cap.116 Aurora conhece seu pai.Eles estavam conversando, e Aurora percorria os corredores quando parou diante da porta. Ela conteve-se a poucos centímetros de bater na porta quando ouviu as vozes na sala e decidiu sutilmente ouvir.— Dois dias? Isso parece interminável. Deveríamos tê-lo eliminado assim que todas aquelas fotos e vídeos foram divulgados — protestou Taylor, impaciente, andando de um lado para o outro.— Já disse, seria como um tiro no pé. Além disso, todos esses dias foram necessários para verificarmos que ele está bem e vivendo com sua família, assim podemos resolver tudo de forma limpa.— E aquela mulher e as duas crianças? — perguntou Taylor, um pouco receoso.— Nada que um acidente doméstico não resolva. Uma intoxicação ou um acidente de carro após perderem o controle.Naquele momento, Taylor ergueu a sobrancelha, ficando sem reação.— Vai acabar com as crianças?— Será só a mulher? E as crianças, podemos simplesmente mandá-las para um orfanato? Pelo menos teriam uma
Cap.117. Fim de uma aflição?Elizabeth seguia entre os carros tentando encontrar o carro onde Gaby estava, despreocupada, nem percebeu que alguém a seguia.— Onde ela está? — murmurou baixinho e impaciente, encarando o relógio preocupada com o horário.Taylor já estava a poucos metros dela quando tirou um objetivo pontiagudo de seu bolso; logo os metros foram diminuindo até ele estar próximo o suficiente para ouvir sua voz murmurando.— Ei! — gritou Gaby, entrando em alta velocidade no estacionamento. Taylor correu entre os carros tentando se esconder. — Demorei, não é? — perguntou ao mesmo tempo que observava furtivamente, tentando encontrar o homem sem que Elizabeth percebesse.— Por que demorou tanto?— Prometo que isso não vai mais acontecer, ok? — declarou, sorrindo apreensiva, enquanto Elizabeth entrava no carro.— Qual o plano? — perguntou curiosa.— Nesse exato momento, eles chamaram um técnico para poder averiguar o que há de errado com a energia. Mas não vão conseguir resolv
cap.118 Surpresa na mansão Olharam em todos os cômodos, vasculharam toda a casa, mas não encontraram ninguém. Ninguém entendeu o que realmente aconteceu, além disso, ainda era mais estranho, afinal, por que os homens estariam guardando uma casa vazia.— Não tem ninguém na casa. — anunciou o oficial a Elizabeth, que esperava ver Richard ser resgatado.— Não! Isso não é possível! — asseverou, desesperada, correndo e passando por entre os policiais, entrando na casa.— Está tudo bem, deixe que ela veja com os próprios olhos. — sugeriu Jayden quando um dos homens quis impedi-la.Ela então andou por cada cômodo enquanto sentia sua cabeça girar em meio ao desespero de ter voltado à estaca zero. Ela entrou e em um dos quartos, onde parou em meio à sensação nostálgica que aquele cômodo simples com apenas uma cama e uma escrivaninha lhe trazia. Olhou ao redor cética; ela sabia que ele estava ali, podia sentir algo familiar.— Como pode... Será que é tarde? — murmurou, enquanto sua cabeça osci
119. Minha esposa, sei quem é!— Você não fala? O que faz aqui? Onde está a Beth e minhas filhas? — insistiu em pergunta enquanto Elizabeth descia cautelosamente da cama.— Como não se lembra de mim? — perguntou com a voz fraca.— Eu deveria? Quem é você para estar dormindo ao meu lado?— Eu sou sua esposa, Elizabeth. — uma risada sonora de deboche invade o quarto.— Menina... Você deve estar ficando louca, como você pode ser minha esposa? Não é possível ter duas esposas, além disso, eu não me casaria com duas mulheres.— Você não tem duas mulheres, só tem a mim, só a mim! — asseverou desesperada.— Seja quem for você, eu nunca te vi em toda a minha vida, onde está a minha esposa! — esbravejou de forma rude encarando Elizabeth de forma ríspida.— Estou aqui. — uma voz cantarolou em seguida entrando no quarto trazendo uma bandeja com o café da manhã dele. — Está na hora de você comer algo, então eu mesma fui preparar.— Beth... Por que deixou outra mulher ficar aqui? Além disso... Ond
