Na manhã seguinte, as minhas olheiras estavam marcadas. Passei uma boa parte da noite fazendo trabalho para a faculdade, e quando o despertador tocou, eu ainda estava morrendo de sono.Bati na porta do Sr. Cooper e entrei. O homem estava sentado na mesa e relaxou completamente quando me viu.- Sr., preciso que dê uma olhada nesses documentos e assine. - Fingi não estar vendo ele se levantando da sua mesa, contornando-a e vindo em minha direção. - Esses primeiros são um pouco urgentes, mas os dois últimos podem esperar, então leia-os com calma.Todos os papéis foram puxados da minha mão antes mesmo de eu ter qualquer reação. Ben me pegou pela cintura e virou-me.Mais uma vez, eu estava em seus braços, contra o seu corpo quente e musculoso.Ben me beijou, seu toque me fez estremecer por completo. Sua boca era dominante, explorava tudo o que podia, tomava para si tudo o que queria, e eu não tinha outra reação que não fosse ceder.Abracei seu pescoço, entregando-me ao seu toque único. Ele
Em casa, na minha mesa de estudos, eu ouvia repetidamente a gravação que havia feito com o celular. A voz de Ben era grave e bonita, e eu esperava secretamente que ele me chamasse para o seu colo em outra oportunidade.°°°- Repete, acho que entendi errado. - Chloe me encarava com uma expressão ameaçadora.Mexi desconfortavelmente na cadeira, relutante em ter que contar a ela. Eu nao repeti, então ela deduziu ter escutado certo.- Eu não acredito que voce trepou com aquele babaca.- Eu não trepei com ele. Foram apenas alguns beijos. - Me apressei em corrigir.- Só alguns beijos porque não tiveram a chance de ir além. Anahi, eu não consigo acreditar.Balancei a cabeça, mudando rapidamente de assunto.- Eu só preciso que você prepare o contrato para mim. Você precisa ver como aquele idiota falou comigo, parecia que ele era meu dono; como se eu fosse sua cachorrinha. - Falei indignada.- Ele sempre fala assim com você desde que te contratou; não há novidade nisso, você sempre soube como
- Está bem, vou ligar para conferir com eles. - Parei, escutando a voz da mãe de Ben do outro lado da linha. - Ok, vou verificar isso também.- Você conseguiu falar com o meu ex-marido?- Não, senhora, eu liguei, mas ninguém atendeu. - Respondi enquanto saía do elevador.Do outro lado da linha, ela resmungou exageradamente. Devia estar me achando uma incompetente.- Entendo, querida. Pode deixar que eu mesma falo com ele. - E desligou.Antes que eu pudesse respirar aliviada, bastou erguer os olhos para o meu cantinho para ver Ben escorado na minha mesa, de braços cruzados, esperando por mim.- Onde estava? - Perguntou friamente.Me aproximei.- Estava atendendo a alguns pedidos da sua mãe. - Respondi.Ben apenas assentiu.- Tire algumas cópias disso aqui. - jogou uma pasta em cima da mesa. - E depois leve para mim. - Ele já estava de pé, indo até sua sala.- Sim, senhor. - Respondi, mas Ben já havia entrado.Completamente exausta, me joguei na cadeira, puxando o ar com força. Achei qu
- Henry, não vai nos apresentar? - A namorada do Nick chamou nossa atenção. De perto, a sua voz era ainda mais irritante.Henry relutou em tirar os olhos de mim.- Desculpe, pessoal. Essa é Anahi. Querida, esses são uns amigos de longa data: Elli, Owen, Nick e Louise.- É um prazer. - Usei todo o meu charme ao cumprimentá-los.- Então parece que o Henry tinha sim uma namorada. - Elli sorria, tive a impressão de que ela estava alfinetando Louise. - E nossa, você é linda.- Muito obrigada, você que é maravilhosa e esse vestido vermelho combinou tão bem com seu tom de pele, eu adorei.- Com licença, - Louise chamou nossa atenção. - Seu nome é Anahi? Você não é daqui, é?Neguei com a cabeça.- Meus pais são mexicanos, moro aqui desde criança.- Nossa! - Ela riu. - Você se camufla tão bem, né? Se não falasse o seu nome, nunca iríamos imaginar que é de fora, do México ainda.- Camufla? - Perguntei.- Caramba, Louise. - Owen a censurou. - Você acha que só os americanos são brancos e loiros?
