POV: CALLIEAguardei o Alfa sair do banho, mas manter-me em pé estava ficando cada vez mais difícil. Ao correr para a guerra e lançar-me em frente ao lobo negro, terminei por abrir as feridas causadas por Kemilly. A tontura começou a se intensificar, até que a escuridão tomou conta da minha consciência!Despertei com o odor de medo e dor, não sabia ao certo se exalava de mim ou de outro ser, até notar sua presença intensa. Ouvia seu lobo feroz rugindo ameaçador, pronto para atacar, minha loba agitada em meu peito em resposta à sua euforia.— Todos te temem... — Comentei ao Alfa, tomada de ódio.Fui surpreendida por mais cuidados. Após a morte da minha mãe, apenas Orion cuidava de mim com tanto zelo dentro de suas limitações. Suspirei, envergonhada com o contato de suas mãos sobre meus pelos, permitindo à mente vagar e sonhar em como seria o contato de sua pele com a minha. A sensação era intensa como agora? Segui em minhas lembranças sobre a visão, onde seu rosto fazia morada em minha
POV: AARONA menção de um amor anterior por parte de Callie fez meu lobo enfurecer ferozmente. Havia alguém prometido a ela, e cerrei os punhos, determinado a caçar o desgraçado. Se seu corpo não tivesse sucumbido ao ataque, eu mesmo o faria definhar dolorosamente!— Vamos descansar, é necessário para você. Amanhã começaremos o seu treino de mutação. — Rosnei, levando a loba para minha cama. Ao lado, a governanta havia colocado frutas e alguns aperitivos. — Coma!Farejando o ambiente, Callie levou seu focinho até a bandeja e voltou assustada em minha direção.— Este quarto é seu?— Sim. — Continuei analisando sua fisionomia lupina, imaginando como ela seria em sua forma humana. Era uma loba bonita, apesar de magra por privação de alimento.— Então... esta cama é sua? — Ponderou ela, agitada.— Cega, não tola, se lembra? — Respondi ríspido, sentando-me ao seu lado e pegando a bandeja, aproximando-a para que conseguisse comer em sua forma de loba. — Coma logo.— Pelo cheiro, há muitos a
POV: CALLIEO calor de seu corpo próximo trouxe uma nova sensação, me sentia estranhamente segura e acolhida, não demorou muito para que eu cedesse ao cansaço. Fui levada para o templo da Deusa, um santuário mental que havia arquitetado em minha mente quando criança, um refúgio seguro, baseado nas descrições de minha mãe em uma de suas histórias.Mas algo estava diferente, uma presença poderosa parecia me acompanhar. Farejei em sua direção até perceber que estava acompanhada de Aaron.— Você não deveria estar aqui! — Falei bruscamente, quando o velcro foi tirado de meus olhos, podendo ver claramente a beleza do homem de minhas visões.Ele era ainda mais bonito do que conseguia me lembrar, emanando poder com um simples olhar verde acinzentado. Sem tempo para contemplar, a Deusa revelou uma visão diferente de todas que havia visto antes. Lobos estavam aos pedaços, puramente em seus instintos primitivos, doentes, com fome, sendo manipulados por outros, criando guerra entre as espécies. O
Senti uma lágrima escorrer por meus olhos, quando a imagem de minha mãe se formava em minha mente. Apenas através de suas descrições pude vislumbrar sua fisionomia, mas seu aroma era único, protetor e amoroso.— Se apegue às lembranças, lembre-se dos toques... — Ele continuou, senti suas mãos humanas sobre meus pelos, tocando-me suavemente. — Sinta minha mão, tente sentir o calor de meu toque além dos seus pelos.Ergui o focinho para o céu, deixando a chuva lavar minha face lupina, inalando o cheiro, permitindo ser guiada às melhores lembranças de minha mãe. Seu abraço caloroso, o carinho em minha face com o dorso das mãos secando minhas lágrimas, a sessão de beijos em minhas bochechas, as cocegas em minhas costelas. As memórias foram substituindo as dores que receava sentir. Eu tinha medo de voltar a ser humana porque sabia que ela não estaria mais lá para me proporcionar carinho!— Você está segura, Callie, é apenas você, sua humana e sua loba lado a lado... — Aaron sussurrava.Sob