Cap. 120. Dureza de RichardEstava tudo pronto para levar Richard para o médico, Jayden ajudou a levá-lo em uma cadeira de rodas.— Você não acha que vai acompanhar meu marido, não é? — perguntou Elizabeth segurando no braço da moça que seguia atrás da cadeira de rodas.— Ele é meu marido, por que não volta de onde você veio? — perguntou aborrecida, em seguida sorrindo com maldade ao encarar Elizabeth.— Beth! — chamou Richard. — O que está fazendo? Já disse para ignorar essa mulher, não sei o que ela quer, mas espero que ela entenda qual é o lugar dela.— Você tem que se lembrar... Essa mulher é uma farsa! — esbravejou Elizabeth.— Liz... Vamos sair daqui, por favor. — pediu Gaby apreensiva.— Está tudo bem, vamos acompanhá-lo até o médico, no momento vamos focar apenas na recuperação dele, assim podemos cuidar de outras coisas. — sugeriu Taylor, enquanto Ailda esperava eles em frente à escada.Ela evitava encarar Richard. Cada vez que fazia isso, seus olhos enchiam de água e caía em
121. Perspicácia de Alfred.Alfred e Ailda seguiram até o quarto de Elizabeth; obviamente, Coralie estava próxima. Apenas fingiu que estava seguindo até o quarto das crianças e se retirou rapidamente ao ver Alfred.— Essa mulher... — murmurou Alfred desconfiado.— Meu braço direito. — anunciou Ailda.— Ela só me lembrou alguém, mas não sei quem poderia ser. É como se já tivesse a visto. — comentou pensativo.— Como está Elizabeth? — perguntou Ailda ao ver Gaby sair do quarto.— Abalada, arrasada, irritada. Muitas coisas. Esses meses têm sido desgastantes. — comentou sem ânimo.— Vamos entrar, tenho que conversar com ela. — ordenou, puxando Gaby para dentro do quarto novamente.— Vovó... — suspirou ela, indo em direção a Alfred e o abraçando.— Não fique desanimada dessa forma, está bem? — pediu ternamente enquanto ela se acolhe em seus braços. — Preciso conversar com vocês. — alarmou enquanto as três se sentavam uma ao lado da outra. Ele puxou uma cadeira e se sentou em frente às três
Cap. 122. Alguns pensamentos me falham.[Não provoque a tal Elizabeth farsante; Alfred tem um plano, então finja que está tudo bem e siga de acordo com a mentira dela.] Assim que li a mensagem, franzi o cenho, demonstrando incômodo. Ainda assim, acatei.— Por nada. Você está certo. Esse acidente lesionou seus ligamentos, mas pode ser revertido. Afinal, você tem acesso aos melhores médicos. Nem precisava ficar tanto tempo nessa condição.— Que bom. Agora... Pode sair? Quero ficar sozinho com minha esposa. — disse Richard. Então, Jayden cerrou os punhos, segurando a raiva. Ele recuou e saiu do quarto.Richard passaria a noite no hospital, e pela manhã, ele passaria pela cirurgia para corrigir o que haviam feito. Beth ficou o tempo inteiro no quarto de Richard, enquanto Jayden esperava do lado de fora. Mesmo que quisesse conversar com Richard, não fazia sentido, já que ele não se lembrava. Jayden mantinha-se pensativo quanto a tudo, até que Beth finalmente saiu do quarto.— O que quer? —
123 Deixem ela pensar que ganhou.— Ele terá que ficar em repouso. — o médico começou a instruir. — Até que ele esteja apto a se mover, vamos ter que imobilizar suas pernas e depois ele terá que passar por uma reabilitação para poder andar como antes.— Céus... Isso é ótimo. — suspirou Ailda aliviada.— Quando podemos levá-lo para casa? — perguntou Jayden.— Amanhã, como vocês têm toda assistência em casa e a cirurgia não foi nada arriscada. Vocês já podem transferi-lo amanhã.Assim foi feito. No dia seguinte, uma ambulância foi usada para transferir Richard até a sua mansão, e ele pôde finalmente estar em seu quarto. Mas aparentemente estava de mau humor.— Você tem que ter paciência; os médicos disseram que você vai poder andar em pouco tempo. — comentou Beth apreensiva.— Eu sei, mas já estou cansado de ficar preso a essa cama. Sei que eles estão te maltratando e por isso quero que eles entendam que você é minha esposa e devem te respeitar. Eu não vou mais fugir e nem abrir mão do q