Os Bebês do Bilionário
Os Bebês do Bilionário
Por: Graciliane Guimaraes
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   cap. 1 

      Dinheiro não comprar o Amor

                     Amanda

       Sem fazer a mínima ideia do que a senhora Georgia queria conversar comigo, tomei meu café correndo e fui até ela, irei fazer o que ela me pedir já que segundo Nalva sempre me explicou a senhora não era fácil e poderia fazer algo para atrapalhar meu pai, caso viesse a não gostar de qualquer coisa, mas o que ela poderia querer, talvez uma limpeza mais bem feita no armário do quarto, ou a arrumação da biblioteca que fiz? Ou será que foi algumas mudanças, e por isso possa ser que ao jogar alguns livros velho tenha irritado a idosa, pois apesar de parecer ter pouco mais cinquenta anos devido as plásticas, a senhora já tem seus mais setenta e cinco anos e pelo que entendi odeia ser classificada como idosa. 

     Rindo com minhas recordações das piadas da Nalva sobre a senhora ser uma vampira que sugar sangue para se manter jovem entrei no escritório, porém logo sou surpreendida, pois realmente não esperava ela me receber tão cordial.

    — Bom dia Amanda querida, então como você está?

     — Tchau senhora Georgia, estou bem! — Mas, não entendi a senhora precisa de alguma coisa? 

       — Sim, estou precisando do seu serviço!

    — Entendi, foi arrumação que não ficou de acordo? Ou algo relacionado as flores do quarto, me perdoe senhora só queria mesmo trazer algo novo, e como me mostraram a flor do deserto como sendo tendência achei muito interessante trazê-la para senhora.

     — Não mocinha, não é nada disso, querida, seu pai falou comigo sobre você e como eu sei que você é uma boa filha, então acredito que não teremos problemas para você fazer o que quero, já que Paolo é um pai devotado e não acredito que você irá se negar a ajudá-lo.

     — O que houver senhora, meu pai está com problemas? 

      — Nada demais querida, basta você fazer o que eu quero, e nada acontecerá!

          — Não compreendo, mas me diga senhora o que é? Mas, desde já afirmo que faço o que for, pois não quero problemas para meu pai. 

        — Ótimo querida, você é boazinha né mesmo, então Amanda você tem alguma doença? 

      — Como senhora? 

" Que pergunta louca é essa? Pelos céus será que ela é mesmo uma vampira, e quer beber meu sangue? Amanda você deve está tendo um pesadelo, e ainda não acordou e única explicação!" 

       — Responda o que perguntei? Menina, estou com pressa e não temos tempo, preciso de respostas e da sua colaboração imediatamente!

         — Desculpe senhora, não, eu não tenho nenhuma doença e pelo que sei nunca nem precisei ir muito ao médico.

       — Perfeito, você serve com perfeição ao que preciso. — Você tem namorado? 

        — Nunca, por favor senhora, eu sou muito nova e papai jamais aceitaria.

         — Como imaginei Amanda, você é minha escolha, Flora realmente me deu uma ótima ideia ao me falar de você querida.

        — Não entendo senhora, por favor me explique o que a senhora precisa?  

        — Bene é muito simples Amanda querida, quero um neto é preciso de uma barriga de aluguel, e como você está aqui, e se encaixa perfeitamente escolhi você para ser a mãe do próximo herdeiro Ricarelli. 

     — Me desculpa, senhora eu não entendi, ou ao menos não quero entender! 

     — Deixa de mentira mocinha você entendeu perfeitamente, mas para facilitar irei explicar novamente, eu quero um bebê do meu filho Leônidas, e você Amanda será a mãe do meu neto, iremos agora mesmo a clínica fazer uma inseminação artificial!

      — Oh! Pelos céus senhora, eu não posso fazer isso, papai me mataria e não quero desapontá-lo.

        — Cala boca Amanda seu pai não irá fazer nada, e você irá me obedecer caso contrário irei mandar Paolo para cadeia por roubo e desvio de dinheiro da empresa, eu já tenho tudo pronto.

      — Isso não senhora, por favor, pelos céus, meu pai é um homem honesto e nunca roubou ninguém… — Não faça isso! 

      — Muito bem mocinha, então está em suas mãos Amanda! — Faça como eu quero e nada acontecerá ao seu pai, e não se preocupe depois conversaremos com seu pai sobre a criança, mas desde já quero que você saiba que meu filho Leônidas não pode saber do bebê, até eu achar prudente.

    — Desculpa senhora Georgia, mas isso é uma loucura, como pode a senhora sugerir isso! 

         — Já disse para você calar a boca, e não estou sugerindo estou mandando Amanda, e não tem como você recusar! 

