JOANADepois que tomei um banho e consegui relaxar o meu corpo, saí para o quarto na penumbra e vi que Alex já estava deitado, com certeza já devia ter dormido. Me deitei ao seu lado quando na verdade eu queria ir embora e não ficar ali deitada. Eu me virava de um lado para o outro na cama, esperando o sono chegar, mas ele parecia ter me abandonado então ouvi Alex querendo saber se eu estava bem.— Não consigo dormir.Senti quando seu corpo se aconchegou ao meu. Pensei em me afastar, mas eu estava gostando, me sentia protegida ali. Nenhum de nós falou nada por muitos minutos. Quando tentei começar a falar, ele me silenciou.— É melhor a gente dormir. Teremos um longo dia amanhã.Não sei em que momento eu acabei dormindo, mas consegui dormir até ouvir Rebeca começar a resmungar dentro do berço. Saí de fininho da cama e peguei a mamadeira pronta dentro do porta mamadeiras e entreguei para minha filha.Alex acabou acordando e depois de tranquilizá-lo, voltei para cama, me deitando de fre
ALEXDepois de ter a melhor noite de sexo da minha vida com Joana, ela acabou adormecendo nos meus braços, era bom tê-la ali, mas não sabia se continuaríamos tendo alguma coisa quando voltássemos para casa. Apesar de exausto, acordei com os resmungos de Rebeca e a peguei no colo antes que virasse uma choradeira e acabasse acordando Joana.Depois de vestir uma cueca e uma bermuda, resolvi descer para preparar a mamadeira e acabei encontrando minha família toda reunida e tomando café da manhã. Assim que me viu, minha mãe se levantou para me dar um beijo e imediatamente quis saber de Joana.— Ela ainda está dormindo, foi uma noite difícil, mas ela está bem.— Depois quero conversar com ela.— E Romero?— Ainda está no quarto. — Foi Felipe que respondeu.— Senta para tomar café da manhã com a gente. — Preciso preparar a mamadeira dessa coisinha aqui.— Deixa que eu cuido dela. — Azaria se ofereceu enquanto já pegava Rebeca dos meus braços e ia em direção à cozinha.Me sentei ao lado da m
JOANA Depois de tudo o que eu passei com o irmão de Alex na festa de aniversário do pai deles e da longa conversa que tivemos com a mãe dele, tudo o que eu mais queria era voltar para a segurança da minha casa, para os meus amigos, para o meu trabalho e para minha rotina. Terminei de fechar as nossas malas bem quando Azaria apareceu na porta do nosso quarto com minha filha no colo que devia estar se divertindo e dando gargalhadas porque seu rostinho estava levemente avermelhado. — Foi aqui que pediram uma entrega de criança? — Essa aí, com certeza. Ela entrou no quarto e começou a fazer aviãozinho com Rebeca, que estava se divertindo aos montes. Pelo menos uma de nós duas estava aproveitando essa bendita viagem. Peguei minha filha no colo e agradeci Azaria por ter cuidado dela. — Vocês já estão arrumando as malas para ir embora? — Ela perguntou assim que viu Alex fechar sua mala. — Sim, nós vamos embora daqui a pouco. — Poxa que pena. Achei que passaríamos o dia todos juntos n
ALEXA viagem de volta para casa foi um pouco mais tranquila, mas deixar Joana e Rebeca em casa foi uma das partes mais dolorosas de toda a mentira que inventei. Eu tinha me apegado a companhia dela e do pitiquinho de gente sorridente e saber que dali em diante, eu voltaria a ficar sozinho era meio desesperador.Quando finalmente estacionei o carro em frente ao prédio de Joana, nenhum de nós dois se mexeu por alguns minutos até que Rebeca quebrou o silêncio incômodo com seus resmungos por ainda estar presa enquanto o carro estava parado.— Acho que tem alguém feliz por estar de volta em casa — comentei enquanto olhava para a cadeirinha no banco de trás.— É, acho que sim.— E você?— O que tem eu?— Está feliz por ter voltado para casa?— Me sinto mais aliviada por não ter que mentir mais.Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Joana abriu a porta e se apressou em sair do carro para tirar a filha da cadeirinha, aproveitei e saí para ajudá-la a tirar as malas do carro. Ficamos p
