Depois de mais uns beijinhos de amor, MEL não perdeu tempo e foi escolher o figurino. Para ela, era a parte mais difícil. Sempre ficava na dúvida.
BABI continuava a arrasar no palco.Desabotoava o espartilho lentamente, provocando os telespectadores com o olhar. Deslizando as mãos pelos quadris enquanto se remexia em ritmo suave como o da musica, fingiu que tiraria a calcinha. Voltou-se para a parte de cima e a tirou. Antes de se livrar dela, passou-a sensualmente sobre o corpo e jogou para o publico.Em seguida, abriu o zíper lateral da peça de baixo e depois fez o mesmo com o zíper central. Abriu-o até a metade e tornou a fechar, sempre dançando sensualmente. As palmas eram esfuziantes e ela retribuía aquela gentileza sorrindo, jogando beijinhos e brincando com algumas partes de seu corpo que ela já desnudara. Preparava-se para encerrar a apresentação. Daria- Fala.- Chefe, por favor, coloca a ESMERALDA para se apresentar no lugar da MEL essa noite!- Nada disso!- Chefe!- Não ouviu o que disse? Eu disse não. Eu vou abrir mão da melhor apresentação da noite? Não posso decepcionar os meus clientes.- O bem estar dela não conta? Você não disse que a ama?- O que sinto pela minha morena não é da sua conta.- Claro que não se interessa! É só sexo.- Eu acho melhor você calar essa boca e parar de se intrometer antes que eu...- Antes que o quê? Que me bata? Pode bater! Uma vez mais, uma vez menos... Não faz a menor diferença.- A MEL já deve estar pronta. Agora vai. Já sabe o que deve fazer.- Sim senhor. O seu dinheiro.Pantera tirou da bolsa o maço de todas as notas que recebeu naquela noite. O chefe sorriu satisfeito. Inesperadame
- Virgem Maria!Exclamou Pantera.- Algum problema?Preocupou-se Carlos.- Problema não! Uma catástrofe. Depois eu explico.Dizendo isso, levantou-se feito um foguete e foi parar embaixo do palco. Procurava por MEL. Debruçou-se sobre o santuário e pôs a chamá-la. MELISSA abriu as cortinas.- Amiga, ele vai me pegar.- Não vai. Pode ficar tranquila. Corre para o camarim.- Estou cercada. Tem três homens ali atrás, não querem me deixar passar.- O quê?- Ele vai me matar.- Desce .- Como?Novamente o pânico tomou conta da dançarina. Será que isso se tornaria uma constante em sua vida?- Desce.Pantera levou um susto quando sentiu duas mãos enormes agarrarem seu cabelo. Ela gritou.- Corre amiga!Aconselhou MEL.- Corre você.Pantera, sem hesitar, atingiu as partes baixas do brutamonte
MEL saiu do quarto do chefe sorrindo internamente. Além de a considerarem uma excelente dançarina, ela concluiu que era também uma excelente atriz, pois fez tanto doce com o chefe que ele nem imaginou que não estava furiosa por ele ter contratado o amigo de Pantera como seu segurança e que estava isso sim, era muito, muito excitada.Sem sono, passou a perambular pelo clube vazio. O chefe dormia profundamente. Se dependesse de RAUL, estaria acordado até àquela hora, usando e abusando do seu corpo como bem queria e como ela mais gostava. só que como ela não deixou que o chefe lhe encostasse um dedo naquela noite, adormecera. O calor forte a deixara extremamente irritada. Não conseguiria ficar naquele quarto. Como não precisava voltar para a casa, levantou-se silenciosamente e saiu. A mãe passaria duas semanas inteiras em um SPA. O irmão mais velho levara. Por nada no mundo deixaria o CCB e
Eram três horas da tarde no dia seguinte e o chefe continuava com seu costumeiro mau humor, até que MEL aparecesse. Depois de ensaiar horas, a dançarina apareceu no seu escritório.- Raul.- Sente-se MEL.- Não. É que eu gostaria de dar um pulinho lá em casa, minha mãe está chegando e preciso recebê-la. Posso? Prometo voltar antes das seis.- Claro que sim. tudo certo com a coreografia?- Perfeito.- Pode ir, mas por favor, vê se não demora. Sabe que fico louco de saudades.- Pode deixar.Ela riu , beijando o chefe. ainda sorridente , abriu a porta e deu de cara com CARLOS. Levou um susto. Raul elogiou.- Meus parabéns rapaz! Se continuar seguindo direitinho as minhas ordens, não vai se arrepender , te garanto.MEL protestou irritada.- Raul, vocês estão exagerando! Eu não acho que tenha a necessidade desse ra
