CarterQuando Pedro invadiu a minha sala, informando que Júlio conseguiu uma pista do possível paradeiro de Camilly, saí da sala imediatamente, de maneira alguma eu iria ficar aqui esperando que eles fossem resolver isso sem mim, eu jurei que mataria o Victor e pretendo fazer, e se ele tocou nela, a sua morte será o meu maior prazer.Quando chegamos ao lado de fora da mansão, o Júlio nos contou que um dos seus homens avistou um carro suspeito do lado de fora dos portões e viram quem estava ao volante, porém, ele percebeu que foi descoberto e saiu cantando pneus, mas foi seguido, o carro parou na segunda entrada da comunidade, numa casa, que pelo visto era o esconderijo do Victor, já que estava com muitos homens ao redor e muito bem armados.— E o que estamos esperando, com certeza é lá que estão prendendo a minha mulher.— Temos que ir com cautela, se não ele pode matá-la.— Ele vai matá-la de qualquer jeito, eu conheço o Victor, com certeza não vai me devolvê-la viva.— Carter, fique
CamillyColoquei toda a minha raiva para fora, se eu pudesse o mataria de tanto ódio que carrego dentro de mim.— Filha, oh meu Deus, o que fizeram a você?— Nina, eu estou bem.— Isso não é estar bem, olha como deixaram você, filha.— Eu vou melhorar, mas vou precisar muito de sua ajuda, não posso mais voltar para aquela casa, nunca mais.— Por que não, filha?— Estou grávida e não vou ter o meu filho num lugar daqueles.— Meu Deus do céu, eu vou ser avó, ai que alegria em meio de tantas tragédias, e como pretende sair, ele não vai deixar, sabe bem disso.— Por isso vou fugir, enquanto ele estiver preocupado em pegar o Victor, eu serei livre.— Como filha?— Quero que volte para casa, dentro da minha bolsa que esta no fundo do closet, tem os meus documentos, o celular do meu pai e o cartão, onde tem dinheiro, quero que passe no banco e retire uma boa quantia, mas, além disso, apenas uma muda de roupa, não vou levar nada.— Eu vou com você, e nem adianta me dizer para não.— Eu não
CarterUma varredura estava sendo feita para encontrar os desgraçados. Eu não iria sossegar enquanto não os vissem em minha frente.— Carter, achamos os ratos.— Onde?— Estão numa casa no extremo sul da cidade, os homens do Júlio estão com os dois.— Então vamos que o meu dia acabou de começar.Saímos e Pedro já estava esperando com o carro ligado, assim que entrei, já verifiquei se a minha arma tinha munição suficiente para acabar com os dois, lógico que isso depois da brincadeira que pretendo fazer com eles. Se Victor acha que depois que saí da sede, esqueci como se trata um traidor, está muito enganado, tudo que aprendi com Gonçalves, não esquecerei.O lugar onde foram encontrados ficava fora da cidade, até chegar lá vai demorar cerca de uma hora, meus pensamentos apesar de tudo, estava na Camilly, aproveito para ligar para o segurança. Quero saber como ela passou a noite, poderia perguntar a Nina, mas, ela não foi para casa essa manhã, tenho certeza que ela só sai daquele hospi
CamillyNina me ajudou a tomar banho, me vesti com as roupas que ela trouxe, me alimentei bem hoje, graças a Deus, ele não apareceu aqui, mas quando um dos seus homens abriu a porta, Nina partiu para cima dele, o homem ficou tão assustado, que saiu correndo. Se eu pudesse sorrir, teria dado uma gargalhada. Quando estávamos prontas, liguei para o meu pai, falei da ajuda do médico e como iria fazer, andei um pouco pelo quarto, tinha que sair andando perfeitamente, eu não sei o que era, mas, as horas não passavam, a minha ansiedade era grande em poder ter uma nova vida longe dele e de todos.— Boa noite, Camilly.— Boa noite, doutor.— Já tirei a medicação do paciente, logo ele vai acordar e quando isso acontecer, esteja pronta, vou sair daqui direto para o seu quarto, vou tentar fazer o máximo de barulho possível, assim que os guardas saírem da porta, vocês descem pela escada de incêndio, depois disso é com vocês, desejo toda sorte do mundo.— Obrigada, doutor.— Por nada, só me prometa
