Sophie.Estou sentada no sofá da sala, com o telefone na mão, lendo a mensagem pela quinta vez. É de Angelo, um dos seguranças que Lucca colocou para me "proteger". Ele diz que Lucca está fora do país, a negócios. O que significa que ele não voltará tão cedo. Um suspiro frustrado escapa dos meus lábios enquanto deixo o celular de lado.Preciso sair, espairecer. Ficar presa aqui não está me ajudando a processar nada e sinto falta da minha amiga Rebecca. Desde que eu sai da boate, raramente temos a chance de nos ver e hoje ela está no Eclipse.Segundos depois a babá de Bernardo chega e decido me arrumar para sair.Opto por uma roupa discreta calça jeans, blusa solta e um casaco preto, nada que chame muita atenção, não quero parecer que estou indo para uma festa ou que voltei a trabalhar lá, coloco os saltos baixos, amarro o cabelo em um coque bagunçado, me despeço de Bernardo, passo no quarto do meu irmão e o vejo dormindo profundamente.Saio pela porta, determinada a não deixar que os
Lucca.Angelo: Chefe, estamos no radar da senhorita Sophie que está indo para a Eclipse. Depois que cheguei da Russia, eu mal tive tempo para qualquer coisa, minha mãe me arrastou obrigatoriamente para um almoço com o conselho sobre o maldito casamento.Decido também ir a Eclipse e quando entro a cena de deixa enfurecido, aquele homem maldito tentando agarrar Sophie, sinto uma raiva que eu nunca experimentei antes me dominar. Cada fibra do meu corpo reage de forma instintiva e antes que eu possa me controlar, estou em cima dele.Ele não sabe com quem está lidando e isso só torna mais fácil descontar nele toda a frustração acumulada. Cada soco que eu dou no seu rosto é como um golpe de alívio para algo que venho segurando há dias. Eu não deveria me sentir assim por alguém. Nunca me permiti me apegar a mulher nenhuma, mas Sophie... ela me desperta algo que eu não consigo entender.Enquanto eu o espanco, ouço a voz de Sophie. Ela me pede para parar e por algum motivo, sua voz corta a m
Sophie.Lucca se aproxima lentamente, seus olhos fixos nos meus. O mundo ao nosso redor parece desaparecer, e tudo o que consigo sentir é a intensidade do seu olhar, tão profundo que me deixa sem fôlego. Meu coração dispara enquanto ele estende a mão, segurando delicadamente minha bochecha. Seus dedos são quentes e o toque é suave, mas carrega uma carga de desejo que faz meu corpo inteiro se acender. Nossos olhos se encontram e há algo travesso nos seus, algo que faz com que meu estômago dê um nó de ansiedade e antecipação. Ele sempre foi intenso, sempre me fez sentir como se fosse a única pessoa no mundo que importava, mas dessa vez é diferente. Dessa vez, eu posso sentir o quanto ele me deseja, e isso me deixa tonta.— Você não faz ideia do que faz comigo, Sophie.— ele murmura, sua voz rouca e baixa, como se estivesse lutando para se controlar.Sinto meu corpo responder ao seu tom, ao calor que emana dele. Não consigo evitar, meus dedos se movem sozinhos, subindo pelo seu peito,
Lucca.O ambiente ao nosso redor se desfaz em um borrão de desejo e expectativa. Meus olhos percorrem Sophie, absorvendo cada detalhe de seu corpo curvilíneo, cada traço de sua pele macia e quente sob a luz suave do quarto. Ela me olha com aqueles olhos cor de esmeralda, cheios de fogo e incerteza, e eu sei que não há mais volta. Não para mim. Não para ela.Dou um passo à frente, minha mão subindo até sua bochecha, segurando-a com delicadeza, mas também com uma posse inegável. Meu polegar desliza suavemente por sua pele, sentindo a textura, a suavidade.Sophie suspira, inclinando-se involuntariamente para meu toque e isso acende algo primitivo dentro de mim. Um desejo feroz de possuí-la por completo, de gravar meu nome em sua pele, em seu coração.Inclino-me para frente, roçando meus lábios contra os dela, sem pressa, provocando. Ela treme sob meu toque e eu saboreio seu suspiro entreaberto antes de finalmente capturar sua boca em um beijo profundo e faminto. Suas mãos sobem até meu