JOANAQuando Alex estacionou o carro em frente ao meu prédio, me apressei em descer e pegar minhas coisas, ele até se ofereceu para levar minha malas até o meu apartamento, mas não estava preparada para que ele visse o meu humilde apartamento, por isso recusei sua ajuda inicialmente, mas depois de olhar tudo o que eu teria que levar, acabei aceitando.Antes de abrir a porta do apartamento, fiquei paralisada por alguns minutos, decidindo se abriria ou não a porta na frente de Alex. Eu já tinha visto e dormido na casa dele e era muito superior a minha e ele poderia ficar me julgando.— O que foi, Joana? — Sua voz me trouxe de volta a realidade.Eu estava morrendo de vergonha por deixá-lo entrar no meu apartamento, só queria que um buraco se abrisse no chão para que eu pudesse enfiar minha cabeça, mas não falei nada. Quando permiti que ele entrasse, percebi que tentou disfarçar, mas estava olhando tudo ao redor.— Sua casa é linda, Joana.— Obrigada.Ele estava sendo sincero ou só estava
ALEXA vida tinha voltado ao normal e eu não tinha mais visto Joana e Rebeca, apenas tinha notícias dela através do meu amigo que as vezes comentava casualmente sobre o quanto ela era eficiente no trabalho e no quanto já tinha ajudado a empresa dele. Eu ficava feliz por saber que ela estava indo bem, mas ao mesmo tempo sentia um aperto no peito que não sabia explicar.Eu tinha voltado à minha rotina normal, trabalhar e sair com meus amigos, mas eu, inutilmente, sempre procurava Joana nos lugares que ia, mesmo sabendo que ela não estava lá, as mulheres que se aproximavam não eram nada interessantes quanto Joana e o sexo não tinha mais a química que teve com ela.Certa sexta-feira à noite quando Tony me chamou para ir a um bar, aceitei sem pensar duas vezes. Escolhemos no sentar nas banquetas junto ao balcão já que as mesas estavam todas ocupadas e depois de três rodadas de cerveja, identifiquei um rosto conhecido no meio da multidão. Era a melhor amiga de Joana.— Você está se sentindo
JOANAA vida tinha voltado ao normal depois daquele final de semana totalmente atípico. No trabalho eu estava me saindo muito bem e recebi alguns elogios de quase todos os superiores por estarem gostando do meu serviço.Por várias noites, me peguei pensando em Alex quando me deitava para descansar depois de um dia cansativo de trabalho. Ficava pensando no que ele estaria fazendo, se ele também sentia minha falta tanto quanto eu sentia dele.Era para ser mais um sábado qualquer, mas Lili apareceu de surpresa e levou minha filha para um passeio então aproveitei para dar uma boa faxina no apartamento e arrumar os armários dos quartos e a cozinha. Tinha ficado tão ocupada que quando percebi já era noite e resolvi ligar para minha amiga para saber se estava tudo bem e ela me tranquilizou dizendo que Rebeca tinha dormido e que mais tarde a traria de volta para casa.Aproveitei para responder algumas mensagens que tinha recebido e logo o nome de Alex surgiu na tela, mas terminei de responder
ALEXO filme que passava na televisão até que era interessante, mas era impossível desviar os olhos de Joana se deliciando com a comida. Quando ela me pegou a observando, parou de comer e suas bochechas ficaram levemente coradas.— O que foi? — Ela quis saber.— Só estava te observando enquanto comia.— Assim eu fico envergonhada.— Pela sua expressão de prazer nem preciso perguntar se está do seu agrado.— Está divino.— Se eu soubesse que você gostava tanto tinha trazido antes.Ele voltou a comer e eu fingi prestar atenção no filme que passava, quando na verdade, continuei observando-a pelo canto do olho.— Porque está me olhando assim?— Tenho que confessar que senti sua falta — admiti.— Eu também senti sua falta.Ouvir dela que também tinha sentido minha falta era melhor coisa do mundo e me senti um pouquinho mais amado. A única coisa que ainda martelava na minha cabeça era porque ela não tinha me procurado ou enviado uma mensagem se também tinha sentido minha falta.— Venha cá —