CAPÍTULO 46

Recebi visitas o dia todo, meu irmão praticamente se instalou no meu quarto de hospital com a Anne. A Evie e o Ercan têm feito a ronda perguntando sobre o bebê, mas ninguém se atreveu a manter uma conversa comigo, nem mesmo uma conversa básica.

É como se o tempo tivesse parado, é como se minha mente estivesse de alguma forma em modo automático, respondendo "sim" ou "não" a qualquer pergunta; saboreando uma ou duas mordidas de comida quando chega a hora certa.

Esforcei-me ao máximo para manter minha mente calma; traí minhas emoções, deixando de lado a dor, para cuidar da saúde do meu filho.

Mas há momentos em que os pensamentos se desalinham e a dor retorna, deixando-me triste, e sem que eu consiga evitá-lo, o carvão quente que aperta minha garganta se torna cruel; tanto que sinto que não vou conseguir lidar com tudo isso e que, se não fosse pelo meu filho, eu teria desejado tomar o lugar do Ângelo há muito tempo.

—Comprei algumas frutas —diz o meu irmão em um sussurro, me oferecendo u
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