Cap.18Alessa seguiu para uma lanchonete a meia hora da mansão onde mora, Doralice já a esperava ansiosa para saber as novidades.— Então? Aconteceu mesmo? — perguntou entregando o comprimido após se sentarem em uma das mesas.— Sim… — resmungou Alessa fazendo careta ao se lembrar.— Ué? Mas não foi bom? — Sim… — murmurou.Doralice percebe na sua mão a ausência da aliança.— Onde está a aliança? — perguntou com os olhos arregalados.— Ah, caiu — Disse revirando os olhos, Dora suspirou aliviada.— Que alívio, pensei que vocês tinham terminado e como foi, sei que a aparência dele não é lá essas coisas, foi muito assustador no começo? — Como deveria ser — Murmurou ajeitando a gola do casaco para esconder a marca no pescoço.Ela nem percebia que sua face estava corada de vergonha.— Então, se foi bom, porque está com essa cara de manga chupada.— Por nada… nada não, acha pouco, logo com um homem que me odeia? — perguntou incrédula, então sua amiga a encarou confusa.— Só fica uma dúvida
Cap.19As duas entidades ficaram observando Alessa até que ela caiu no sono jogada no gramado, estava cansada demais para se levantar do chão após os exercícios desumanos.— Pode fazer — pediu a cobra vermelha para a alma de sua esposa, então os olhos de Leya brilharam e sua alma tomou controle do corpo de Alessa e se levantou. — Como está se sentindo? — perguntou voltando a sua forma de homem.— Ela… havia esquecido o quanto é difícil ser humana! — Resmungou com a mão no estômago. — Estou faminta — resmungou cambaleando.— Então saia do corpo dela— Coitada… eu vou entrar e comer algo — avisou correndo para dentro da mansão antes que Dragazon pudesse impedir, atravessou a sala e entrou na cozinha a encontrando vazia.Foi a chance de ouro que ela achou, estava se sentindo uma morta viva de tanta fome e nem sabia se isso tudo era Alessa que estava sentindo ou era seus desejos com um corpo carnal.— Senhorita Alessa, Marco a proibiu de comer qualquer coisa nessa cozinha — avisou a empre
Cap.20Todos na casa ainda dormiam, Alessa naquele momento também caia no efeito da magia que ainda estava se dispersando.Marco saiu da banheira, jogou um roupão sobre seu corpo e saiu da sala de banho com ela nos braços passou pelo corredor atravessou a sala seguindo até o quarto dela..— Sabe que deveria ter se controlado, não sabe? — perguntou Maciel sentado sobre a ponta da cama de frente para a porta por onde Marco entrou.— Ela é a minha parceira e somos casados, por que não posso tomá-la minha mulher?— Ela é humana, ela não pode engravidar agora ou…— A maldição do lobo a mata. Eu sei! — diz aborrecido.— Como pensa em fazer Marco gostar dela? Porque os sentimentos dele podem te reprimir e você sabe que os sentimentos negativos sempre tomam com mais força a sua personalidade.— Não sei, ela realmente não gosta dele e nem ele dela— Ou seja. Temos um problema maior, é seu medo de ser dominado pelo lado humano e matar ela, Marco não vai aceitá-la como parceira, ele tem a fixa i
Cap.21Enquanto isso no jardim as criaturas mágicas já percebiam a desagradável visita, Leya estava inquieta com a situação também por sentir a tristeza de Alessa.— Tem uma tal Dhany na casa — comentou Leya andando impaciente de um lado para o outro enquanto Dragazon está sentado sobre a pedra de sacrifício a observando entediado.— Comida? — perguntou ele interessado.— Eca, ela tem cheiro de miasma do pior tipo que já vi, e Alessa está chorando em seu quarto agora… — murmurou desanimada.— Pobre criança, é até pior que estar casada com um homem que a odeia, afinal ela está sendo traída por um homem com quem ela teve seu primeiro contato íntimo, o mesmo que lhe jurou amor, não acho justo que a parte lobo de Marco não tenha pensado sobre isso com mais cuidado para não machucá-la.— Estive pensando… talvez algumas gotas de seu sangue me fazem ter poder suficiente para fazê-la perder alguns quilos. — comenta Leya incomodada com a situação.— Só se ela quiser, mas a mesma nem se importa
