Eu chamo Nicole no interfone – Sim, Samanta.
─ Nicole, eu quero que você separe cópias de todos os contratos sob a responsabilidade de Scott o mais rápido possível.
─ Sim, vou providenciar agora.
Eu recebo outra mensagem de Jake – Baby, fale comigo, por favor. Essa distância entre nós está me matando.
Eu decido responder “Como está o seu dia hoje?”
“Se você quiser me ver com certeza eu arrumo tempo pra você.” Ele responde.
“Almoço?”
“Almoço.”
Perfeito. Eu preciso falar com ele sobre a nossa situação, mas o que eu realmente quero agora é saber mais sobre a relação entre Scott e Jake. “Combinado. Quando estiver livre me mande uma mensagem.”
Ele responde imediatamente: “Estou ansioso por isso, baby. Eu te amo.”
Eu hesito um pouco em responder, mas, quer saber? Foda-se. Eu o amo também e as merdas que ele fez ou July não mudaram o que eu sinto por ele. Eu posso estar com raiva, chateada, triste, decepcionada, mas eu ainda o amo. Isso não mudou.: “E eu amo você”
“Oh, Cristo. Isso é o que eu precisava. Saber que você ainda me ama.”
“Então, ISSO é o que você tem: EU AMO VOCÊ. Mas ODEIO o que você fez”
“É justo. Eu posso viver com isso. Vejo você mais tarde, MEU AMOR”
“Vejo você mais tarde, Jake.”
Nicole aparece trazendo os contratos que estiveram sob a responsabilidade de Scott. Eu começo a analisar cada um deles. Primeiro eu me detenho aos contratos com empreiteiras. Eu sei que os projetos são feitos pela equipe de projeto da GE, mas a execução da obra é feita por empresas contratadas no país onde o estabelecimento será construído. Eu já havia feito um levantamento de todos os contratos e sabia que apenas os contratos na Inglaterra, França e Itália ficaram sobre a responsabilidade de Scott. Os demais passavam pelo departamento jurídico da Empresa. Eu vejo que os últimos contratos na Inglaterra foram fechados com uma única empresa. Tanto os projetos de construção como de reforma. O mesmo acontece na Itália e na França. Até aí tudo bem. Isso não quer dizer muita coisa. Talvez Jake tenha decidido por elas por uma questão de confiança. Eu chamo Nicole e peço a ela os processos licitatórios de cada uma dessas obras. Eu quero ver quem foram as outras empresas que concorreram por essas obras e quero ver suas propostas. Nicole chega me trazendo mais alguns documentos. Eu peço a sua ajuda e juntas levamos todos os documentos para uma mesa de reuniões com oito lugares que temos na minha sala. Eu separo os contratos por região e depois por tipo. A mesa está tomada por papéis e pastas. À medida que eu examino eu fico mais preocupada com o que eu posso concluir disso tudo. Eu não percebo que alguém entrou na sala até que ele esteja ao meu lado.
─ Jake? Que horas são?
─ Passa do meio-dia. Eu liguei várias vezes e você não atendeu. Eu resolvi vir – ele estava apreensivo – Eu estava preocupado, pensei que talvez você tivesse mudado de ideia e não quisesse mais me ver.
Eu revirei os olhos – Oh, Jake, por favor, eu apenas me empolguei.
─ Estou vendo. O que é tudo isso.
─ Eu estou analisando os últimos contratos celebrados pela GE.
─ Por quê? Há algum problema com eles?
─ Por enquanto nada de concreto. Mas é importante fazer isso porque eu posso identificar os problemas do passado e tentar evitá-los no futuro. Estou tentando estabelecer procedimentos padrões. Estava tudo muito solto, cada equipe fazendo uma coisa diferente então era impossível manter o controle sobre tudo.
─ Parece bom.
─ Eu acho. Mas Scott não achou.
─ Scott? Você esteve com ele.
─ Sim. Ele esteve aqui e eu o recebi, claro.
Jake se sentou na cadeira ao lado da minha – O que ele queria?
A voz de Nicole soa no interfone “O almoço que o Sr. Grenn pediu está aqui”
─ Você pediu para trazerem o almoço pra cá? – ele acenou com a cabeça positivamente – Droga, onde vamos almoçar? Essa mesa está impraticável. – Eu me levanto e caminho até a minha mesa eu aperto o botão do interfone – Nicole, peça pra levarem para uma sala de reuniões desocupada. Iremos em seguida.
Eu volto para a mesa e encontro Jake já de pé – Vem aqui – Ele diz e me envolve em um abraço. Ficamos abraçados de pé ao lado da grande mesa – Eu senti falta disso. Da gente.
