Joana entrou correndo na floricultura.
- Alice, o padre pediu para você ir hoje depois do trabalho para falar com ele!
- O que será que ele quer?
- Não faço ideia, mas ele estava bem animado!
- Está obrigada, Joana! Como ficou a data do seu casamento?
- Será em três meses! O Alberto resolveu que deveríamos casar o quanto antes. Acho que ele tem medo de eu desistir. Como se eu tivesse muita escolha! – Joana começou a rir.
- Não brinque desta forma! Você tem muitas escolhas, mas preferiu ficar com ele.
- Isso é verdade.
As duas ficaram conversando e acabaram nem vendo o tempo passar. Quando Joana se deu conta já era hora de fechar a floricultura.
- Vamos arrumar as coisas!
- Não, pode ir. Eu termino aqui sozinha, depois te espero na parada para irmos embora juntas.
- Obrigada, procurarei não demorar.
Todos muito envolvidos com o casamento de Joana. A organização estava ao encargo de Alice, que estava se desdobrando para surpreender a amiga. No dia anterior já havia sido feita a decoração da igreja e do salão, diferente de Alice que irá fazer sua festa na fazenda dos pais de Alfredo, Joana irá seguir o tradicional casamento na igreja. Alice estava acertando os últimos detalhes para o almoço, já estava quase pronta, só faltava colocar o vestido. Estava uma manhã de muito calor. Ela terminou e pediu para Alfredo levá-la em casa.- Mãe! Você está pronta?- Quase, querida! Só preciso colocar meu sapato.- Vou tomar um banho rápido, colocar o vestido e já iremos sair!Alfredo ficou esperando-as sentado em uma cadeira no lado de fora da casa à sombra de uma árvore. Alice desceu com as sandálias na m&a
Alice estava terminando de se arrumar, quando escutou um barulho vindo do banheiro, abrindo a porta encontrou Mercedes desacordada no chão. Ela correu até seu quarto, abriu a janela e chamou sua vizinha, que imediatamente saiu na rua.- Minha mãe desmaiou.- Chamarei uma ambulância imediatamente. Homem, chama a ambulância que a Mercedes está passando ruim, diz que ela desmaiou – Gritou sua vizinha para o marido.Alice voltou correndo para o banheiro, se abaixou ao lado de sua mãe. Alguns minutos se passaram e ela ouviu a campainha tocar descendo rápido para abriu a porta, era sua vizinha e o marido.- Ela ainda está desacordada.- Eu ficarei aqui esperando eles chegarem, vocês duas podem subir e ficar lá com ela.- Obrigada.Passaram-se mais alguns minutos para ambulância chegar, o que para Alice parecia uma eternidade. Os param&eac
O padre José estava sentado dentro do seu pequeno escritório, quando Alice chegou acompanhada de Joana.- Boa tarde! Como o senhor está?- Boa tarde! Que surpresa! Eu estou bem. O que vocês fazem aqui?- Eu vim lhe mostrar os meus votos de casamento, para ver se o senhor aprova.- Claro, sentem-se aqui que já irei lê-lo! Só um momento, esqueci meu óculos lá dentro da igreja. Já volto.Ele saiu na porta, mas voltou logo em seguida, abriu sua gaveta, remexeu nas coisas, fechou saindo novamente. O padre chegou dentro da igreja, havia um homem parado na frente do altar.- Padre José?- Sim, meu filho! Em que posso lhe ajudar?- Primeiro, preciso pedir perdão para um pecado que ainda irei cometer.- Se você não cometer esse pecado, não irá necessitar o perdão.- Eu não posso