      — Eu não sei senhora o que dizer, mas isso não é certo, e por que seu filho não pode se casar e ter os filhos dele normalmente, já que algo normal e não precisa ser assim?

      — Olha mocinha, não te devo explicação sobre isso, agora vamos e deixe de besteira estamos perdendo tempo.

    Imediatamente a mulher pegou meu braço e me conduziu para fora do escritório, e Carlos nos levou até Roma em uma clínica muito grande e moderna, e mal tive tempo de raciocinar o que aconteceu comigo. Só sei que passei o dia todo neste lugar e fizeram exames e me sedaram e foi feito o procedimento.

       Já saí quase a noite do local, e novamente a dona Georgia me conduziu à mansão. Carlos ouviu tudo e me olhou com olhar de pena, papai ao me ver perguntou o que houve comigo, porém a senhora Georgia disse que passei mal e ela esteve comigo no hospital e que não era nada grave, que apenas uma virose e que eu precisava descansar, papai então me levou para nosso chalé atrás da mansão e enfim dormir, eu não queria pensar na louca situação, e ao mesmo tempo queria fugir, porém para onde iria? ser nem ao menos conhece bem a Itália, e coitado do meu pai com tantos sonhos, e finalmente vendo possibilidades reais, e de repente tudo poderia se tornar um pesadelo.  

   Por isso não pensei e aceitei essa louca situação. 

   Chegamos a Itália, e a mansão dos Ricarelli a sete anos atrás, eu ainda estava com pouco mais de dez anos, meu pai Paolo, é neto de italiano e desde de muito jovem queria volta a suas origens, mesmo nascido no Brasil ele sempre disse que voltaria a pátria dos seus avós, papai não teve uma adolescência fácil, já que seus pais e avós morreram em um acidente, e somente ele sobreviveu, tendo que mora na casa de um amigo da família.

Ele teve que trabalhar muito para o senhor Medeiros, e nunca foi suficiente, até que ele se envolveu com minha mãe uma sobrinha do homem, e tudo se deu de forma trágica, já que ela era muito jovem e também morreu no parto devido uma trombose fulminante cerebral.

   A família dela deu as costa a mim, e a meu pai e tudo foi difícil, ele só teve ajuda de amigos próximos e trabalhou de tudo um pouco para cuidar de mim, mas sempre com pensamentos de volta a Itália, e mesmo lutando muito ele poupou dinheiro e com ajuda de um velho amigo conseguiu o contato da família Ricarelli onde seus avós haviam trabalhando.

    Papai com muito carinho me ensinou italiano, já que ele falava com seus nonos e desde sempre entendi seu sonho de volta a Itália, e acabei tendo o mesmo sonho que ele, e por isso desde do início me senti em casa assim que chegamos, e na cidade de Florença fizemos nosso doce lar, e não me vejo em outro lugar desde então.

Assim que cresci um pouco, comecei a trabalhar como auxiliar com a Nalva um das empregadas na limpeza da mansão, porém sempre nas minhas horas vagas, e papai começou fazendo tudo, e hoje ele ajuda o Sr. Fausto e dona Georgia com as finanças, e está fazendo faculdade de administração, pois ele vai empresa e segue sendo uma espécie de braço direito do casal idoso, já que o único filho deles mora na Espanha, e nunca mais voltou para casa, segundo Carlos o mordomo e motorista, foi devido uma briga família séria, é segundo ele o Sr. Leônidas Ricarelli partiu primeiro para os EUA, mas notícias recentes contam que ele mora em vários lugares, até mesmo em Roma, na própria Itália. Porém, ele nunca vem ver os pais.

Ouvir as histórias da família era um passatempo diária entre idas e vindas dos colégios, e também as tarefas diária da casa, Carlos me contou uma vez que Leônidas Ricarelli saiu de casa simplesmente com a roupa do corpo, mesmo com seus pais sendo muito ricos, e isso me chamou a atenção, apesar que ele já saiu de casa com com vinte cinco anos, e portanto não era um menino. Na verdade, o rumo do jovem foi bem promissor desde de que ele saiu da casa dos seus pais, e Carlos acompanha tudo da vida do rapaz, e mantém contato ao menos por chamadas telefônicas com ele, pois ele e a esposa Flora praticamente criaram o Sr. Leônidas, já que o casal Ricarelli sempre foram meios duros com o rapaz, e portanto ele era feliz mesmo com os empregados, eu mesmo até entendo pois minha conversa com a senhora Georgia é quase nenhuma, já que ela não fala com serviçal ou criadas, eu realmente nunca me importei já que para meu pai eles são bons, e o tratamento com ele é diferente, pois segundo o próprio senhor Carlos, meu pai é tido como um amigo especial da família devido a ser neto do Giovani e da Clara amigos do casal de infância. 

      Autora: Graciliane Guimarães 

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