─ Eu também senti, Jake. E se nós não pudermos ficar juntos eu sempre sentirei falta disso. Mas aqui não é um bom lugar para falar sobre isso. Estamos na empresa e nós combinamos... – eu não consigo terminar a frase, pois sua boca já está na minha. Ah, droga eu quero isso mais do que eu gosto de admitir. Eu enfio meus dedos entre os seus cabelos enquanto retribuo o beijo. Eu sinto-o endurecer cada vez que eu chupo a sua língua. Ele geme contra a minha boca e pressiona sua ereção contra os meus quadris – Jake, pare.
─ Por favor.
─ Nããão. Você prometeu. Vamos almoçar.
─ Eu não gosto quando você cogita a hipótese de não ficarmos juntos. Essa possibilidade me destrói.
─ A mim também, mas... Bem, vamos deixar para falar sobre isso em casa.
Ele não gosta da ideia, mas ainda assim eu pego sua mão e saio puxando-o em direção à sala de reuniões.
─ Hummm, camarão? Sério? – Eu pergunto e ele abre um sorriso presunçoso – O que isso tudo significa?─ Mais um pedido de desculpas talvez? – Nós nos acomodamos e começamos a comer. A cada garfada eu emitia sons de plena satisfação. Era um tal de hummmm, Oh Meu Deus, Jesus, que delícia. Ahhh – Baby, você realmente precisa parar com isso se você quer que eu me comporte. Mais um som desses e eu vou fodê-la em cima dessa mesa.─ Jake! – Eu tentei parecer aborrecida, mas não deu muito certo.─ Então o que Scott veio fazer aqui?Eu engoli um pedaço de camarão e bebi um pouco de água – Sinceramente eu não entendi muito bem. Ele queria saber por que eu estava analisando os contratos antigos além dos novos. E eu expliquei pra ele da mesma forma que expliquei pra você. Então ele disse que os contratos que eram de responsabilidade dele não precisavam passar pelo jurídico – Jake era pura atenção – Ele perguntou se eu tinha algum questionamento, mas eu disse que não e esclareci que não era nada pe
Fui direto para minha sala e voltei ao trabalho. Cerca de dez minutos depois recebi uma mensagem de Jake.“Baby, isso não se faz. Só agora consegui sair e eu só não fui até a sua sala porque eu teria sérias dificuldades em me controlar novamente. Eu estou ansioso para dar ordens a você mais tarde. Agora preciso me concentrar para não ter uma recaída e enfrentar uma sala cheia de empresários de pau duro. Amo você e a sua promessa de obediência. Tenho fantasias sobre isso. Obrigado por ficar e lutar por nós.Eu quase cuspo café em todos os documentos diante de mim. Então escrevo uma resposta.“Eu não acredito que você disse isso”“Isso o quê?”“Pau duro”“Ah, isso? Eu queria ver sua cara agora. Eu adoro quando você fica tímida quando eu falo coisas sujas pra você. Mas eu também adoro você desinibida. Eu adoro você de todas as formas possíveis”“Eu também adoro você”Volto a me concentrar no trabalho. Eu preciso analisar cada documento com muito cuidado. Estamos falando de alguém de conf
Quarta-feira, 21 de agosto de 2013 Eu chego à GE e entro no elevador apertando o botão que levará ao meu escritório. Quando as portas do elevador se abrem o andar inteiro está escuro. O único ponto de iluminação é a luz do elevador. Eu remexo na bolsa e tiro as minhas chaves. Rapidamente eu saio do elevador e sigo para as portas duplas que dão acesso a recepção. Preciso abrir rápido antes que o elevador se feche me deixando na escuridão. Eu consigo abrir e entro examinando as paredes em busca de um interruptor. Eu encontro e aciono o botão e toda a recepção se ilumina. Eu preciso pegar alguns documentos e levá-los a Jake. Eu me apresso em direção ao meu escritório. Eu abro a porta e vejo que as cortinas estão todas fechadas, impedindo que a luz da lua penetre no ambiente. Eu abro ainda mais a porta para que a iluminação da recepção entre na sala. Eu tateio a parede em busca de um interruptor, mas não há nenhum. – Droga, onde fica esse interruptor? Deveria estar aqui perto da
─ Bom dia, Nicole.Bom dia, Samanta, Senhor e Senhorita Grenn. – Ela nos segue até a minha sala – Gostariam de um pouco de café? – Nicole nos pergunta quando chegamos ao meu escritório pela manhã. Todos aceitam e Nicole sai para providenciar, enquanto nos acomodamos em torno da grande mesa e começamos a trabalhar.─ Bem, isso é um comparativo entre os valores das propostas, e os valores totais das obras e serviços de engenharia com aditivo referente a todos os empreendimentos. – Eu digo oferecendo a Jake uma pasta com documentos – Vocês vão ver que há casos em que os aditivos chegam a 100% do valor da obra. O mais curioso é que esses dados não foram inseridos em nenhum dos relatórios oficiais da GE.─ Meu Deus, que absurdo. Como isso passava pelo financeiro sem levantar suspeitas e, principalmente, como eu nunca suspeitei de uma coisa tão...gritante?Eu encolho os ombros – Eu realmente ainda não tenho certeza. O ideal seria vermos um contador de extrema confiança para fazer uma verda
