Após alguns dias...Yasmin estava adorando ficar na casa de Marília, estava preparando a mochila para ia escola. Lá ela tinha mais atenção e não precisava ficar tanto tempo aos cuidados de empregados e pessoas que ela não tinha vínculo afetivo, até mesmo na escola seu desempenho como aluna havia melhorado.– Já pediu ao mordomo suas informações para aquele trabalho de ciências?Marília cuidava pessoalmente das atividades da escola, sempre estava disposta a ajudar e ensinar tudo o que ela precisava.– Sim, mamãe, ele trouxe ontem.Marília deu uma olhada em seus deveres, como sempre fazia e ao pegar aquele trabalho ficou surpresa ao ver que o tipo de sangue dela era incompatível com o de Vinícius. Seu silêncio foi tão imediato quando sua constatação sobre aquilo.MaríliaEle me disse durante a viagem qual era o seu tipo, e é impossível então que sejam pai e filha… a cada segundo eu fico mais surpresa com as coisas que tenho descoberto sobre ele. E se tiver sequestrado essa garotinha? Ou
Cerca de uma semana depois, o mordomo foi até a casa de Marília para buscar a pequena Yasmin. E a menina não esperava voltar para casa tão cedo, Vinícius a deixava quase sempre com os empregados e ali ela estava tendo amor e cuidados como sempre quis devido à vida tão agitada do pai que raramente estava em casa para cuidar dela. Ele bateu na porta e Marília o recebeu...MaríliaNaquela manhã teríamos muitas entregas, Yasmin estava aprendendo tudo de maneira surpreendentemente rápida. Fui abrir a porta e era o mordomo da casa de Vinícius, achei que ele viria para levá-la a alguma de suas aulas especiais.– Olá, meu patrão pediu que buscasse Yasmin hoje.Ela estava por perto e acabou ouvindo tudo.[...]Assim que a menina ouviu aquela frase, ficou desesperada e se negou a obedecer ao pai e voltar ficar tão sozinha naquela casa. Estava adorando ter com quem conversar o tempo todo e não queria voltar para a solidão e a frieza de uma convivência com ele que mal parava em casa.– Eu não vou
Marília não pode deixar de chorar, mesmo tendo sido firme enquanto estava na presença dele..., mas ao sair daquele quarto ela sua expressão era desoladora. Regina a viu sair daquela forma, sentiu muita pena por tudo o que ela estava passando. Com a gravidez as suas emoções estavam a flor da pele, sabia que qualquer dor faria com que o coração dela se fechasse para uma nova tentativa para sempre.– Vamos sair desse lugar vovó. – Ela pegou sua bolsa e elas saíram imediatamente.Regina queria saber o que a neta faria de agora em diante e se seria firme o bastante para se manter longe dele.MaríliaDe novo eu estava me colocando em uma situação manipulada por ele e mesmo que meu coração seja fraco e sinta pena dele… não posso ceder de jeito nenhum. Ele queria me comover com essa lesão mesmo que tenha sido real, nem sei o que aconteceu para que ele se ferisse. Se atacou algum inocente ou se tentou fazer algum outro tipo de maldade, ele acha que eu ainda sou a mesma garota tonta de antes. O
Marília estava tentando afastar-se daqueles homens de todas as formas mesmo sendo quase impossível por ser mulher e estar grávida, mas ainda assim, ela tentou fazer o que pode e acabou sendo agredida e estava apavorada com a avó naquele lugar vazio. Olhavam para os lados e ninguém aparecia para ajudá-las, se ela pegasse o celular dentro da bolsa, provavelmente eles as matariam.MaríliaO maior medo que senti nesse momento era que me machucassem a ponto de me fazer perder a criança, por isso tentei lutar o máximo que pude sozinha e, simultaneamente, controlando o pavor para não deixar minha avó ainda mais apavorada do que já estava. Fiquei com pena de ver a minha avó sofrendo ao me ver lutar com aqueles homens e sem que ela pudesse fazer nada para me ajudar a fugir.Cheguei a pensar nele, naquele instante, se ele surgisse eu estaria salva daquela situação. Mas ele ainda deve estar ferido pelo que aconteceu e pela lesão que sofreu. Senti a lâmina fria da faca de um deles passar pela min
