Sinto um baque em meu estomago, paro para analisar e permaneço em silêncio, como assim? Que marido ela está falando?
- Como assim? – Finalmente pergunto.
- Eu a convenci a dar o golpe em um paspalho que era podre de rico, mas que não aceitava o dinheiro que possuía, um fraco como você, diferente do primo, que era tão ou mais ambicioso do que eu. – Fecho meus olhos quando suas palavras vão fazendo sentido, não pode ser verdade, que coincidência filha da puta.
- Qual era o nome da sua filha? – Sussurro, pois já não tenho mais voz.
- Mônica. Ela era meu bebê. Nem você e nem aquela sonsa da Camila chegam a seus pés. – Uma lágrima desce de seus olhos. – Ela era filha do Manoel. – Arregalo os olhos para ela, que sorri com desdém. – Um d
Quando acordo novamente, ainda estou amarrada, porém agora me encontro em uma sala diferente, estou em uma cama e a vontade de ir ao banheiro está me matando. Percebo em minha frente uma câmera me filmando e então Daniel abre a porta. Meu estomago revira e seguro firme para não vomitar.- A bela adormecida acordou, estive esperando por muito tempo. – Chega próximo a cama e passa os dedos nojentos em meu rosto. – Vou te dar café da manhã.- Pre...preciso ir ao ba...banheiro. – Tenho dificuldades em proferir as palavras, pois meu estomago está revirando.- Vou te levar, venha. – Me ajuda a levantar e quando coloco os pés no chão sinto um puxão na perna e me lembro do que Cassandra fez. Com dificuldade vou até o ba
Ficamos todos sem reação enquanto Marcela relata o que aconteceu, para que descobrisse que Antonella fazia parte de toda essa sujeira. Quando viu que ela ia matar a companheira, o amigo da Thaynara, retirou-a dos seus braços e a prendeu com algemas e entregou para que uma policial amiga dele a levasse presa. Minha giágia e Antônia resolveram levar as crianças para tomar banho e se deitarem um pouco, porém eles só foram quando Raphael e eu prometemos ir atrás da mãe deles, ainda hoje.- Parece que eles ameaçaram a mãe dela. – Marcela conta com lágrimas descendo por sua face. – Ela podia ter vindo até mim, ter falado comigo, mas não, preferiu participar de tudo. Ela passava um relatório completo de tudo que fazí
Quando Marcela disse onde estavam mantendo Carolina, George acionou seus contatos policiais e junto a Raphael e um outro homem, que pelo que ouvi é delegado da polícia civil e se chama André Mansur, montaram um plano para resgatá-la sem fazer alarde e assim manter sua vida. Porém, mesmo que ninguém tenha dito em voz alta, todos temem que ela já não esteja mais viva, ela sumiu a três dias, o vídeo chegou ontem, mas pode ter sido feito pouco antes de a matarem. Mesmo ainda estando com o coração dilacerado e muito magoado com ela, a simples menção de que ela possa estar morta, mesmo que em pensamento, pois se dito em voz alta, torna tudo mais palpável, me trás uma d
Assim que chegamos ao hospital, fui encaminhado para uma sala de espera e eles entraram com Carolina para dentro. Pouco tempo depois, os paramédicos e enfermeiros da ambulância saíram e foram embora, desejando-me boa sorte. Desde então encontro-me aqui sozinho e sem notícias. Olho o relógio, finalmente, já que estive tentando não o fazer, para não enlouquecer, percebo que já se passaram quase 2 horas. Perdido em meus pensamentos, vejo nossos amigos se aproximando esbaforidos, todos, menos minha giágia e Antônia estão aqui. Acredito que elas ficaram com as crianças. Marcela para na minha frente e chorando pergunta:- Ela está bem?- Eu não sei, n&atil
Meu coração para, enquanto as palavras de Olavo fazem sentido na minha cabeça. Eu tinha que esperar por essa reação dele, eu tinha que saber o quanto eu o magoei, eu deveria entender que a mágoa dele pode ser maior do que seus sentimentos, porém, uma parte de mim queria muito que ele me entendesse. Mas, eu tenho a sensação de que eu fui mais longe do que ele podia suportar. Abaixo meus olhos para meu colo sentindo as lágrimas molharem mais ainda meu rosto, não sei se consigo ver a rejeição em seus olhos, pois mesmo sabendo que a culpa é totalmente minha, isso não faz com que doa menos. Sinto seus dedos forçarem meu queixo para cima e me preparo para o baque que
- Sim. – Responde mesmo que não tenha sido uma pergunta. – Queria lhe agradecer. – Olho-o confusa. – Eu me separei da mulher que eu mais amei na vida, para protegê-la de ficar ao meu lado e ser atingida pelos podres que me rodeiam. Ela se casou com outro, teve um filho, perdeu-o para uma doença e eu continuei sozinho, pois não consegui ter mais ninguém, não com o grande amor que tenho aqui dentro por ela. – Aponta para o peito, bem no local em que fica o coração.– E ontem, vendo as palavras que você disse aquele homem, percebi o tamanho do sofrimento que causei, tanto a ela, quanto a mim.- Aprendi da pior forma, doutor, que não podemos escolher pelos outros, cada um deve ser responsável por suas escolhas.- Isso é verdade. – Passa as mãos pelo rosto. – Não sei ainda o que irei fazer, mas de uma coisa tenho certeza, irei procur
Com a ajuda do meu cavalheiro, novamente, faço o que foi pedido e quando ele me acomoda na maca, um médico lindíssimo adentra a sala e nos cumprimenta.- Bom dia senhora. – Olha para meu homem. – Bom dia senhor.- Bom dia. – Respondo alegre ao mesmo tempo que ele o faz de forma bem seca.- Sou o doutor Alexander, farei seu ultrassom e caso tenham dúvidas, não deixem de perguntar. Quando olho para o meu namorado, está com cara de poucos amigos, analisando o médico, será que ele não gostou que seja um homem a fazer o exame ou será que ele percebeu que o médico é lindo. Sem me segurar, abro ainda mais o meu sorriso e tenho a minha resposta, pois ele fecha ainda mais o semblante. 
Trouxe Carolina direto para minha casa, que na verdade, sempre foi nossa. Acomodando-a no sofá, esperei que os meninos, com muito cuidado, matassem a saudade da mãe e fiquei ali só de telespectador para a sena mais linda que já presenciei na vida. O reencontro de uma mãe que ama seus filhos, com eles. Quando todos a tinham visto, trouxe-a para o quarto e acomodei-a para descansar, junto deles é claro, não poderia separá-los dela nesse momento, então agora estou aqui sentado em uma poltrona, sem conseguir tirar os olhos da minha família, das pessoas que me fazem muito mais completo. Por um momento naquele hospital, eu pensei em ir embora, em largar tudo para trás, mas acredito que não teria