Willow…Olhei para a garotinha quando ouvi o que ela tinha acabado de dizer e meus olhos se arregalaram. Ela era a garota de algumas semanas atrás, a que quase foi atropelada pelo caminhão.— Oi, eu sou Bella e este é meu irmão Ashton. — A garotinha se apresentou. Depois, olhou para seu pai. — E este é meu pai, Adrian.Seu pai não disse nada. — Olá, Sr. Adrian. — Eu disse, esticando minha mão para apertar a dele. Ele não apertou minha mão e, depois de um instante, eu recolhi minha mão, me sentindo um pouco ofendida. — Está bem… — Eu disse, constrangida.Ele continuou sem dizer nada e eu olhei para Bella pelo canto dos olhos, esperando que talvez ela dissesse algo para que seu pai parasse de me encarar como se tivesse feito planos para me matar. Olhei de volta para Adrian e percebi que ele estava me olhando dos pés à cabeça. O jeito que ele olhou para mim me fez sentir como um trapo que alguém jogou fora.— Eu não gostei dela. — Ele finalmente disse.Minha boca se abriu e meus olhos se
Willow…Fazia apenas um dia que tinha perdido meu emprego. Fiquei fora o dia todo tentando encontrar um novo emprego, mas nenhum restaurante estava contratando. Achei meio estranho que ninguém nesta cidade tivesse uma vaga de emprego, nem mesmo para limpar o chão. Eu tinha uma suspeita sobre quem poderia ser, mas prefiro não pensar naquele idiota. Eram quase 18h quando entrei no café. Uma jovem estava parada no balcão, limpando um pouco de café derramado. Percebi que havia menos clientes naquele momento. Ouvi a campainha tocar, sinalizando a entrada de outro cliente, enquanto ainda esperava a garota no balcão me notar. Percebi que a garota olhou para cima e sorriu quase imediatamente. Ela olhou para mim pela primeira vez e franziu a testa, como se ela não quisesse me atender.— Posso ajudar? — Ela perguntou rudemente, mas deixei passar. Eu não queria causar uma cena.— Um café para viagem, por favor. — Ela revirou os olhos, mas, para sua sorte, ela pegou meu pedido. Esperei por ela e r
Willow…Desci do ônibus e caminhei pela rua que levava ao meu apartamento. As ruas estavam assustadoramente silenciosas, como sempre. Às vezes me perguntava como podia viver em um lugar tão horrível, mas lembrava que não tinha outra escolha. Não podia me dar ao luxo de morar do outro lado da cidade. Não era tão ruim, mas também não diria que era seguro, especialmente à noite, quando tinham membros de gangues andando por aí vendendo drogas ou atrás de garotas. Senti uma sensação estranha e assustadora de estar sendo seguida essa noite. Tentei ignorar, mas não passava. Talvez fosse Adrian me seguindo? Perguntei a mim mesma, mas achei que não fosse. Por que ele me seguiria até este lado da cidade?Enquanto subia as escadas, tive um mau pressentimento, mas ignorei, tentando ser corajosa porque, para ser honesta, com quem iria entrar em contato a esta hora da noite para me ajudar? Não tinha ninguém. Quando parei em frente à minha porta, percebi que havia luzes saindo de baixo da porta. Jure
Willow…Fiquei chocada quando ouvi o que ele estava dizendo. Como ele pôde sugerir isso? — O quê?! — Não sei de onde tirei forças, mas o empurrei para longe de mim. — Que diabos você acha que eu sou?Ele pareceu surpreso com minha explosão repentina, provavelmente porque eu nunca tinha feito algo assim antes. Seu rosto surpreso logo se transformou em raiva. Ele deu um passo em minha direção. — Quero que você seja minha prostituta. Você sabe… para foder quando eu quiser. Se fizer isso, vou esquecer tudo o que você fez e me deve. — Disse ele, com um sorriso malicioso no rosto.— Eu não quero ser sua de forma alguma! Deixei meus sentimentos claros no dia do nosso casamento. Não quero ficar com alguém como você! — Gritei, sem me importar se ele iria ficar violento comigo novamente.Ele agarrou meu queixo com força e me forçou a olhar para ele. Me levantou no ar enquanto me prendia contra a parede. — Você acha que outro homem vai querer você? Esqueceu quem eu sou?! Vou garantir que nenhum h