Marília quis impedi-lo de levá-la, mas ele fechou a porta do carro de repente. Os subordinados dele chegaram, Vinícius pediu para que delicadamente levasse dona Regina no outro carro e as duas foram separadas.– Nos deixe ir! – Marília insistiu vendo aqueles homens levarem sua avó.– Pela segurança dela e a sua, fique quietinha. – A frase dele a fez aceitar ser levada, não podia permitir que ninguém fizesse mal a sua avó por causa dela e lamentava que ao terem passado boa parte da vida separadas, agora ela estava passando por tantas coisas por sua culpa.MaríliaEle parecia o mesmo Vinícius que conheci no passado, arrogante e cruel e a minha decepção apenas aumentou. Fiquei calada, ele não se importaria com nada do que eu pudesse dizer e talvez mesmo que eu dissesse que estou grávida, ainda insistiria em agir assim… ele me olhava de canto de olho por todo o percurso e eu o evitava. Fiquei observando se o carro daqueles outros homens se levariam a minha avó para o mesmo lugar que eu, m
ViníciusEu não tinha outra saída a não ser buscar pelo pai dela e que ele mesmo contasse que eu não tive nada a ver com o ataque que ceifou a vida de sua mãe, o próprio Apolo sem encarregaria de limpar o meu nome.Durante esta busca, eu fui gravemente ferido e levado para a cabana e por isso, mandei que buscassem por Marília para que ela cuidasse de mim, infelizmente antes de ser ferido eu não consegui ter a comprovação das minhas suspeitas sobre a verdadeira identidade daquele homem.Marília veio e eu tentei de todas as formas me explicar para ela e fazer ela compreender que eu não fui o mandante do assassinato de seus pais e que um deles ainda poderia estar vivo, mas eu não consegui dizer uma só palavra antes que ela me acusasse e saísse me deixando à própria sorte.O médico me atendeu e cuidou de mim, depois que Marília me virou as costas, ele me aconselhou que não entrasse naquele assunto tão delicado com ela sobre a possibilidade de que sei pai estivesse vivo, pois como era sua
Marília seguia aprisionada naquela grande mansão para gerar o seu filho, enquanto usava todo o seu tempo para planejar uma forma de encontrar sua avó e tirá-la do seu cativeiro. Ela já não conseguia mais confiar em Vinícius depois de tudo o que havia acontecido, pensava o tempo inteiro em uma forma de escapar, mas Yasmin tratava de tornar aquele sofrimento muito mais complacente.Tentava convencer os empregados a ajudá-la, mas nenhum deles se atrevia a intervir. Naquela casa todos mantinham seus olhos fechados para aquela situação. Yasmin mantinha o sorriso dela mesmo quando seu coração estava cheio de sofrimento, era uma menina muito carismática e sua carência conseguia sempre aquecer o coração de Marília e tirar da sua mente os pensamentos ruins.Então, isso tornava a vida de Marília, mesmo aprisionada naquela casa, um pouco mais colorida e leve, mas ela não poderia deixar transparecer para Vinícius que viver ali e estar aprisionada não era totalmente uma situação ruim.Era um jogo
MaríliaFinalmente chegou o primeiro dia de fazer o meu primeiro check-up da maternidade. Eu estava muito ansiosa para poder ouvir o coração do meu bebê. Yasmin queria muito me acompanhar, mas acabou dormindo um pouco mais do que deveria, pois teve uma noite complicada com um pouquinho de dor de barriga e eu não quis acordá-la.Os empregados deixaram que usasse o telefone da casa para entrar em contato com Rafaela e combinar com ela o horário para nos encontrarmos na clínica e pudesse me acompanhar. Já estão começando a ficar pequenas, mas encontrei um vestidinho mais confortável e o motorista me levou até lá, assim que cheguei, eu a encontrei na recepção do hospital já ansiosa e esperando por mim.Demos um forte abraço, Deus como eu senti a falta dela! Poder conversar e me desafogar um pouco de tantas coisas que vem acontecendo e ela não faz ideia.— Marília como você está? — Rafaela perguntou, dando uma bela olhada na minha barriguinha.Os meus vestidos já estavam ficando muito just