Domingo, 06 de outubro de 2013
─ Baby, acorde – eu ouço a voz de Jake, mas eu ignoro. A primeira coisa que eu sinto após a voz de Jake me chamando, é uma dor de cabeça infernal. Por que eu faço isso, sabendo como eu vou ficar no dia seguinte? – Querida, acorde. Nós temos o jantar em família hoje. É dia do meu pai e minha avó conhecer a sua família.
─ Oh, droga! Minha cabeça vai explodir. ─ Eu imagino como você se sente. Por isso eu trouxe isso pra você. Abra os olhos.
─ Não quero.
─ Vamos lá, baby. É pro seu bem. Eu vou escurecer mais o quarto. – Eu abro os olhos lentamente, tentando me acostumar. Jake coloca dois comprimidos na minha mão e um copo com suco de laranja. Eu tomo o remédio – Vai se sentir melhor em breve – ele diz, mas eu não acredito. Ele me pega no colo
O Pai e a avó de Jake chegaram primeiro. Em seguida, Kate e Ethan e por último, a minha família. Jake providenciou para que a comida viesse do hotel e uma pequena equipe viesse servir. Minha família sabe que o pai de Jake era contra o nosso casamento e eu fico um pouco apreensiva sobre esse encontro, mas o clima é de descontração. Algumas vezes eu percebo o pai de Jake um pouco estranho. Isso geralmente acontece quando o assunto gira em torno do Brasil. Eu acho que “saudoso” é uma palavra que o defini nesses momentos. Mas dura muito pouco e quando o direito vira o tema principal do dia eu percebo o quanto as nossas famílias têm em comum. Afinal a minha família é toda composta por operadores do direito e o pai de Jake tem verdadeira paixão pelo assunto.Eu vejo Bia na varanda, contemplando o Central Park e vou até lá – Admirando a vista? – eu pergunto
Por Jake. Segunda-feira, 07 de outubro de 2013 Meu telefone toca e eu abro um sorriso ridículo ao olhar a tela – Oi, querida.─ Oi, meu amor. Você sabe que eu estou matando trabalho, não é?Harold me olha, divertido. Eu acho que ele me acha um idiota por causa do sorriso ridículo que eu tenho no rosto─ Sim. Eu sei. Mas você pode. Você é a mulher do chefe.─ Ainda não. Na verdade, eu serei a mulher do chefe em menos de uma semana.─ Você pode dizer o que você quiser, mas você já é minha. Onde você está?─ Eu estou na 5th Avenue com Bia, estamos fazendo algumas compras para a nossa lua de mel. E você?─ Eu estou no escritório. Harold está sentado à minha frente com um olhar imbecil debochando da nossa conversa.─ Diga a ele que eu disse oi. Agora eu vou deixar você trabalhar. Só liguei pra dizer que eu amo você.─ Eu também amo você, baby. Divirta-se. – Eu desligo e encaro Harold – Ela disse oi pra você e nem adianta debochar meu camarada.─ Cara, o que houve com você? Você era um pe
Meu telefone vibra sobre a mesa e eu vejo quem é, pensando que pode ser Sam, mas foi o número de Bia que apareceu no visor e eu deduzo que a bateria de Sam deve ter acabado – Bia? – apenas o som de uma respiração ofegante quebra o silêncio do outro lado e os pelos da minha nuca se arrepiam. Eu insisto – Bia, tudo bem aí?─ Jake, aconteceu uma coisa. Eu já estou de pé correndo para a porta e a abrindo. Ethan vê minha expressão e entra no meu escritório─ O que aconteceu, Bia?─ Harold salta de pé e é pura atenção. Eu coloco no viva-voz para que Ethan escute.─ Um carro a levou.─ Como assim, um carro a levou? Vocês se perderam? Ela veio com os seguranças e você ficou?Ela começa a falar rapidamente ─ Não. Nós escapamos dos seguranças para encontrar uma conhecida dela que voc&ec
Eu tento me acalmar. Ele está certo. Sam precisa de mim. Eu não posso desistir assim dela ─ Bia – eu chamo – Eu preciso que você se lembre de algo. Qualquer coisa. Mesmo que pareça algo idiota. Você entende que pode nos ajudar a salvar a sua irmã.─ Eu não sei mais o que dizer, Jake.─ Quando Samanta falou a você sobre despistar os seguranças?─ Foi tudo muito rápido. Nós realmente estávamos fazendo compras e experimentando roupas, quando ela recebeu um telefonema. – Isso é um fato novo. ─ Ethan tente descobrir quem ligou pra ela ─ Eu digo e Ethan pede ao seu amigo Brooke para fazer a pesquisa – Boa garota, viu como você pode nos ajudar? Agora diga-me mais. Cada detalhe é importante.─ Ela falou com essa pessoa. Eu não prestei muita atenção, Jake.─ Tente Bia, você tem que ter escutado alguma coisa.