Assim que ficaram satisfeitos com seu trabalho, foram embora. Eu estava prestes a pegar meu celular na bolsa quando ouvi alguém dizer: — Ah, meu Deus! Will! O que aconteceu? — Kylie engasgou enquanto entrava na sala de estar, olhando para o meu apartamento horrorizada.No momento em que ouvi sua voz, deixei minhas lágrimas caírem. Ela entrou correndo, andando sobre o vidro quebrado no chão, e se abaixou para me abraçar. Eu a abracei e chorei. Depois de algum tempo, olhei para ela e vi seus olhos vermelhos de tanto chorar.— Will, o que aconteceu aqui? Fiquei preocupada quando não ouvi nada de você. — Ela soluçou.Eu não conseguia dizer o nome dele. A única coisa que eu queria era sair de lá, caso ele decidisse voltar. — Kylie, por favor, me tire daqui. — Chorei enquanto pensava no que aconteceria, não só comigo, mas com Kylie também, se Kieran voltasse.Kylie me ajudou a levantar, me acompanhou para fora daquele lugar onde eu não me sentia segura e me levou até um carro. Ela deve ter c
Willow…— Como assim? Ele não pode ter todos os policiais dos Estados Unidos no bolso. — Ela questionou.— Ele tem. Bem, ao menos na maioria dos lugares onde ele faz negócios.— Como você sabe? — Ela perguntou enquanto eu me servia de um copo de água.— Lembra daquela vez que fomos para Miami? — Perguntei e ela concordou.— Bem, nós estávamos discutindo porque eu não queria matar um dos seus parceiros de negócios. Naquela noite, no hotel, ele começou a me bater. Essa foi a primeira vez que ele colocou suas mãos sujas em mim. Ele me deu um soco muito forte no rosto. Foi daí que ganhei essa cicatriz. — Parei e mostrei a ela a cicatriz na minha bochecha esquerda. — Naquela noite, eu fui à polícia e o policial de plantão riu de mim, dizendo que eu era idiota ou queria morrer. Foi quando descobri que ele tinha policiais trabalhando para ele. — Suspirei, balançando a cabeça.— Merda, Will. O que vamos fazer agora? Não podemos ir à polícia e você não tem dinheiro para dar a ele. Lembra quando
— Vá direto ao ponto. Por que realmente me chamou para nos encontrarmos aqui? — Perguntei sem cumprimentar ele. Não vou fingir que gosto dele e ele pode saber disso desde o início.— Podemos ir a algum lugar um pouco mais privado? — Perguntou ele, olhando ao redor enquanto algumas pessoas nos encaravam.— Certo, mas espere um minuto, tudo bem? — Perguntei, pegando meu celular. Fui tirar uma foto da placa, depois uma foto dele e enviei para Kylie. Ele olhou para mim com a testa franzida, mas não disse nada.— Tudo bem, agora podemos ir a algum lugar privado, mas só para você saber, sem brincadeiras. Tenho spray de pimenta e não tenho medo de usar ele. — Me sentei no banco do passageiro enquanto esperava que ele entrasse.— Vamos conversar, já que estamos longe de olhos e ouvidos predadores. — Disse assim que fomos embora.— Preciso que você venha trabalhar para mim. — Ele simplesmente deu de ombros sem olhar para mim.— Da última vez, você disse à sua filha que não confiava em mim, entã
Willow…Kylie e eu estávamos limpando a bagunça no meu apartamento enquanto aguardava a ligação de Kieran para me dizer onde devia encontrar ele. — Ainda não consigo acreditar que ele descobriu sobre Kieran. — Kylie disse enquanto jogava o travesseiro fora. Também não conseguia acreditar que ele estava disposto a me ajudar, especialmente depois que ele deixou claro o quanto me odiava.— Sim, me pergunto se ele estava me espionando e descobriu quanto dinheiro Kieran queria de mim. — Eu respondi.Antes que Kylie pudesse responder, meu celular começou a tocar. Olhei para o identificador de chamadas e minhas palmas começaram a suar. Respirei fundo e respondi: — O que você quer? — Perguntei asperamente.— Essa não é uma boa maneira de cumprimentar seu financeiro. — Ouvi Kieran rir com desdem. Revirei os olhos com sua atitude. — Da última vez que verifiquei, não sou mais sua noiva, então faça um favor a nós dois e me diga onde devo encontrar você. — Eu o interrompi.— Ah, parece que vamos no