- "Eu não..." - tentei dizer.Minha mente estava embaralhada, eu estava embriagada pela presença dominante de Ben. Como ele poderia estar incrivelmente mais atraente aqui do que no escritório?- Anahi. - Ele me chamou entre dentes.Ergui a cabeça, encontrando seus olhos. Céus... Seus olhos eram um poço azul, cheios de desejos, atitudes e promessas.- Não é verdade. - Confessei, negando com a cabeça. - Eu apenas brinquei com ele. Foi aquela vadia da Louise, que contou para todo mundo e as coisas saíram do controle. - Disse tudo de uma vez só.Ben ficou em silêncio. O silêncio nos rodeou, nossas respirações eram tudo o que se ouvia naquele recinto. Ele estava se controlando tanto quanto eu.- E agora? - Perguntou.- Terminaremos ainda esta semana. - Prometi.Ben dobrou os cotovelos, se aproximando ainda mais de mim. Quando falou, seu hálito de whisky tocou o meu rosto.- Você é livre para fazer o que quiser, Anahi, mas não o envolva nos seus joguinhos, não brinque com ele.Seu instinto
Na manhã seguinte, saí do banheiro com a toalha enrolada no corpo, sentindo a brisa matinal acariciar minha pele. Meu celular tocava insistentemente em cima da cama e, ao pegar o aparelho nas mãos, meu coração disparou ao ver o nome do Sr. Cooper na tela.Um arrepio percorreu todo o meu corpo, reavivando as lembranças intensas da noite anterior. Naquela noite, nossos desejos se entrelaçaram, indo além de beijos ardentes que aconteciam no escritório. Chloe estava certa ao dizer que só não transamos ainda por falta de oportunidade.Sorri com o pensamento. A voz rouca do Sr. Cooper ecoou em minha mente, suas palavras sussurradas ao pé do meu ouvido, e a maneira como seus lábios encontraram os meus com fervor. Foi uma noite que eu nunca esqueceria.Respirei fundo para acalmar meu coração acelerado e, finalmente, atendi o telefone.Sua voz familiar soou do
Levou pouco mais de uma hora para que eu chegasse à linda casa de campo fora de Nova York. A varanda luxuosa, com seus sofás e tapetes, parecia convidativa, enquanto as enormes janelas prometiam inundar o interior da casa com luz natural. No entanto, algo me fez parar antes de subir os degraus daquela varanda. Uma estranha sensação de familiaridade tomou conta de mim, como se eu já tivesse estado ali antes. Era como se, ao cruzar aquela porta, eu saberia exatamente como seria o interior da casa. Meus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo despojado, e eu vestia um short jeans e uma camisa aberta de botões, optando por um visual descontraído para a ocasião. Na minha bolsa, carregava apenas os itens essenciais: documentos, alguns cartões e meu celular. Toquei a campainha várias vezes, ao longo do tempo que fiquei esperando do lado de fora, mas ninguém atendeu. A ansiedade começou a se instalar em meu peito. "Onde está você?", perguntei mentalmente, desejando uma resposta que
Na manhã seguinte, cheguei à empresa cedo como de costume, já imaginando o climão que ficaria entre eu e o meu chefe estúpido.Eu realmente fui uma tola ao ir atrás dele. Por que me culpa por estar ficando com ele e não se culpa a si próprio por não perder a oportunidade de agarrar a namorada do sobrinho? Por que a culpa é sempre da mulher?!As portas do elevador se abriram, virei o rosto no mesmo segundo, encarando a tela do computador. Recuso-me a lhe dar qualquer atenção que seja.Ben parou na minha mesa.- Na minha sala, agora. - Avisou e, diferente das outras vezes, continuou parado esperando.Virei o rosto apenas para ver que ele segurava uns papéis na mão.- Vou em um segundo. - Respondi sem olhar.- Não demore. - E foi para a sua sala.Eu demorei. Mais do que o necessário, enrolei bastante antes de finalmente