O segredo do BILIONÁRIO
O segredo do BILIONÁRIO
Por: Cristina Cristey
cap.1

Capitulo.1

Alessa Skill (narrando)

Hoje, manhã fria em bloomington EUA, acordei ainda são 6hm da manhã, me mantenho encolhida no canto da cama, hoje é um dia importante para minha família, o dia que eles me venderam a um homem cujo qual não sei muito, não como está hoje, mas soube que ele era um homem muito bonito há uns 2 anos, ele tinha apenas 25 anos quando se envolveu em um acidente, e desde esses dois anos ninguém mais viu sua cara, ah! Por quê?

Ele teve 90% do corpo queimado nesse acidente. Desde que minha família disse que eu teria que me casar com ele, eu pesquisei já que era um CEO importante nos Estados Unidos, e ele era bem bonito, saia bastante com várias mulheres e aprontava tudo que era tipo de escândalo, a vida mais ridícula que eu já vi, e eu? Bom… eu sou uma moça comum, acabei de fazer 18 anos, concluir o ensino médio com 16 e consegui entrar em uma boa faculdade após concorrer a uma bolsa de oitenta por cento, digamos que sou uma genia, porém… estou presa a uma família um tanto… enfim, eles não são minha família, eu vivo nessa casa desde meus 10 anos, minha mãe havia se casado com meu padrasto Luiz e ele tem uma filha chamada Dhany.

Ela é quem iria se casar com esse homem horroroso, mas como eu não tenho nem mãe e nem pai, não tenho escolha, eles me obrigam a fazer o que eles querem e não tendo para onde ir, é ainda mais difícil.

Minha mãe morreu já vai fazer dois anos, então o tio mandou a desprovida, eu mesma Alessa, a se casar por obrigação, já que eles estão com problemas financeiros e o herdeiro Marone procura há um tempo uma mulher que cuide dele.

O tio decidiu me mandar no lugar da sua filha, inventando que ela tinha uma doença e que não seria uma mulher útil na vida dele, mas sim uma pedra, um estorvo, bom… do jeito que ela é gananciosa, óbvio que isso não está longe de ser verdade, tudo que essa família visa é o dinheiro, eu até tentaria fugir, mas se eles me encontrassem eu seria castigada e eles são muito severos, ainda mais por não ter nenhuma razão para continuar nessa casa, assim como ele diz… e está certo já que sou de maior, mas não tenho dinheiro suficiente ainda, é um pouco difícil tratar de uma depressão e também pagar a faculdade.

— Eu sustentei você e sua mãe nessa casa por anos, faça alguma coisa por nós! — jogava isso na minha cara constantemente, e agora sou a substituta de minha irmã de consideração Dhany, ela é bem bonita, comparada a mim, diria que uma deusa, eu sou apenas um pouco mais comprida que ela, mas a Dhany veio provida de tudo que um cara desejaria em uma mulher, seios fartos, cintura definida bumbum redondinho, ela é a mulher perfeita, e eu, bom… peito pequeno, nem abaixo e nem acima do peso, assim eu acho, bom… eu ganhei uns quilos após os antidepressivos, bumbum… não sou lá essas coisas não, meu cabelo é pela misericórdia, mistura de liso e muito cacheado na ponta, se eu dormir sem usar uma touca, é tanto nó que dá vontade até de cortar.

— Alessa, não esqueça que você sai em uma hora, com certeza seu marido deformado deve ser muito exigente, não vai querer ver uma mulher parecendo uma mendiga. — brincou Dhany sem abrir a porta, de todos na casa eu ainda sou digna ao menos de ter um quarto no fim do corredor, na verdade, nem era um quarto.

Essa foi a primeira coisa que mudou quando perdi minha mãe, perdi parte de todas as minhas coisas, meu quarto decorado, minhas roupas, enfim, vivo como uma empregada, mas não reclamo, tenho ultimamente trabalhado em um restaurante com alguns amigos, tenho que pagar minha faculdade e comprar meus remédios e tenta economizar para conseguir pagar alguns meses de aluguel.

O dinheiro que ganho só dá para isso mesmo, se eles me dão um pedaço de pão estou feliz até arrumar um emprego decente.

Me levantei do canto sujo que estava jogada ao lado da cômoda, é hora de me arrumar, segui até o guarda-roupa velho, abro um sorriso amargo ao olhar para o estado dele, velho e com as portas caindo, minha cabeça ainda dói a última vez que a última porta soltou.

“Nunca mais quero vê-lo em minha frente” tenho que arrumar as malas e procurar uma roupa decente, estava tão chateada que não fiz nada, mas ao menos tenho que parecer apresentável.

— Ah… que droga! — suspirei indignada, meus saltos velhos já não cabem em mim, isso é deprimente, tudo que cabe em meu pé, são meus tênis velhos e gastos, eu ainda tenho um vestido que dar para usar, mas sinceramente, estou pronta para causar uma péssima primeira impressão, e isso é ótimo, tomara que ele não goste de mim e me mande de volta para casa

“Deus me livre, isso seria a morte, meu tio Luiz me mataria” eu deveria chamar ele de pai, mas ele não é meu pai e me trata como uma empregada.

Penteei o cabelo de forma que ficou comportado para ficar solto e vesti um vestido… digamos que bem menor que eu, mas é assim que são minhas roupas, enquanto elas não arrebentam eu estou usando e esse vestido azul ele é um pouco apertado bem na cintura e nele até parece que tenho seios gigantes, de tão apertado que ele fica no decote, pelo menos da cintura para baixo ele é solto, e não me aperta, assim posso andar.

Assim que apareci no topo da escada, todos já esperavam próximo à porta, Dhany segura o riso ao ver meu estado, pelo menos tomei banho.

Posso até narrar o trágico acontecimento da minha vida enquanto desço cada degrau preguiçosamente com meus tênis apertados, eu Alessa Skill vou se casar com um CEO misterioso que teve 90% do corpo queimado em um acidente.

Quando terminei de descer as escadas, eu fui literalmente jogada para fora sendo arrastada pelo tio Luiz, me enfiaram no carro com minhas malas velhas, ninguém iria comigo, o que me deixou ainda mais em pânico.

— Seja obediente e garanta uma vida digna a sua família — pede Luiz com um falso sorriso. — pelo menos te alimentamos bem, agora você pode satisfazer os desejos de um homem, adeus — concluiu ele fechando a porta, eu o encarei com os olhos esbugalhados, como assim querido? Satisfazer o quê? Espero que seja cozinhar, se for o que eu estou pensando, o que eu estou pensando? É claro que é!

— Me deixe sair! Socorro! — Comecei a gritar desesperada, tive esse aviso ontem, não tive tempo de pensar, nem sei o que estou fazendo agora, merda… mãe… socorro…

— Desculpe senhorita, você só pode sair quando chegar na mansão dos Marone. — avisou o motorista meio mecanizado, meu estômago revirou, minha cabeça ficou turva, cai sobre o banco de couro em meio a uma crise existencial, meus olhos marejaram, nunca estive tão ferrada na minha vida, deixei algumas lágrimas molharem o banco, mas logo me recompus, hoje eu teria que ir ver meu marido… e… droga… eu não quero! Como eles podem me obrigar a casar com alguém só por dinheiro?

Sei que minha vida vai se tornar um inferno no momento que eu pisar nessa casa.

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