POV: AARONCorri em direção aos gritos da lobinha, o odor de magia negra pairava no ar. Às minhas costas, ouvi os portões do templo se fecharem com força. O que estava acontecendo?Farejei com cuidado, parando em um ponto, quando senti a presença do inimigo maligno. Não era sua essência direta, mas a aura do Deus obscuro se fazia presente nos sonhos de Callie. Como ele teria conseguido adentrar a este lugar sagrado?Avancei saltando entre os dois, afastando a forma espectral de Nocturnus de Callie, olhando-a ajoelhada ao chão em minhas costas.— Tudo bem? — Questionei preocupado sobre os ombros.— Agora estou. — Respondeu Callie firme, segurando meus pelos como se buscasse conforto e proteção.— Como ele conseguiu acessar aqui? — Rosnei, confuso, com as presas proeminentes, feroz e ameaçador, porém contendo a vibração do meu poder com receio de machucá-la também.— Eu também não sei... Alfa... eu estou... — Um soluço escapou de seus lábios quando nossos olhares se encontraram; ela não
POV: CALLIEOlhei para Aaron, sentindo meu corpo sendo puxado de volta à realidade, como se o velcro estivesse sendo rasgado dos meus olhos, arrastando-me de volta para minha escuridão particular. Despertei, tateando ao redor até sentir seus dedos entrelaçando os meus. Eu ofegava de ansiedade, meu coração acelerado, o medo palpável percorrendo meu corpo.— Eu nunca estarei segura... — Disse, engolindo em seco, tentando equilibrar minha respiração descompassada.— Não seja tola, lobinha. Vamos falar com Yulli; deve haver algo que ela possa fazer para impedir Nocturnus de invadir seus sonhos novamente. — Aaron posicionou-se atrás de mim, acariciando minhas costas, enquanto a outra mão livre repousava sobre minha barriga. — Você precisa se acalmar, Callie...— Eu... eu... eu não... — Lágrimas inundaram meus olhos, lavando meu rosto. — Não consigo, eu não consigo...Virei bruscamente para trás, afundando o rosto em seu peito, inalando desesperadamente seu cheiro que acalmava meu interior.
POV: AARONMesmo com as lágrimas, era evidente através do velcro sobre seus olhos que suas pupilas estavam dilatadas, a loba interior tentando emergir com desejo, a conexão carnal, seus hormônios carregados pela gestação. Umedecendo os lábios com o cheiro maravilhoso que Callie exalava, mudei do medo para a excitação! Era uma tortura dobrada conter meu lobo, que só queria tomá-la para nós!Em meio às lágrimas, seu pedido me pegou de surpresa. Suas palavras carregavam todo o medo e dor, uma súplica por conforto, para acalmar seu emocional e ser o suporte que precisava. Tomei seus lábios com desejo contido, meu coração vibrando no mesmo ritmo que o dela, de forma suave, buscando aliviar toda sua dor, explorando cada canto de seus lábios doces e maravilhosos, mergulhando fundo em seu beijo.Callie interrompeu o momento de forma brusca, mordendo meu queixo e disparando ondas de choque por todo o meu corpo, instigando meu íntimo que pulsava por seu corpo. Suas presas de forma ousada e peri
POV: CALLIEMe sentia estranha, com a voracidade latente dentro do peito. Adentrei o banheiro ofegante, soltando rugidos de tempos em tempos, e sorri torto, feliz.— Loba, você voltou? — murmurei para minha fera interna, que grunhiu em resposta. — E precisava ter voltado desse jeito? Estamos tentando evitar o Alfa, não nos tornar dele.A loba protestou em minha mente de forma lasciva, agitada em meu peito. Sentia abaixo do ventre uma melhora significativa, como se ela trabalhasse em proteger nosso filhote com seu poder de cura. A ação despertou o bebê, que acordou agitado, chutando animado, como se reconhecesse o retorno da minha fera.— Obrigada por voltar. — Pousei a mão sobre o peito, fechando-a em punho. — Senti medo sem você... Nocturnus nos alcançou em sonho, temo dormir.Em minha mente, a loba se aproximava a passos majestosos, parando frente a frente. Ela tombou a cabeça de lado, e eu agachei, acariciando seus pelos atípicos, que pareciam mais brilhosos, com sutis brilhos roxo
