一 O que você quer? - Minha voz saiu mais dura do que o esperado, transbordando com a frustração acumulada.
Ele parecia surpreso com minha reação, mas sua expressão logo se endureceu em resposta à minha hostilidade.
一 Por que você se demitiu? - sua voz tinha um tom de demanda, como se esperasse uma resposta imediata.
Minha raiva transbordou e, sem pensar duas vezes, empurrei-o para fora do quarto, fechando a porta atrás de mim.
一 Por que eu me demiti? - repeti, minha voz se elevando com a indignação. 一 Você realmente acha que pode simplesmente aparecer aqui e exigir explicações depois de tudo o que aconteceu?
Ele permaneceu
Assenti, agradecendo-lhe e sentindo o peso da decisão se instalar em meus ombros. Eu me sentia dividida, entre o desejo de retomar minha independência profissional e o receio das consequências que isso poderia trazer para minha vida pessoal. Encarei Adriely, tentando expressar minha preocupação. 一 Adriely, você sabe como Murilo é. Ele não vai gostar disso. - murmurei, sentindo-me agoniada com a possibilidade de desencadear mais problemas em meu relacionamento já conturbado. Adriely cruzou os braços, sua expressão séria. 一 Erica, você não pode deixar que Murilo controle sua vida assim. Ele te humilhou hoje na empresa, por causa daquela mulher. - ela rebateu, seu tom de voz firme. Suspirei, sentindo o peso das palavras de Adriely. Ela estava certa, mas o medo ainda me prendia. 一 Eu sei, mas… - comecei, mas me interrompi, incapaz de formular uma resposta coerente. Adriely balançou a cabeça, sua expressão mostrando compaixão. 一 Você precisa pensar sobre isso, Erica. Não deixe que
一 O que você quer? - Minha voz saiu mais dura do que o esperado, transbordando com a frustração acumulada.Ele parecia surpreso com minha reação, mas sua expressão logo se endureceu em resposta à minha hostilidade.一 Por que você se demitiu? - sua voz tinha um tom de demanda, como se esperasse uma resposta imediata.Minha raiva transbordou e, sem pensar duas vezes, empurrei-o para fora do quarto, fechando a porta atrás de mim.一 Por que eu me demiti? - repeti, minha voz se elevando com a indignação. 一 Você realmente acha que pode simplesmente aparecer aqui e exigir explicações depois de tudo o que a
Enquanto subíamos as escadas do novo prédio, sentia um misto de emoções. Carlos carregava algumas caixas enquanto eu segurava outras, e o som dos nossos passos ecoavam pelo corredor vazio.Era como se cada degrau nos levasse para mais perto de um novo começo.一 Você está bem, Erica? - Carlos perguntou, notando minha expressão pensativa.Balancei a cabeça, forçando um sorriso. 一 Sim, estou. Apenas um pouco nervosa, acho.Ele assentiu compreensivo. 一 É normal sentir isso ao mudar de lugar. Mas tenho certeza de que você vai adorar o novo apartamento.Ao chegarmos ao m
Eu estava petrificada com o que estava ouvindo. As palavras de Maicon ecoavam em minha mente, cada uma delas como um golpe. Tudo começou a fazer sentido, e a realidade sombria do que realmente aconteceu naquele dia começou a se desdobrar diante de mim.Eu senti um nó se formando em minha garganta, mas lutei para manter minha compostura. 一 Isso é sério, Maicon? - Minha voz soou fraca e trêmula.Ele assentiu gravemente. 一 Sim, Erica. Eu não queria esconder isso de você. Você precisa saber a verdade.Eu me senti atordoada, lutando para processar toda a informação. Por um momento, o mundo ao meu redor parecia desfocado, como se estivesse girando fora de controle.一 Obrigada por me contar. - murmurei, ainda tentando absorver o choque da revelação. Mas por dentro, uma tempestade de dúvidas e medos estava crescendo, e eu não tinha ideia de como lidar com isso.As palavras de Maicon caíram como uma bomba sobre minha mente já sobrecarregada. Eu precisava entender tudo aquilo, mesmo que fos
Eu estava tensa, os olhos fixos em Murilo enquanto ele falava sobre a mulher que me empurrou.一 Ela recebeu uma última ligação de um tal de João Victor, você sabe quem ele é?A menção de João Victor fez meu estômago revirar, uma onda de pavor se espalhando por mim.Por um momento, considerei negar qualquer conhecimento sobre ele, mas minha mente se recusava a articular uma mentira convincente.一 João Victor? - Minha voz saiu em um sussurro, minha expressão se contorcendo em uma mistura de medo e ansiedade.Murilo pareceu notar minha reação, seus
Eu estava deitada na cama do hospital, olhando para o teto branco enquanto pensava sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos dias.A batida suave na porta me tirou dos meus pensamentos, e quando olhei, vi Maicon entrando, segurando um buquê de flores.一 Olá, Erica. - Sua voz era gentil, e havia uma expressão de preocupação em seu rosto enquanto ele se aproximava da cama.一 Oi, Maicon. - Eu respondi, tentando sorrir apesar da situação.Ele se aproximou e me entregou o buquê de flores.一 Trouxe isso para você. Espero que goste. Eu saí do quarto do hospital, ignorando os chamados de Murilo ecoando pelos corredores.Sabia que ele e Estela logo estariam atrás de mim, mas eu precisava sair dali, precisava de ar fresco.Assim que pus os pés fora do quarto, avistei Carlos esperando por mim, uma sensação de alívio momentâneo passou por mim, mas então Maicon se aproximou, seu olhar indo de Murilo para mim, preocupado.一 Erica, você está bem? - Maicon perguntou, sua expressão cheia de preocupação.Assenti, forçando um sorriso. 一 Estou bem, Maicon. Só preciso ir para casa.AnteVisita de um bêbado
A luz pálida da manhã filtrava pelas cortinas, pintando a sala com tons suaves e tranquilos. Logo me lembrei da madrugada e depois de me arrumar, saí do quarto, encontrando Murilo já acordado, com as mãos na cabeça sentado no sofá. Eu me aproximei, sentindo uma tensão latente pairar entre nós. Ele parecia exausto, suspirando pesadamente enquanto parecia pensativo. 一 Dei muito trabalho ontem à noite? - ele perguntou, erguendo o olhar para me encarar. Sua expressão era cansada, os traços tensos denunciando a dor de cabeça que o afligia.Balancei a cabeça negativamente. 一 Não, você praticamente chegou e desmaiou aqui mesmo. - respondi, tentando manter a voz neutra.一 Como está se sentindo?一 Com dor de cabeça. Eu sabia onde estavam guardados os remédios e, sem dizer mais nada, fui até o armário, pegando um comprimido e um copo d'água. Voltei e entreguei a ele, observando-o enquanto tomava o remédio.O silêncio que se instalou entre nós era quase palpável, carregado com uma série d