- Boa tarde, senhorita! Quero comprar umas flores para minha mãezinha! O que você me recomenda?- Ela está de aniversário?- Sim, ela está completando oitenta e sete anos hoje.- Nossa, que felicidade! O senhor pode me acompanhar, por favor?- Claro.Alice levou o gentil senhor até a parte de trás da floricultura, começou a mostras as flore e folhagens que estavam expostas.- Posso lhe indicar essa daqui! – Pegou um vaso lindo com flores alaranjadas. – E além disso ele tem um valor muito bom para se dar de presente.- Ele realmente é muito bonito!Alice estava negociando quando Joana chegou.- Olá! Desculpe, não sabia que estava com um cliente. Depois nós duas conversamos.- Você está bem?- Sim, só um pouco enjoada, acho que comi algo que não me fez bem!- Está
- O que aconteceu aqui?- Não te interessa, o que você quer?- Ricardo, você está bêbado!- Vá embora, Damião! Não quero conversar.- Já disse para você não vir trabalhar bêbado! Levante e vá casa tomar um banho e dormir. Irei pedir para alguém arrumar seu escritório.- Meu irmão?- Sim. O que quer?- O que eu faço para largar essa vida? E como irei conseguir ficar com a Alice? Não importa o que eu faça para ela, parece que nada chama sua atenção!Damião sentou na cadeira em frente a Ricardo.- Você está fazendo da maneira errada, ainda não percebeu? Primeiro, ela é noiva e irá casar. Segundo, ela não se importa com o seu dinheiro e sim com uma coisa que você terá que aprender, amar. E terceiro, você nunca irá
Joana entrou correndo floricultura adentro com um papel na mão.- Conseguimos!Alice saiu de trás do balcão e abraçou Joana.- A floricultura é nossa, então?- Sim, amiga! Ela é nossa!- O que é isso no seu braço? – Alice levantou a manga da blusa de Joana.- Eu bati na porta do banheiro.- De novo?- É de novo! Não foi nada, não e preocupe.- Como não me preocupar? Você anda se machucando muito ultimamente.- Sei lá! Acontece.- Está bem! Vamos fazer uma festa? Quero poder compartilhar isso com nossos familiares e amigos.- Podemos fazer sim! É só nos organizarmos.- Irei falar com algumas pessoas.- Ótimo! O que o padre Lúcio falou sobre a data do seu casamento?- Ele disse que está tudo certo. O Alfredo pediu o mais breve poss&
Chegou o dia muito desejado por Alfredo e Alice, o casamento dos dois. O padre Lúcio estava ansioso para celebrar esta grande cerimônia, a qual todos já esperavam com muita alegria. Alice estava no quanto quando Joana entrou acompanhada por Mercedes. Ela estava terminando de colocar o sapato sentada em uma cadeira.- Você está divina, minha amiga!- Obrigada. Não estaria se não fosse por vocês duas.- Não diga isso, filha! Você é uma pessoa divina.Joana estava muito feliz, mas ao mesmo tempo em que queria a felicidade de sua amiga, ela temia que acontecesse com Alice, o mesmo que havia acontecido com ela. Seu marido mudasse e ela viesse a sofrer por conta disso. Mas ela estava determinada a não deixar sua amiga sofrer, tanto que já havia decidido que quando Alice retornasse de sua viagem, ela iria denunciar Alberto, apoiada pelo padre Lúcio, que não aceit
- Eu não irei permitir que você vá até lá, Ricardo! Nem pense em se aproximar daquela Capela Mortuária.- Eu preciso ver a Alice, falar com ela, e saber se está bem!- BEM! – Gritou Damião. – Você quer saber se ela está bem? É claro que ela não está! O noivo dela foi assassinado no dia do casamento, minutos antes da cerimônia. Você quer que ela esteja bem? O que você tem na cabeça, meu irmão?- Eu apenas quero saber se ela precisa de alguma coisa. Um abraço, alguém para conversar.Damião parou no meio da sala olhando para Ricardo.- Quero que seja sincero comigo, eu já encobri tantas bobagens que você fez.- Eu sei bem o que você quer saber. Só que eu não irei responder nada.- Me diga que não foi você que fez isso!- Eu disse que