Canadá – Dois anos depois...CamillyCaminho pela sala tentando ver o meu pai, não posso me atrasar e tenho que falar da vacina de Clara antes de sair.— Pai.— Oi filha.— Já estou saindo, lembre-se que hoje tem a vacina da Clarinha.— Não me esqueci, pode ir para a faculdade que eu e a Nina tomamos conta de tudo.— Está bem, pai, todo dia é a mesma coisa, estou indo beijos.— Tchau filha...Depois que cheguei aqui, me cuidei muito, não foi fácil, mas, fiquei curada das fraturas, dos hematomas e da cicatriz que Jessica deixou em meu braço, sabia que essa eu iria ver todos os dias, então, quando a minha filha nasceu, resolvi fazer uma tatuagem, assim quando eu olhasse para o meu braço, não veria uma coisa feia, mas sim algo bonito, uma marca da minha sobrevivência, de que consegui sair do inferno em que vivia e superei. Falando em minha filha, quando soube que seria uma menina, resolvi colocar seu nome Clara: Que significa "brilhante", "clara", "luminosa" e "ilustre". É exatamente is
CamillyHoje, como todos os sábados, me dedico a minha filha, passo todo o tempo livre ao seu lado, dou a ela tudo que não recebi da minha mãe, sim, não a chamo pelo nome, afinal de contas, foi ela quem me criou e no fim de tudo, deu sua vida para que eu não fosse estuprada. Até agora não sei o que aconteceu com ela naquele momento para me defender, poderia ter me deixado ser abusada pelo Victor, mas não deixou, não estou dizendo que a perdoei, mas não guardo tanto ódio como antes.Depois que almoçamos, coloquei a minha pequena para dormir, terminei as lições da faculdade já era quase 18h00min, fui ao quarto da minha pequena e a acordei, estava na hora de ela tomar um banho e se arrumar para encontrar o seu pai.Assim que ela estava pronta, levei para o meu pai ficar com ela, enquanto eu me arrumava. Coloquei um vestido solto, todo rendado, prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo e passei um pouco de perfume. Já pronta, desci, assim que cheguei ao primeiro degrau da escada, escutei
Eu fui até a porta e bati, assim que o homem apareceu, eu parti para cima dele, fiquei cego, comecei a desferir várias facadas, só quando percebi que seu corpo estava sem vida foi que parei, eu olhei para todos os lados daquele apartamento, eu sabia que tinha o outro, então comecei a procurar, subi as malditas escadas, e quando parei numa porta, o que vi, me fez voltar ao dia em que eles abusaram de mim, ele estava deitado e ao seu lado tinha um garotinho pelado, todo machucado, nem mesmo dei chance para que ele se levantasse, parti para cima dele e fiz o mesmo que tinha feito com o outro, desferir várias facadas em seu peito. Hernandes pegou o menino no colo e desceu as escadas, assim que terminei, larguei o corpo morto na cama, ele estava com os olhos abertos, foi bom que ele tenha visto quem o matou.“— O que vamos fazer com a criança e com os corpos?” Perguntei a ele.“— A criança, vamos deixar na igreja, já os corpos, podemos usar o carro deles e levar para aquele terreno vazio e
CamillyOs dias foram se passando, assim como os meses, estávamos nos dando muito bem, minha filha estava cada vez envolvida com o pai, toda vez que a gente falava que ele estava vindo vê-la, ela dava gritinhos e batia palmas.Por outro lado, ele mudou um pouco, consegui perceber, ele estava mais atencioso, não ficava bravo com facilidade, sua empresa estava indo bem, fui visitar sua casa algumas vezes, ela era linda, tinha um quarto para Clarinha, com muitos brinquedos e várias roupas que ela nunca iria usar, por serem tantas, mas não adiantava eu falar, todas as vezes que saíamos com ela, ele comprava algo.Saímos algumas vezes, cantávamos e jogávamos conversa fora, ele sorria, coisa que nunca imaginei ver, estava mais comunicativo. Tinha dia que estava saindo da faculdade e lá estava ele com um enorme sorriso, se eu disser que não gostava de vê-lo, estaria mentindo, quando ele me abraçava, o meu corpo todo incendiava, não sei explicar o porquê, mas, o meu coração não sentia tanto ó