— Não deveria alisar minha boca assim, lobinha... — Aaron respondeu divertido.— É a minha forma de te enxergar... — Respondi tímida, pronta para recolher as mãos, sentindo as dele agarrar e mantê-las no lugar.— Pode continuar. — O alfa sussurrou, guiando meus dedos em volta de seus olhos, contornando as sobrancelhas, passando por suas bochechas.Fiquei de joelhos, inclinando mais para frente, descendo as duas mãos por seu rosto, permitindo que uma vagasse por seus cabelos enquanto a outra descia para o que senti ser sua orelha.— Callie... É difícil me conter com você me tocando assim, estando nua à minha frente com os seios tão próximos ao meu rosto! — Rosnou o alfa rouco, contido.Sentei-me rapidamente, apalpando em volta em busca da toalha, alcançando-a e me cobrindo.— Me desculpe! — Apressei-me em falar, envergonhada, provavelmente corada diante da situação constrangedora. — Há roupas para mim?— Hunf... Temos que trabalhar seu tato, se lembra? — Disse ele em tom ousado, senti
POV: AARONPensei que enfrentaria dificuldades ao lidar com a transformação da loba cega, mas para minha surpresa, seu lado lupino estava tão exausto e inclinado a ceder espaço para a essência humana que não hesitou na conexão. De maneira simples, conduzi a mente de Callie dentro de suas percepções limitadas, utilizando o tato como seu guia e sua memória como a chave para levá-la a recuperar sua forma física humana.Lágrimas se misturavam às gotas da chuva, que começaram a acariciar sua pele agora exposta. Fiquei maravilhado com tamanha beleza; jamais imaginaria que aquela loba cega, maltratada e magra, pudesse ser uma mulher tão deslumbrante.Embora ela precisasse ganhar um pouco de peso, fiquei encantado enquanto a observava, percorrendo suavemente seu corpo e admirando cada curva delicada e perfeitamente delineada. Seus quadris ligeiramente arredondados e sua cintura fina criavam uma silhueta elegante e atraente. Notei algumas cicatrizes marcadas em sua pele, o que me instigou aind
— Aaa lobinha, esqueceu que percorri a língua em seu corpo nua agora a pouco? — Sorri de lado avaliando suas reações tímida, completamente com a face vermelha — E gostei do que vi.Acanhada, ela ficou ruborizada mexendo nas pontas roxas de seus cabelos.— Rei Lycan, não deveria ter feito aquilo... Sua companheira e a alcateia não aprovariam! — Mordendo os lábios, Callie apertava as mãos nervosa. — Posso me virar sozinha com o banho.Passando por mim tateando em volta, segurei seu pulso levando suas aos meus lábios, beijando as pontas de seus dedos que acariciava sutilmente a minha boca.— Ainda não tenho uma companheira definitiva... — Rosnei mordiscando sua pele, seu cheiro era inebriante, meu lobo se eriçava aos seus menores movimentos. — Do que receia, loba?Engolindo em seco, ela estremeceu sutilmente, passando as mãos por seus cabelos de forma nervosa, suspirou dizendo:— Não quero me apegar a nada nesta vida, não desejo seguir assim. — Falou por fim me surpreendendo com suas pa
— Callie. — Rosnei, pegando o sabonete e a virando de costas rapidamente para mim, me dando uma bela e tortuosa visão de sua bunda redonda. — Se continuar a me tocar assim vou sucumbir aos meus impulsos.— Eu o estou o machucando? — Callie tentou se virar, mas a mantive no lugar.— Não, pelo contrário... — Cerrei os dentes quando seu quadril veio mais para trás encostando em meu íntimo e sua cabeça tombou encostando em meu ombro. — O que está fazendo?— A minha loba quer estar com você. — Comentou ela pura com a pele ruborizada. — Alfa, pode me dar o sabonete?— Eu vou lavá-la. — Empurrei seus cabelos para frente, passando o sabonete por suas costas, descendo para os quadris, onde seu corpo vibrou com o toque e meu lobo rugiu excitado.Segui o caminho contornando suas pernas massageando, subi até a bunda tentado em morder e deixar minha marca, apenas beijei o local ansiando sentir. Parei as suas costas puxando sua cabeça para trás encostando em meu peito, desci as mãos por seus ombros