Marília não pode deixar de chorar, mesmo tendo sido firme enquanto estava na presença dele..., mas ao sair daquele quarto ela sua expressão era desoladora. Regina a viu sair daquela forma, sentiu muita pena por tudo o que ela estava passando. Com a gravidez as suas emoções estavam a flor da pele, sabia que qualquer dor faria com que o coração dela se fechasse para uma nova tentativa para sempre.– Vamos sair desse lugar vovó. – Ela pegou sua bolsa e elas saíram imediatamente.Regina queria saber o que a neta faria de agora em diante e se seria firme o bastante para se manter longe dele.MaríliaDe novo eu estava me colocando em uma situação manipulada por ele e mesmo que meu coração seja fraco e sinta pena dele… não posso ceder de jeito nenhum. Ele queria me comover com essa lesão mesmo que tenha sido real, nem sei o que aconteceu para que ele se ferisse. Se atacou algum inocente ou se tentou fazer algum outro tipo de maldade, ele acha que eu ainda sou a mesma garota tonta de antes. O
Marília estava tentando afastar-se daqueles homens de todas as formas mesmo sendo quase impossível por ser mulher e estar grávida, mas ainda assim, ela tentou fazer o que pode e acabou sendo agredida e estava apavorada com a avó naquele lugar vazio. Olhavam para os lados e ninguém aparecia para ajudá-las, se ela pegasse o celular dentro da bolsa, provavelmente eles as matariam.MaríliaO maior medo que senti nesse momento era que me machucassem a ponto de me fazer perder a criança, por isso tentei lutar o máximo que pude sozinha e, simultaneamente, controlando o pavor para não deixar minha avó ainda mais apavorada do que já estava. Fiquei com pena de ver a minha avó sofrendo ao me ver lutar com aqueles homens e sem que ela pudesse fazer nada para me ajudar a fugir.Cheguei a pensar nele, naquele instante, se ele surgisse eu estaria salva daquela situação. Mas ele ainda deve estar ferido pelo que aconteceu e pela lesão que sofreu. Senti a lâmina fria da faca de um deles passar pela min
Marília quis impedi-lo de levá-la, mas ele fechou a porta do carro de repente. Os subordinados dele chegaram, Vinícius pediu para que delicadamente levasse dona Regina no outro carro e as duas foram separadas.– Nos deixe ir! – Marília insistiu vendo aqueles homens levarem sua avó.– Pela segurança dela e a sua, fique quietinha. – A frase dele a fez aceitar ser levada, não podia permitir que ninguém fizesse mal a sua avó por causa dela e lamentava que ao terem passado boa parte da vida separadas, agora ela estava passando por tantas coisas por sua culpa.MaríliaEle parecia o mesmo Vinícius que conheci no passado, arrogante e cruel e a minha decepção apenas aumentou. Fiquei calada, ele não se importaria com nada do que eu pudesse dizer e talvez mesmo que eu dissesse que estou grávida, ainda insistiria em agir assim… ele me olhava de canto de olho por todo o percurso e eu o evitava. Fiquei observando se o carro daqueles outros homens se levariam a minha avó para o mesmo lugar que eu, m
ViníciusEu não tinha outra saída a não ser buscar pelo pai dela e que ele mesmo contasse que eu não tive nada a ver com o ataque que ceifou a vida de sua mãe, o próprio Apolo sem encarregaria de limpar o meu nome.Durante esta busca, eu fui gravemente ferido e levado para a cabana e por isso, mandei que buscassem por Marília para que ela cuidasse de mim, infelizmente antes de ser ferido eu não consegui ter a comprovação das minhas suspeitas sobre a verdadeira identidade daquele homem.Marília veio e eu tentei de todas as formas me explicar para ela e fazer ela compreender que eu não fui o mandante do assassinato de seus pais e que um deles ainda poderia estar vivo, mas eu não consegui dizer uma só palavra antes que ela me acusasse e saísse me deixando à própria sorte.O médico me atendeu e cuidou de mim, depois que Marília me virou as costas, ele me aconselhou que não entrasse naquele assunto tão delicado com ela sobre a possibilidade de que sei pai estivesse vivo, pois como era sua