Cap.22Apesar dele querer ignorar a situação, se sentia incomodado, pensou até que seu lobo teria alguma influência, mas não havia nenhum sinal de que ele tomaria sua forma humana.Hesitou várias vezes até finalmente entrar no quarto e avistar Alessa inconsciente sobre a cama, sua pele serena não parecia realmente está morrendo, mas quando tocou sua face fria o receio invadiu seu peito.Dhany por sua vez foi deixada no sofá por Iolanda que seguiu para a cozinha.No primeiro descuido ela subiu a escada correndo, seguiu lentamente pelo corredor e encontrou a porta de Alessa entreaberta, olhou pela brecha e avistou Marco com o olhar fixo em Alessa inconsciente, e ficou observando o que aconteceria até que Marco delicadamente tocou os lábios de Alessa com seus lábios e se manteve ali, tudo que Dhany via era um beijo, mas Marco de alguma forma sugava o efeito da droga até o limite que não era mais perigoso para Alessa.Dhany encarava aquilo perplexa, recuou e voltou para a sala ainda tenta
Cap.23— O que vamos dizer a Marco? — perguntou Leya para seu marido.— Vamos… não sei, que tal… não faço ideia. — sorri desconcertado.— Ele não pode saber que eu conheci vocês? — pergunta confusa.— Na verdade, sim, não pode de jeito nenhum saber que você nos viu, por motivos de segurança.— Tudo bem, eu já estou de saída também. — diz ao sugerir ir embora.— Para onde está indo? — perguntou preocupada. — Vai guardar segredo?— Se você guardar o nosso— Eu vou embora desse lugar — confessou chateada ao mesmo tempo que se força a sorrir para fingir que está tudo bem. — Não se preocupem com isso, eu nem mesmo dirijo a palavra a ela.— Marco aprontou o que agora?— Nada, esse lugar não é para mim, não tive sorte com nada na vida, nem quando vir parar aqui, preciso ir embora — comentou desanimada.— Você pode ficar um pouco mais, quer me falar um pouco de sua vida? Quem são seus pais verdadeiros, linhagem, quem é você? — pergunta Leya sugestiva encarando dragazon que se mantém ansioso.
cap.24— Não me diga que quem te trouxe para casa foi o próprio Marco Marone? — perguntou seu pai que já a esperava em frente a porta, o mesmo já estava empolgado e todo esperançoso.— Sim — confirmou ela, saltitando de alegria.— Então significa que você conseguiu fisgar ele?— Ainda não, mas hoje consegui até me deitar ao lado dele — comentou sem perceber.— Como é? — inquiriu seu pai perdendo a graça.— Calma, foi só para colocar ciúme na Alessa, eu jamais me entregaria a ele ou a qualquer homem fora do casamento. — mente descaradamente.— Boa menina, mas por que colocar ciúmes naquele peso morto? Ela por acaso está pensando que pode ficar com o cunhado? — perguntou segurando o riso.— Só tive um pressentimento de que ela poderia esta se apaixonado por ele, afinal ele é o oposto de seu marido, que por acaso nem vi sinal — comentou pensativa se lembrando da cena do quarto, porém não quis comentar isso com o seu pai, por medo dele pensar em usar Alessa para conseguir dinheiro dele, a
Cap.25Assim que entrou no quarto colocou seu material didático na cômoda próxima a sua cama e seguiu para o banheiro estreito, lá conseguia fazer o básico, escovar os dentes, tomar banho, lavou o cabelo, em seguida vestiu uma camisola pijama.Saiu do banheiro escovando o cabelo quando se deparou com um homem alto vestido de forma social com o blazer pendurado no antebraço.Sua expressão endurecida, braços cruzados enquanto estava encostado na porta com um dos pés apoiado na mesma, estava aparentemente aborrecido com algo.— O que faz aqui? — perguntou em pânico recuando, mas quando tentou entrar no banheiro para se trancar, Marco impediu.— Não se atreva a fugir de mim, agora saia daí — ordenou com a voz tranquila, porém Alessa sentia vontade de chorar, pensou em sair de cabeça baixa, mas ergueu o rosto se mantendo seria, saiu.— Hoje temos um jantar com sua família, o que faz aqui? — perguntou aborrecido.— Eu não vou, já não basta o que você fez ontem? E eu ainda acreditei em você