Baleado

Chon SmithAbro os olhos devagar, ouvindo um apito infernal. Eu via tudo de cabeça para baixo e turvo, mas pude ver perfeitamente o carro dos homens virar para a direita logo a frente.Me arrasto para fora do carro, sentindo os vidros perfurarem minhas pernas. Me levanto com dificuldade, olho para trás e vejo o carro de Lucas cercado por várias pessoas, já prestando socorro a ele.Começo a andar na direção que vi o carro ir. Sinto o sangue descer pela testa, levo a mão até a mesma e sinto o corte profundo.Minha visão fica turva, como se eu fosse dormir ou estivesse bem drogado. Balanço a cabeça, aperto os olhos e continuo andando.Olho para trás e não vejo mais a pista, apenas

No Vale da Morte

Coma

Mylenna MüllerMinha gestação não está sendo muito boa. Sempre me sinto mal, tendo que abandonar a aula a qualquer momento.E o que estamos passando ultimamente também não está cooperando para uma boa gestação.Cada dia que se passa sinto que as coisas estão a ponto de ser resolvidas, mas infelizmente estão bem longe de voltar tudo ao normal.O mais engraçado ou pode ser normal, não sei ao certo. E quando Aiden está a alguns metros de mim, mesmo eu não o vendo, a criança em meu ventre chuta. Sorrio ao sentir ela chutar ou fazer qualquer movimento, mas ela sempre faz isso quando ele está perto. Como se sentisse sua presença.Estava admirando as fotos do quarto que tio David havia prepa

Cirurgia

Chon SmithCom os olhos ainda fechados e esperando o pior acontecer, sinto uma mão tocar meu ombro. Ao sentir seu toque, uma corrente elétrica percorre por todo o meu corpo.As dores lastimáveis que sentia imediatamente somem.— Chon. – Ouço uma voz grave e calma me chamar.Eu estava com medo de abrir os olhos. Nego com a cabeça e me esquivo para o lado, tirando sua mão de meu ombro.— Chon, você pode abrir os olhos agora, está tudo bem – diz a voz, parecia ser masculina.Continuo com os olhos fechados por alguns minutos, até que decido abri-los e vejo um par de olhos castanhos me encarando. O homem a minha frente abre um belo sorriso, mostrando seus dentes bran

Quase Morta

Cindy CollinsNesses últimos dias não estou conseguindo dormir bem. Toda vez que o sono vem, os pesadelos o acompanham.Todos os pesadelos têm início na cena que vi da última vez: Chon, de joelhos e sangrando.Só lembrar dessa cena e ter certeza que ela aconteceu, faz meu coração se partir em mil pedaços. Milhões de perguntas vêm a minha mente" Será que ele está vivo?", " Ele morreu? Se morreu, onde sua alma está?", " Tudo isso foi minha culpa, não deveria ter nem chegado perto dele, não era para eu ter conhecido ele, assim tudo estaria bem agora".Nunca tenho uma resposta exata para essas perguntas. Só sei que estou orando por ele, para Deus ajudá-lo onde quer qu

Quase Morta - Parte 2

Ella Froy Chow— Já sei o que vamos fazer – digo fazendo ele me encarar.— Estou ouvindo.— Você vai ficar com a parte fácil, eu é quem vou me ferrar mais, mas tudo bem. – Me levanto da cadeira. — Você vai dizer para o meu pai que ouviu pelo rádio que a polícia está vindo para cá, meu pai vai saber logo que fui eu quem ligou.— Tá, mas e se a polícia não vir? Eu vou me ferrar também.— Quem disse que eu não posso ligar de verdade? – falo pegando meu celular no bolso da calça.— Ok, temos trinta minutos até eles chegaram aqui – diz ele.— Eu levei uma hora e meia para chegar aqui.

Reencontro

Chon SmithFazia dois dias que eu havia saído do hospital, agradeço muito a Deus por ter me dado uma segunda chance.Estava sentado assistindo o jogo pelo qual treinei o ano todo, mesmo não podendo participar, sou capitão do time, não posso deixar eles de lado.Fiz minha escolha e coloquei em campo os melhores, entre eles estavam Aiden, Lucas, Josh, Dylan e Will. Esses sim eram os melhores jogadores do colégio.Faltavam minutos para o jogo acabar, todos na plateia vibravam. O jogo estava empatado, qualquer deslize seria fatal para ambos os times.Vejo Aiden, com a ajuda de Josh, marcar um touchdown. A plateia atrás de mim, fica de pé e vai à loucura.Vencemos o jogo.

Reencontro - Parte 2

Chon SmithNão dormi direito pensando no que iria dizer para o detetive, minha mente não parava de processar ideias. Acabei ficando acordado até cinco da manhã.Quando fechei os olhos, pareceria que o tempo não havia passado. Sou acordado por Anna, mandando me arrumar para ir no hospital visitar Cindy.Não demorei muito, dei um pulo da cama e fui direto para o banheiro tomar um banho, fiz minha higiene de rotina, troquei de roupa e desci as escadas.— O café está pronto. - Ouço Anna dizer.Era domingo, então estava virando costume a família tomar café junto. Eu não gostava disso, mas estou tentando ser um filho melhor e atencioso.Meu pai disse que ia arrumar um trabalho para mim onde ele trabalha, apenas para eu pag