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CAPÍTULO 1.4

A garçonete chega e nos abastece de champanhe. – No meu caso eu acho pouco provável, uma vez que o meu irmão está aqui. Eu bem que tentei, juro, com todas as minhas forças deixá-lo fora da nossa noite das meninas e olha só, ele veio. Ainda teve a cara de pau de me prometer que ficaria no escritório e não apareceria aqui. Agora, vejam vocês, ele esqueceu-se de dizer que levaria Sam com ele. – Todas riem – Bem, agora só nos resta fazer um brinde a essa noite de bom papo e muita dança. Não há ex-noivo, atual namorado ou segurança mal-humorado que possa tirar o brilho de uma noite como essa ao lado de boas amigas. Saúde.

─ Saúde – Todas disseram em uníssono.

─ Voltei para dar o tom dessa noite – Eu ouço Sam dizer atrás de mim. – A noite está quase no fim e não tem ninguém bêbado. – Ela se volta para a garçonete que está de prontidão ao lado da mesa – Querida, por favor, dois shots de tequila e uma taça de champanhe para cada uma de nós.

Carol grita. – Agora sim, essa é a minha amiga.

Quando as bebidas chegaram cada uma de nós virou os dois shots de tequila e a taça de champanhe e descemos para a pista de dança. Nós voltamos ao bar diversas vezes para novas doses. A cada rodada nós fazíamos brindes engraçados. Eu estava novamente a caminho do banheiro quando um rapaz me parou. – Oi, gata.

─ Oi, gato. – Eu respondi. Mas a verdade é que eu nem tenho ideia se ele realmente era gato ou se minha embriaguez estava trabalhando de photoshop.

─ Quer tomar um drink comigo?

─ Eu adoraria – Ele envolveu os braços em volta da minha cintura e seus lábios estavam bem próximos dos meus.

─ E você sabe o que eu adoraria? – Eu balancei a cabeça negativamente – Eu adoraria descobrir que gosto você tem.

─ TIRE AS SUAS MÃOS DE CIMA DELA AGORA, PORRA! – O cara tira as mãos de mim quando vê Ethan atrás de mim. Eu me viro para olhar pra ele. Seu rosto está vermelho e a raiva que emana dele é palpável.

─ Desculpa, cara. Eu não sabia que ela estava acompanhada.

─ Acontece que eu não estou. – Eu digo imediatamente – e quem você pensa que é pra se meter na minha vida. Vá se meter com a vida do meu irmão.

─ Olha, eu não quero problemas. Tô caindo fora. – O cara levanta as mãos em rendição e se afasta.

─ Desculpe-me senhorita, mas eu estou aqui para...

─ Proteger-me? – eu o interrompo – eu sei. Você já me disse isso. Aliás, isso é só o que você diz. Olha aqui, eu não estava correndo nenhum tipo de perigo. E eu já sou bem grandinha pra me cuidar sozinha – Ele ficou calado apenas me observando – O quê? O gato comeu sua língua? – Ele se manteve em silêncio. – Ok. Se você não tem mais nada a dizer, vai se ferrar. – Eu mudo meu caminho. Ao invés de ir ao banheiro eu vou até o bar e peço uma dose de whisky e bebo tudo de uma vez só. E peço outra.

─ Já chega, você já bebeu o suficiente. – Ethan diz atrás de mim.

─ Cara, qual é a porra do seu problema. Será que você não vê o que você está fazendo comigo. Eu... você me deixa confusa.

─ Eu sinto muito – Ele diz e eu sinto muita sinceridade nisso – Eu realmente sinto muito.

Eu caminho de volta pra pista de dança onde as meninas estão e decido deixar Ethan de lado e me divertir, afinal foi pra isso que eu vim. Nós dançamos o resto da noite e quando estávamos todas sentadas em torno da nossa mesa, rindo de tudo e de todos sem nenhuma lógica aparente, Jake aparece para nos levar para casa.

─ Pronto, meninas. Eu acho que vocês já se divertiram o suficiente.

─ Jake, eu te amo. Você é o meu irmão. O melhor irmão do mundo, mas você é chato. Você é um desmancha prazeres. Você acha pouco ser controlador e ainda coloca um cão de guarda daquele empatando a nossa noite. Você sabia que ele não deixou ninguém se aproximar de mim... quer dizer... agora eu devia estar... você sabe... beijando e eu não estou por causa dele.

Jake riu – Eu sinto muito decepcioná-la querida, mas eu estou feliz que Ethan tenha tomado conta de vocês direito.