Ethan chama seu pai – Oi, filho – A voz do Sr. Hamilton soa nos alto-falantes.─ Pai, eu preciso de todo mundo. Brooke já enviou o endereço e a descrição do carro pra você.─ Sim, ele mandou. Eu já enviei duas equipes pra lá.─ Eu preciso de mais, pai. Nós não sabemos exatamente com quem estamos lidando. Sabemos quem mandou, mas não sabemos quem mais está envolvido. Então, mande todas as equipes de campo. Quero gente em todas as ruas de forma discreta, pois não podemos chamar a atenção deles. Ninguém pode agir sem o meu comando. Vamos apenas encontrá-la e então vamos ver como fazer. Preciso de atiradores de elite. E eu estou sem a minha predileta aqui. A mesma que eu usei quando ela foi feita refém.─ Bratt já está a caminho com ela. Eu quero que você seja cuidadoso, Ethan.─ Eu serei. O
─ Avise a polícia, Ethan. Faça o que tem que ser feito – Eu olho pra Sam. Ela está tremendo. Está nervosa e tem um pequeno corte na testa. Mas eu não sei o quanto ela pode estar mais machucada – Vou levá-la ao hospital, querida. Vai ficar tudo bem.─ Não, Jake. Eu estou bem. Só estou assustada e tonta. Eu quero ir pra casa. Leve-me pra nossa casa, por favor. – Eu solto uma respiração que eu não sabia que estava prendendo. “Nossa casa” ela disse. É a primeira vez que ela se refere à cobertura como nossa casa. Mesmo eu tendo insistido várias vezes que a casa era dela também. Mesmo antes de pedi-la em casamento quando estávamos apenas morando juntos, eu dizia nossa casa e ela sempre dizia: sua casa, seu quarto. E agora, quando ela pede pra ir pra casa, pra nossa casa, eu sinto um grande alívio. Eu estava com tanto medo de que ela fu
Por Samanta Meus nervos estão em frangalhos. O medo que eu senti dentro daquele carro foi indescritível. Eu nunca senti algo assim antes. Mesmo quando Johnson estava com uma arma apontada pra minha cabeça não foi do mesmo jeito. Naquela ocasião eu conhecia meu algoz e Jake sabia onde eu estava. Ao mesmo tempo em que eu senti medo, eu também sentia esperança de que havia um jeito. Mas hoje, foi completamente diferente. Dois homens estranhos, violentos, me jogaram dentro de um carro. Jake não sabia onde eu estava. Ele não podia me salvar dessa vez. Por isso eu lutei para tentar sair do veículo. Eu precisava escapar, porque se eles sumissem comigo, Jake poderia jamais saber o que me aconteceu.Eu pensei na sua tristeza e na culpa que ele ia sentir. Eu sabia que ele iria se culpar e eu me culpava por fazer com que ele se sentisse assim. Eu queria uma chance. Uma chance de recomeçar de onde eu havia parado e tomar as decisões corretas. Deixar-me ser protegida por ele. Eu lutei de todas as
Por SamantaSábado, 12 de outubro de 2013Eu poderia contar como foi o jantar na quinta-feira, ou como Jake invadiu o meu quarto de madrugada e deu de cara com a minha irmã deitada ao meu lado na cama. Poderia, inclusive, falar sobre todas as suas tentativas de me convencer a encontrá-lo na sexta-feira e como ele estava agitado no nosso ensaio naquele mesmo dia, mas hoje é um dia especial. E hoje eu sou acordada por Bia, que dormiu comigo mais uma vez para garantir que Jake não invadisse a suíte novamente─ Vamos lá dorminhoca, seu grande dia chegou.“Seu grande dia chegou.” Essas quatro palavrinhas são suficientes para me fazer despertar em tempo recorde. Meu grande dia chegou – Meu Deus! Eu vou me casar – eu digo apenas para ter Bia me olhando com deboche.─ Vai amarelar?─ É ruim, hein? Eu vou me casar.─ Então você precisa levantar-se. Mamãe já ligou avisando que virá tomar café da manhã conosco. Eu já pedi que o nosso café da manhã seja servido aqui.─ Ótimo – eu me levanto e vou