Sete dias se passaram desdo acidente, e eu já não sabia o que era comer direito, tomar banho ou dormir com conforto (a cadeira do hospital não era nada boa de se dormir). Aaron vivia trocando de turno comigo para que eu pudesse descansar pelo menos cinco minutos sem que Layla ficasse sozinha.
Mesmo ela em coma, não se lembrando de nada, não gostaria que ela sentisse que estava só naquele quarto frio e cheio de aparelhos. Eu mesma, se estivesse em coma, não iria gostar que ninguém ficasse ali comigo, compartilhando de um silêncio mortal, interrompido com os bipes de meus batimentos cardíacos.
Um dia ou outro eu passava no trabalho para dar satisfações, e Artur, como sempre, era muito compreensivo sobre tudo o que estava acontecendo.
Eu estava com fome, então decidi comer algo e tomar
Minhas lágrimas encharcaram a blusa que Olivia estava usando. Deveria ser de alguma grife, como sempre. O seu abraço me confortou e aquilo aliviou a dor que tanto estava me incomodando. Eu me sentia segura, por incrível que parecesse. Depois de um longo suspiro libertador, consegui olhar ao meu redor e vi o carro de Olivia estacionado atrás de nós, onde havia uma pessoa nos olhando atentamente. Olivia se levantou e estendeu à mão pra que eu pudesse me apoiar e me levantar, também: - Vou te levar para casa! - Disse Olivia, me encarando. - Você não pode dirigir nesse estado. - Mas e a minha moto? - Perguntei, limpando as folhas que tinham grudadas em minha calça. - Tudo bem, creio
Como a vida é engraçada, não é mesmo? Em um momento eu estou abraçada com a mulher da minha vida, em outro estou dormindo ao lado da minha ex esposa que, aliás, está me ajudando a reconquistar minha futura namorada.O mundo da voltas (e que voltas) onde todo o inimaginável pode virar uma tremenda realidade, diante de seus olhos. Aquilo que você julgava errado, pode se tornar a mais pura verdade absoluta sobre sua própria vida. Já pensou que merda é, você sentir falta de alguém e não poder ir atrás pra dizer isso à ela?Sempre ouvi dizer que não dava certo ser amiga de alguém que você já amou, e que hoje não ama mais. Será? O que eu nunca entendi foi essa antipatia coletiva contra alguém que um dia foi nossa prioridade, foi a razão de insônias, de sorrisos involuntários. Sendo que a vida é um tremendo iceberg, e como se já não bastasse perder pessoas involuntariamente, para a própria vida imortal, nós, por puro egocentrismo, nos submetemos em deixar que alguém f
A sala ficou em silêncio, a raiva que havia em mim resultou em um estresse enlouquecedor. Era tão visível quanto as tatuagens na pele de Olivia :- Qual a pista que temos sobre o assassino? -Perguntei, olhando para Jayden.- Bom, o assassino se preocupou em colocar vidros especiais no carro, a prova de bala e detectação facial. -Respondeu ele, ampliando a foto. - É o tipo de vidro colocado em veículos militares.- E a placa? - Perguntei, curiosa.- Sem placa. -Respondeu ele.- Aí fica difícil! - Exclamou Olivia.- Nem tanto.. Se o vídro é especial, nã
+18 ... Era tarde da noite quando Jayden estava vasculhando os arquivos do FBI atrás do tal Amster. De acordo com os dados que Megan havia passado, o rapaz tinha tudo pare ser um ótimo suspeito. Não só por ser Israelense, mas porque, de fato, eram bem curioso ele estar envolvido na tentativa de homicídio de Layla: - Tem alguma coisa que não está se encaixando aqui! - Dizia Jayden, analisando atentamente todas as pistas em cima de sua mesa. - O rapaz tem a ficha limpa? - Philton perguntou, olhando o amigo enquanto tomava seu café expresso. - Mais do que isso! Ele está envolvido com muitas Ongs, foi do c
O sol havia raiado e junto com ele, minha ansiedade estava a todo vapor.A vontade de estar de pé logo cedo, se dava única e exclusivamente por estar desconfortável com um sonho que me assombrou durante toda à noite : Johnny Baker ajoelhado, enquanto sangrava até a morte. Isso de fato ainda era o meu fastama pessoal, algo que eu iria carregar pelo resto de minha vida. E que infelizmente me causava náuseas, já que estou sentada em frente à privada vomitando. Levantei me e escovei os dentes para tirar o mal gosto, lavei o rosto e voltei até o meu quarto, onde Olivia estava deitada conversando no celular com Alice.Tentei ao máximo em não ouvir a conversa melosa das duas, mas devido ao milhões de "Eu te amo" era deveras difícil não sacar o que as duas estavam falando. Era fofo até. Ao notar minha presença, Olivia tratou logo de desligar o celular. Ela me olhou com uma cara de preocupação, como se estivesse ouvido meus urros no banheiro : - Você est
A tarde ao lado da minha linda canadense tinha sido maravilhoso, mas algo me dizia que aquela felicidade era passageira. Como dizia a minha avó : Felicidade de pobre dura pouco. O que é irônico, pois de pobre a gente não tinha nada.Só se fosse de espírito.. Daí eu até concordo.Ao chegar em casa, tudo estava quieto demais, não vi o Aaron muito menos a Olivia na sala.Subi com cautela a escada, enquanto segurava minha arma perto do peito. Ao chegar no último degrau, percebi ao longe que a porta do meu quarto estava aberta.Fui apontando a arma até o quarto, em direção à porta. Para a minha surpresa Olivia estava parada em frente à janela, com os braços cruzados encarando o nada:
Depois daquela noite turbulenta foi difícil dormir, ainda mais depois de ter recebido uma ligação inesperada de Jayden dizendo tudo sobre Margot e sua família. Aquilo me preocupou demais, Layla estava vivendo sobre o mesmo teto que aquela louca e eu precisava agir o mais rápido o possível.Após a ligação, Jayden enviou me uma mensagem sobre um lugar onde Margot estaria. Era um tipo de bar que ela frequentava sempre que podia,e também era uma ótimo lugar para tentar arranjar mais algumas provas. Ser filha de dois assassinos traficantes não era motivo suficiente para ela ser acusada de algo, segundo as leis.Na manhã seguinte eu já estava de pé as seis da manhã. Andando para lá e para cá afim de pensar em algum jei
Orlando é um lugar grande e muito quente, cheio de praias e palmeiras espalhadas por todo canto. Uma natureza paradisíaca enfeitava tudo ao redor. A alegria era sinônimo da bela cidade.O que não combinava nem um pouco com a trama que Layla estava vivendo.Os 500 metros quadrados de sua bela propriedade, dava um ar de solidão para a jovem mulher de 27 anos. Ela nunca gostou de casa grande, mas sua noiva insistiu para que elas morassem na propriedade antiga de seus "amáveis" pais.Sem pestanejar, a jovem não manifestou sua ideia oposta. Layla fazia de tudo para agradar Margot, talvez porque não à amava como gostaria e então tentava compensa-la por isso sempre que podia.Naquela tarde, Layla estava sentada em seu piano branco. Tentava tocar alguns sonetos que conhecia de memória, mas logo se frustrou, pois seus pensamentos estavam totalmente direcionados à Megan. Ela sorriu e d