Marília seguia aprisionada naquela grande mansão para gerar o seu filho, enquanto usava todo o seu tempo para planejar uma forma de encontrar sua avó e tirá-la do seu cativeiro. Ela já não conseguia mais confiar em Vinícius depois de tudo o que havia acontecido, pensava o tempo inteiro em uma forma de escapar, mas Yasmin tratava de tornar aquele sofrimento muito mais complacente.Tentava convencer os empregados a ajudá-la, mas nenhum deles se atrevia a intervir. Naquela casa todos mantinham seus olhos fechados para aquela situação. Yasmin mantinha o sorriso dela mesmo quando seu coração estava cheio de sofrimento, era uma menina muito carismática e sua carência conseguia sempre aquecer o coração de Marília e tirar da sua mente os pensamentos ruins.Então, isso tornava a vida de Marília, mesmo aprisionada naquela casa, um pouco mais colorida e leve, mas ela não poderia deixar transparecer para Vinícius que viver ali e estar aprisionada não era totalmente uma situação ruim.Era um jogo
MaríliaFinalmente chegou o primeiro dia de fazer o meu primeiro check-up da maternidade. Eu estava muito ansiosa para poder ouvir o coração do meu bebê. Yasmin queria muito me acompanhar, mas acabou dormindo um pouco mais do que deveria, pois teve uma noite complicada com um pouquinho de dor de barriga e eu não quis acordá-la.Os empregados deixaram que usasse o telefone da casa para entrar em contato com Rafaela e combinar com ela o horário para nos encontrarmos na clínica e pudesse me acompanhar. Já estão começando a ficar pequenas, mas encontrei um vestidinho mais confortável e o motorista me levou até lá, assim que cheguei, eu a encontrei na recepção do hospital já ansiosa e esperando por mim.Demos um forte abraço, Deus como eu senti a falta dela! Poder conversar e me desafogar um pouco de tantas coisas que vem acontecendo e ela não faz ideia.— Marília como você está? — Rafaela perguntou, dando uma bela olhada na minha barriguinha.Os meus vestidos já estavam ficando muito just
MaríliaNo dia seguinte e para minha felicidade, Vinícius então cumpriu a promessa de me levar até a minha avó e o meu coração queria sair pela boca de tanta alegria, ele dirigiu até uma propriedade e me surpreendi ao ver que ela estava muito bem assistida.— Vamos Marília, não sou de promessas vazias. Entre no carro!Meu coração ficou acelerado, uma alegria tão grande me invadiu. Cheguei a pensar que ele poderia ter mandado alguém tirar a vida dela para se vingar das minhas recusas. Entramos no carro, percorremos um caminho que eu diria até agradável, ela não estava assim tão distante de mim como eu cheguei a pensar por tanto tempo.Quase não esperei o carro parar e saí correndo para abraçá-la, chorei nos braços dela por um bom tempo e Vinícius ficou apenas nos olhando naquela cena terna de reencontro. Parecia que eu não a via a anos, como havia realmente acontecido devido à minha vontade de ser independente e conseguir me cuidar sozinha.Era uma casa bonita, confortável e onde ela t
MaríliaNessa noite ele quis dormir comigo novamente, Vinícius insiste que somos um casal comum e eu sinto falta de poder escrever para desabafar todos os meus sofrimentos. Nessa casa estou aprisionada em todos os sentidos da palavra! Não falo com Rafaela a um tempo, não posso sair para me distrair e nem tenho um trabalho para ocupar os pensamentos.Caminho nesta casa de um lado para o outro, apenas fazendo as vontades de Yasmin. Se não fosse por ela e a vontade de ver minha avó, acho que teria enlouquecido por completo.Vinícius tinha a chave do quarto, então simplesmente abriu me surpreendendo no meio da noite e tentou me abraçar, pedindo que esta noite pudesse dormir sentindo o meu cheiro.— Veio me desejar uma boa noite?— Eu vim saber como você está, sentir o seu corpo junto ao meu!Eu já nem me assustava mais com as invasões noturnas dele, já perdeu há muito tempo a noção de que eu não estou neste lugar por minha própria vontade. Eu sinto que vou explodir se não puder extravasar