Sophie.Acordei com um silêncio no quarto, obvio que eu não esperaria que um homem como Lucca fosse acordar ao meu lado em nova orimeira noite juntos.Mas o silêncio é quebrado apenas pelo som distante de algo lá fora, será que os seguranças estão aqui dentro?Quando saio enrolada em um Hobby branco de cetim que eu nem vi antes, Lucca está com o rosto em frente a frigideira que exala um cheiro maravilhoso de ovo frito e um copo de uísque na mão, enquanto eu respiro fundo, me preparando para o que preciso dizer. Sei que ele não vai gostar, mas não posso continuar ignorando a necessidade de estar mais presente para Bernardo e meu irmão.— Bom dia, queria fazer uma surpresa e te levar café da manhã na cama. — Lucca diz assim que ele nota minha presença, e eu me sinto constrangida pelos pensamentos anteriores.— Obrigada.— Eu realmente fiquei bastante surpresa com essa atitude dele. — Eu queria conversar sobre algo... Vou precisar sair mais vezes.— digo suavemente, mas com firmeza. Ele
Sophie.Nós tomamos nosso café, que estava surpreendentemente gostoso, em paz. Lucca, realmente me surpreendeu, não do jeito que ele queria, mas ainda assim foi uma surpresa. — Como eu te disse que nem sempre estaria aqui, vou sair e não sei quando volto.— Lucca me informa se levantando, tirando nossa louça e colocando na máquina de lavar louças que eu nem sabia que existia, em baixo da pia. — Então eu vou dar uma olhada nos quartos para acomoda-los.— Minha felicidade irradia através do meu sorriso enorme. — Sim, faça como quiser amore mio.— Lucca acaricia meu rosto e me dá um beijo de tirar o fôlego, literalmente. E eu fico observando ele sair. Eu ainda não tinha visto todos os quartos desse apartamento, mas só de saber que é a cobertura, eu já imaginava que não tinham apenas dois quartos e sim, eu estava certa. Além do meu quarto, de outro quarto que Lucca usa, encontrei mais dois quartos e um pequeno que fica guardados coisas de casa... Vassouras e etc. Arrumo todo, me arruma
LuccaO som do telefone vibrando sobre a mesa de meu escritório interrompe o silêncio pesado que paira no ar. Estou sentado, olhando para os papéis espalhados à minha frente, mas minha mente está longe, presa em pensamentos sobre Sophie, sobre o futuro, sobre tudo o que ainda precisa ser feito, quando o telefone toca, eu olho para a tela e vejo o nome de Filippo, meu subchefe. Algo no meu instinto já me diz que a ligação não traz boas notícias.— Sim, Filippo? — Atendo com um tom seco, profissional. — Chefe, temos um problema.— A voz dele vem do outro lado, tensa e apressada. Eu me endireito na cadeira, sentindo os músculos do meu corpo se tensionarem. Filippo não é do tipo que se abala facilmente, se ele está preocupado é porque algo realmente sério aconteceu.— Fale.— eu ordeno, minha voz firme, mas calma.— Recebemos a carga como planejado, mas... algo deu errado. Parece que roubaram parte dela. Não sabemos quem foi, mas o caminhão foi interceptado na zona leste. Perdemos pelo men
LuccaO carro para em frente ao galpão, e eu desço, sentindo o peso da noite fria sobre meus ombros, eu caminho com passos firmes, minha mente focada no que precisa ser dito. Filippo está ao meu lado, silencioso, mas eu posso sentir a tensão nele, ele sabe que algo grande está acontecendo e ele está pronto para o que vier.Quando entro no galpão, todos se viram para mim, e o silêncio cai como uma cortina pesada. Eu olho para cada um deles, sentindo o peso de suas expectativas. Eles precisam de respostas, de direção, e eu estou aqui para dar a eles.— Alguém roubou nossa carga.— Eu começo, minha voz ecoando pelo espaço vazio.— E isso não é apenas um ataque aos nossos negócios. É um ataque a nós, como famíglia. Alguém teve a audácia de colocar as mãos no que é nosso, e isso com certeza, não pode ficar sem resposta.— Eu vejo os rostos dos meus homens, alguns com raiva, outros com preocupação. Eles confiam em mim e eu não posso decepcioná-los.— Estamos investigando.— eu continuo, minha