POV: AARONPedi para a cozinheira preparar uma pizza caseira. Na verdade, fazia tempo que eu também não comia algo assim. Parecia uma ótima desculpa e oportunidade para um momento com Callie. A puxei para os meus braços, torcendo o nariz para a tela da TV, onde se destacava o título do filme: "Um Amor Para Além da Vida".Nunca tinha assistido a filmes românticos, nem mesmo quando antigas namoradas pediam para ir ao cinema. Sempre preferi filmes de terror... Talvez por estar acostumado com uma vida árdua em batalhas.— Você parece hesitante... — sussurrou Callie, acomodando as costas no meu peito, dando-me uma visão tentadora de seu corpo sem roupas. Mordi os lábios e puxei o lençol para cobri-la um pouco, sabendo que, de outra forma, não conseguiria assistir a filmes algum.— Se quiser, posso me vestir — sugeriu ela.— E perder a chance de apreciá-la de tempos em tempos? Nem pensar — provoquei, puxando a bandeja para perto. — Vou lhe apresentar algumas delícias: pizza de pepperoni com
POV: CALLIEAaron afagava meus cabelos, enquanto outro filme se passava na TV, da qual curiosamente precisei apalpar para compreender seu formato, bocejei sem querer ceder ao cansaço com receio de encontrar o Deus obscuro lá me aguardando.— Você sabe que uma hora precisará dormir. — Ressoou o Alfa sutilmente sonolento. — Não precisa se preocupar, eu estarei lá com você.— Ainda assim, não me sinto pronta para enfrentá-lo. — Confessei remexendo em seu peito nu, brincando com as pontas dos dedos tilintando sobre sua pele quente e macia.— Você não precisa enfrenta-lo, lobinha, deixe as batalhas comigo! — Aaron depositou um beijo no topo da minha cabeça de forma demorada.— Você também está exausto e não quero ficar dependente de ninguém em batalhas... — Suspirei erguendo-me na cama e se sentando. — Necessito ficar mais forte, por Rigan.— E para isto precisará treinar, e para ter forças para treinar terá que estar descansada, lobinha. — As grandes mãos do Lycan pousaram sobre minhas pe
POV: AARONApós a lua cheia, a cidade finalmente se acalmou. Os uivos lupinos cessaram e a quietude noturna tomou conta. Callie adormeceu em meus braços, seu corpo relaxando completamente. Com cuidado, a carreguei para dentro, deitando-a suavemente na cama. Afundei ao seu lado, acariciando seus cabelos com ternura. Estava exausto, mas um sorriso torto se formou em meus lábios ao olhar para ela. Eu realmente desejava cuidar e proteger essa loba e seu filho.— Nosso... — me corrigi automaticamente, franzindo o cenho diante da minha própria reação, a palavra ressoava em minha mente.Estiquei a mão, hesitante por um momento, mas então a aproximei de seu ventre. Inclinei o ouvido, tentando ouvir o pequeno coração acelerado e forte que batia dentro dela. Um chute me atingiu, e não pude deixar de sorrir, um sorriso genuíno e cheio de admiração.— Você é mesmo um garoto forte, está tentando proteger sua mãe daí? — murmurei, sorrindo como um tolo. — Estou mesmo conversando com uma barriga?Pas
— Algumas presas pensam que acham que são caçadores, precisamos sair do nosso conforto para caçar ratos traiçoeiros. — Sorriu ele afiado, raspando as garras na mesa.— Seu maldito, quem você está chamando de rato? — Jaxon foi em sua direção, parando quando Keenan ergueu a cabeça o olhando friamente. — Esqueça, se é o que o conselho deseja e for a decisão do alfa supremo, pode ficar em meu lugar e eu fico com o seu.— Não irá! — O rugido ameaçador do beta supremo surpreendeu a todos, exceto eu, era um deleite ver a disputa por poder, assim podia avaliar a força de meus guerreiros dentro da alcateia. — Se não tem competência para cuidar de algumas simples gestão e proteção do rei Lycan, quem dirá dirigir um cidade central.— Seu arrogante de merd... — Jaxon começou a falar quando vibrei o poder supremo derrubando todos de joelho, exceto Keenan que com muita reluta, se mantinha em pé.— Depois vocês dois podem resolver isto em uma luta, o conselho e eu estamos desgostosos com suas falta