Mais de uma hora depois meu telefone toca. É Jake. – Baby, você ainda não almoçou. – Não foi uma pergunta – Consegui falar com Harold, eu expliquei a ele que era urgente e ele virá esta tarde. Eu achei melhor recebê-lo no seu escritório. Eu pedi almoço para nós dois. Nós almoçamos aí e esperamos Harold. Tudo bem? ─ Sim. ─ Ok, então. Eu vou te ver em dez minutos. No tempo previsto ele entra em meu escritório e o almoço é servido. Nós comemos e eu compartilho mais algumas informações que descobri. Às 2:30pm Nicole interfona avisando sobre a chegada do amigo de Jake. – Harold – Jake se levanta para recebê-lo. Ele aparenta ter a mesma faixa etária de Jake, cabelos e olhos castanhos. Ele usa uns óculos que o deixa com uma aparência de nerd, mas ele é bonito, apenas um pouco desleixado, mas de um jeito charmoso. Ele está em um terno escuro e um sorriso sincero no rosto – Eu fico feliz por você está aqui. ─ Jake – Eles trocam um aperto de mão – É bom revê-lo. Já faz um tempo. ─ Essa é Sa
Sexta-feira 23 de agosto de 2013─ Harold, eu estou indo. Você não vai embora? – Ele praticamente acampou na GE nos últimos dois dias. Trouxe consigo dois funcionários que não falam com ninguém e não saem da sala pra nada. Um dos pedidos que Harold fez, foi que o restaurante do hotel de Jake em Manhattan entregasse comida várias vezes ao dia. Eles apenas comunicam a Nicole o que querem e ela providencia. Eles são os primeiros a chegar ao escritório e os últimos a sair, o que ajudou na discrição da nossa operação, além do fato de sua sala ser acoplada à minha e em uma área isolada dos demais funcionários. Não se levantou nenhuma suspeita e Nicole demonstrou ser de total confiança. Ela me explicou que coisas estranhas aconteciam na época da outra executiva e que pouco tempo antes dela pedir pra sair ela recebeu algumas visitas de Scott. Nicole não fez perguntas sobre o que estávamos fazendo, pelo contrário, ela tentou de tudo não saber detalhes. Apenas cumpria aquilo que se pedia a ela
Sábado, 24 de agosto de 2013 ─ Baby – A voz de Jake me rouba do meu sonho – Acorde meu amor. Temos muito que fazer hoje. ─ Temos? – Eu pergunto ainda sonolenta – Hoje é sábado Jake, o que pode haver de tão importante? – Eu mantenho meus olhos fechados e me enrolo ainda mais nos lençóis. Sinto-o sorrir no meu pescoço enquanto distribui pequenos beijos – Você é linda preguiçosa assim pela manhã. Dá vontade de fazer várias coisas até conseguir despertá-la, mas eu tenho planos para nós hoje. Não esqueça que à noite temos um jantar beneficente e eu quero você ainda mais linda do que já é. ─ Sim, Jake, mas é um jantar e não um café da manhã. – Eu protesto. Seu polegar provoca meu mamilo direito enquanto sua boca ataca meu pescoço. Ele tem toda a minha atenção agora. Eu abro meus olhos e o encaro com toda lascividade – Consegui chamar sua atenção, baby? ─ Toda. Ele se levanta abruptamente me deixando desejosa – Ótimo. Levante-se agora. ─ Eu odeio você. ─ O que houve com o “desenho”
Chegamos ao clube, que por sinal estava bastante movimentado. Pela forma como fomos recebidos pelo gerente do clube ficou claro que Jake é dono do clube. Kate está sentada ao lado da piscina com shorts Jeans e uma camiseta azul, ao seu lado várias sacolas com o que eu deduzo serem as roupas de tênis. Ela nos olha por cima do seu copo de suco e nos aproximamos dela.─ Olá Sam e Jake, estava começando a pensar que haviam desistido. – Ela simplesmente ignora a presença de Ethan e eu olho discretamente para ele e vejo que ele também está tentando ignorá-la.Jake aponta em minha direção – Culpa de certa pessoa que não queria levantar.─ Eu não tive culpa – eu me defendo – Ele não combinou nada comigo e eu só soube que você estaria aqui quando estávamos no carro.─ Não se pode fazer uma surpresa para a mulher que ama? – Ele põe a mão no peito, sobre o coração em um gesto dramático.─ Ah, chega – Kate se levanta – vocês dois vão me causar caries com tanta doçura – ela brinca e me puxa em dir