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CAPÍTULO 2.3

Eu chamo Nicole no interfone – Sim, Samanta.

─ Nicole, eu quero que você separe cópias de todos os contratos sob a responsabilidade de Scott o mais rápido possível.

─ Sim, vou providenciar agora.

Eu recebo outra mensagem de Jake – Baby, fale comigo, por favor. Essa distância entre nós está me matando.

Eu decido responder “Como está o seu dia hoje?”

“Se você quiser me ver com certeza eu arrumo tempo pra você.” Ele responde.

“Almoço?”

“Almoço.”

Perfeito. Eu preciso falar com ele sobre a nossa situação, mas o que eu realmente quero agora é saber mais sobre a relação entre Scott e Jake. “Combinado. Quando estiver livre me mande uma mensagem.”

Ele responde imediatamente: “Estou ansioso por isso, baby. Eu te amo.”

Eu hesito um pouco em responder, mas, quer saber? Foda-se. Eu o amo também e as merdas que ele fez ou July não mudaram o que eu sinto por ele. Eu posso estar com raiva, chateada, triste, decepcionada, mas eu ainda o amo. Isso não mudou.: “E eu amo você”

“Oh, Cristo. Isso é o que eu precisava. Saber que você ainda me ama.”

“Então, ISSO é o que você tem: EU AMO VOCÊ. Mas ODEIO o que você fez”

“É justo. Eu posso viver com isso. Vejo você mais tarde, MEU AMOR”

“Vejo você mais tarde, Jake.”

Nicole aparece trazendo os contratos que estiveram sob a responsabilidade de Scott. Eu começo a analisar cada um deles. Primeiro eu me detenho aos contratos com empreiteiras. Eu sei que os projetos são feitos pela equipe de projeto da GE, mas a execução da obra é feita por empresas contratadas no país onde o estabelecimento será construído. Eu já havia feito um levantamento de todos os contratos e sabia que apenas os contratos na Inglaterra, França e Itália ficaram sobre a responsabilidade de Scott. Os demais passavam pelo departamento jurídico da Empresa. Eu vejo que os últimos contratos na Inglaterra foram fechados com uma única empresa. Tanto os projetos de construção como de reforma. O mesmo acontece na Itália e na França. Até aí tudo bem. Isso não quer dizer muita coisa. Talvez Jake tenha decidido por elas por uma questão de confiança. Eu chamo Nicole e peço a ela os processos licitatórios de cada uma dessas obras. Eu quero ver quem foram as outras empresas que concorreram por essas obras e quero ver suas propostas. Nicole chega me trazendo mais alguns documentos. Eu peço a sua ajuda e juntas levamos todos os documentos para uma mesa de reuniões com oito lugares que temos na minha sala. Eu separo os contratos por região e depois por tipo. A mesa está tomada por papéis e pastas. À medida que eu examino eu fico mais preocupada com o que eu posso concluir disso tudo. Eu não percebo que alguém entrou na sala até que ele esteja ao meu lado.

─ Jake? Que horas são?

─ Passa do meio-dia. Eu liguei várias vezes e você não atendeu. Eu resolvi vir – ele estava apreensivo – Eu estava preocupado, pensei que talvez você tivesse mudado de ideia e não quisesse mais me ver.

Eu revirei os olhos – Oh, Jake, por favor, eu apenas me empolguei.

─ Estou vendo. O que é tudo isso.

─ Eu estou analisando os últimos contratos celebrados pela GE.

─ Por quê? Há algum problema com eles?

─ Por enquanto nada de concreto. Mas é importante fazer isso porque eu posso identificar os problemas do passado e tentar evitá-los no futuro. Estou tentando estabelecer procedimentos padrões. Estava tudo muito solto, cada equipe fazendo uma coisa diferente então era impossível manter o controle sobre tudo.

─ Parece bom.

─ Eu acho. Mas Scott não achou.

─ Scott? Você esteve com ele.

─ Sim. Ele esteve aqui e eu o recebi, claro.

Jake se sentou na cadeira ao lado da minha – O que ele queria?

A voz de Nicole soa no interfone “O almoço que o Sr. Grenn pediu está aqui”

─ Você pediu para trazerem o almoço pra cá? – ele acenou com a cabeça positivamente – Droga, onde vamos almoçar? Essa mesa está impraticável. – Eu me levanto e caminho até a minha mesa eu aperto o botão do interfone – Nicole, peça pra levarem para uma sala de reuniões desocupada. Iremos em seguida.

Eu volto para a mesa e encontro Jake já de pé – Vem aqui – Ele diz e me envolve em um abraço. Ficamos abraçados de pé ao lado da grande mesa – Eu senti falta disso. Da gente.

─ Eu também senti, Jake. E se nós não pudermos ficar juntos eu sempre sentirei falta disso. Mas aqui não é um bom lugar para falar sobre isso. Estamos na empresa e nós combinamos... – eu não consigo terminar a frase, pois sua boca já está na minha. Ah, droga eu quero isso mais do que eu gosto de admitir. Eu enfio meus dedos entre os seus cabelos enquanto retribuo o beijo. Eu sinto-o endurecer cada vez que eu chupo a sua língua. Ele geme contra a minha boca e pressiona sua ereção contra os meus quadris – Jake, pare.

─ Por favor.

─ Nããão. Você prometeu. Vamos almoçar.

─ Eu não gosto quando você cogita a hipótese de não ficarmos juntos. Essa possibilidade me destrói.

─ A mim também, mas... Bem, vamos deixar para falar sobre isso em casa.

Ele não gosta da ideia, mas ainda assim eu pego sua mão e saio puxando-o em direção à sala de reuniões.

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