Na ausência de MELISSA, o chefe tentava se divertir com PANTERA que fazia de tudo para que ele fracasse em seu intento. O telefone tocou e ela conseguiu se desvencilhar.RAUL atendeu aos gritos.- Segurança! Onde é que você se enfiou com a minha garota?- A gente está no hospital chefe.- Hospital?- A MEL teve uma crise nervosa muito séria, ficou descontrolada, estava chorando muito. Começou a quebrar coisas e como eu fiquei com medo de que ela se machucasse, resolvi traze-la para cá. Estou muito preocupado.- E como está agora?- Deram um remédio, mas não fez o efeito esperado ainda. Se o senhor puder vir para cá.- Me aguarde que chego em instantes. E passa o endereço.Assim que chegou ao hospital ele foi direto ao quarto onde a dançarina se encontrava e ordenando que CARLOS o aguardasse, fechou a porta na cara do segurança, mas ess
- Onde estão todos?- Dispensados.- Hoje não tem show?- Eu fechei o CCB.- O que deu em você?- Hoje a noite é nossa.Ela sorria admirada.- Mas RAUL!- Sem mais nem meio mais.RAUL acendeu uma luz, iluminando todo o ambiente. MEL começou a ouvir uma musica romântica de fundo e bem no meio da pista, visualizou uma mesa enorme toda decorada com pratos exóticos que pareciam deliciosos, flores, e no centro uma garrafa de vinho.O chefe fez um sinal discreto para CARLOS que se afastou.- O que é isso?- Um jantar romântico.Ele a levou até a mesa e puxou a cadeira para que ela se sentasse. Além de ser dominador, o chefe também sabia ser cavalheiro e isso a encantou.- Que lindo. Ainda me custa a acreditar que tenha fechado o CCB só para mim! É verdade mesmo?- E por que não seria? Claro que é verda
CARLOS estava prestes a beijar a dançarina novamente quando ouviu passos. Era o chefe. Antes que ele se aproximasse totalmente, MEL correu para os braços do dono da boate. CARLOS cerrou os punhos tentando se controlar. Se o chefe desconfiasse de seus sentimentos, o segurança com certeza seria um homem morto.- Algum problema por aqui?Quis saber.- A MEL caiu do palco!- Se machucou?- Machuquei o pé, mas não foi nada grave.- O que foi que aconteceu? Precisa tomar mais cuidado princesa!- Raul! Me solta! Estou toda suada!- Está cansada, meu amor! Toma um banho para relaxar e ficar fresquinha, cheirosa.- Até gostaria, mas não trouxe nada, como sempre. Você sabe, e depois as meninas não gostam de emprestar as suas coisas.- Mas não precisa das meninas! Eu tenho toalha e algumas peças que podem servir para você.- Nesse caso eu aceito.
O coração mandou. Algum tempo passou e MEL assumiu um romance sério com CARLOS. Ele era tão possessivo que exigiu que a dançarina cortasse definitivamente todos os laços com o dono do caliente corpus bar. A dançarina, mesmo a contra gosto, acabou aceitando as imposições do atual namorado. CARLOS agora fazia a segurança de um médico famoso da cidade e quando dizia que só voltaria no dia seguinte, MEL tirava do guarda-roupa a peça mais sensual que tinha e rumava para a boate onde trabalhava. Estava morrendo de saudades. Queria dançar. Assistia aos shows das meninas, tomava uma bebida e ia embora. Mas a sua real vontade era ir até o quarto do chefe. Com medo de não resistir à tentação, ela pegava um dos táxis que ficavam na porta e ia embora. Assim foram três meses. Até que MEL não aguentou. Em certa noite de sábado, fez o jantar cedo. Vestiu uma roupa fresquinha e esperou que CARLOS chegasse. Quando ele se sentou, propôs terem uma longa conversa. Conversa que ele não