou-se para a parte de cima e a tirou. Antes de se livrar dela, passou-a sensualmente sobre o corpo e jogou para o publico.Em seguida, abriu o zíper lateral da peça de baixo e depois fez o mesmo com o zíper central. Abriu-o até a metade e tornou a fechar, sempre dançando sensualmente. As palmas eram esfuziantes e ela retribuía aquela gentileza sorrindo, jogando beijinhos e brincando com algumas partes de seu corpo que ela já desnudara. Preparava-se para encerrar a apresentação. Daria
- Fala.- Chefe, por favor, coloca a ESMERALDA para se apresentar no lugar da MEL essa noite!- Nada disso!- Chefe!- Não ouviu o que disse? Eu disse não. Eu vou abrir mão da melhor apresentação da noite? Não posso decepcionar os meus clientes.- O bem estar dela não conta? Você não disse que a ama?- O que sinto pela minha morena não é da sua conta.- Claro que não se interessa! É só sexo.- Eu acho melhor você calar essa boca e parar de se intrometer antes que eu...- Antes que o quê? Que me bata? Pode bater! Uma vez mais, uma vez menos... Não faz a menor diferença.- A MEL já deve estar pronta. Agora vai. Já sabe o que deve fazer.- Sim senhor. O seu dinheiro.Pantera tirou da bolsa o maço de todas as notas que recebeu naquela noite. O chefe sorriu satisfeito. Inesperadame
- Virgem Maria!Exclamou Pantera.- Algum problema?Preocupou-se Carlos.- Problema não! Uma catástrofe. Depois eu explico.Dizendo isso, levantou-se feito um foguete e foi parar embaixo do palco. Procurava por MEL. Debruçou-se sobre o santuário e pôs a chamá-la. MELISSA abriu as cortinas.- Amiga, ele vai me pegar.- Não vai. Pode ficar tranquila. Corre para o camarim.- Estou cercada. Tem três homens ali atrás, não querem me deixar passar.- O quê?- Ele vai me matar.- Desce .- Como?Novamente o pânico tomou conta da dançarina. Será que isso se tornaria uma constante em sua vida?- Desce.Pantera levou um susto quando sentiu duas mãos enormes agarrarem seu cabelo. Ela gritou.- Corre amiga!Aconselhou MEL.- Corre você.Pantera, sem hesitar, atingiu as partes baixas do brutamonte