Sam também não está nada bem – Eu acho que Kate tem direito de beijar. Inclusive ela devia abrir um processo contra você por proibir ela de beijar. Isso deve ser inconstitucional ou algo assim. Sei lá.

─ É, advogada? – Jake pergunta divertido – Que tal se nós continuarmos essa conversa na limusine? O que acham meninas?

─ Eu acho que o que eu acho não faz a menor diferença. – Eu resmungo.

─ Sendo assim – Jake gesticula pra Ethan e nós caminhamos pra fora da boate.

Eu não tenho ideia de que horas são quando a limusine para em frente ao prédio de Jake – Ethan, eu vou levar Sam, será que você poderia acompanhar Kate. Eu acho que ela precisa de ajuda.

─ Eu não preciso de ajuda. Muito menos da ajuda dele. Eu acho que nós precisamos conversar, Ethan. Você não pode fazer essas coisas, sabe, com a vida das pessoas. Tipo... sei lá... você entende o que eu quero dizer?

─ Pra falar a verdade eu não entendo o que a Senhorita quer dizer. Por favor, deixe-me ajudá-la.

─ Tudo bem. Você pode me ajudar, Ethan. Eu acho realmente que você pode fazê-lo. É o que eu estou tentando dizer.

Jake ri – Kate, já chega dessa conversa que ninguém consegue entender, vamos subir.

Ethan me ajuda a sair da limusine e envolve seu braço em torno da minha cintura. Mas eu resisto um pouco e fico de frente pra ele. Eu jogo os meus braços em volta do seu pescoço – Ethan, você é uma delícia e esse seu ar militar é um tesão. – Eu digo.

─ Obrigado, Senhorita. – Respondeu ele, mortificado.

─ Por que a gente não vai lá pra cima se divertir um pouco? Meu irmão vai estar muito ocupado ele nem vai perceber.

Ops! Eu acho que falei alto demais, pois logo em seguida eu ouço Jake reclamar. – Kate, já chega. Eu já percebi. Agora calada. – Ele estava tentando pegar Sam no colo, mas ela estava se esquivando dele.

─ Jake, eu não vou permitir que me carregue – Sam disse erguendo o queixo para parecer firme, mas pela cara de Jake eu acho que não funcionou muito bem – Isso feriria a minha dignidade. Eu posso muito bem caminhar.

Ele olhou divertido pra ela. – Meu bem, sua dignidade está um pouco embriagada. Deixe-me ajudá-la. – Ela se esquiva dos seus braços e fica de pé, segurando na porta do carro.

─ Sabe, Ethan eu sempre achei você um gato e embora esse seu ar militar seja sexy eu acho que você devia relaxar um pouco, sabe? Nós poderíamos nos divertir bastante juntos. – A cara dele é de constrangimento total.

─ Kate, quer deixar Ethan em paz? Amanhã você vai estar arrependida de tudo que você falou.

─ Jake, deixe a sua irmã se divertir um pouco. Eles são adultos. – Sam intervém.

─ Sam, ele trabalha para mim e ela é minha irmã que está completamente bêbada. É minha função protegê-la.

Ethan parece ofendido – Eu jamais me aproveitaria da sua irmã nesse estado Senhor.

─ Eu sei, Ethan. Eu confio em você – Disse Jake enquanto entrávamos no elevador. ─ Mas eu sei que a minha irmã pode ser um pouco difícil nesse estado. – Eu me calo porque em um momento de lucidez eu vejo que não quero causar nenhum tipo de problemas pra Ethan e também por que ter os seus braços em minha volta, mesmo que seja devido ao fato de eu estar bêbada, é incrivelmente acolhedor e eu quero aproveitar isso. Quando chegamos ao apartamento, ele finalmente se abaixa e me pega nos braços. Instintivamente eu envolvo os meus braços em volta do seu pescoço e nossos olhos se encontram brevemente. Não há outro lugar no mundo que eu queira estar agora mais do que aqui, nos braços de Ethan. Ele me leva até o meu quarto e me coloca sobre a cama.

Para o meu pesar, Jake nos acompanha e espera enquanto Ethan gentilmente retira meus sapatos. Uma corrente elétrica passa por todo o meu corpo quando seus dedos tocam os meus pés. Eu estou paralisada olhando-o. Eu o queria, aqui e agora. Quando ele pega o lençol para me cobrir eu passo a mão pelo seu peito e digo sonolenta. – Ethan, você é uma delícia – Eu apago em seguida e não vi sequer quando Ethan saiu do quarto.

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