Benjamim fitou os olhos de Antonela, buscando talvez um blefe, mas só havia dor e desespero em seu belo rosto. Desde o dia em que a conhecera, nunca havia visto ela tão abalada. Antonela não ficara assim nem mesmo quando ele a abandonou no altar. — Eu não vou a lugar algum até que você me explique
Os minutos se arrastavam e Antonela não fazia ideia para onde Benjamim havia ido. Ela caminhou por aqueles corredores frios por diversas vezes procurando-o por cada canto, mas ele não estava. Havia fugido como um covarde que ela jamais imaginou que seria. Já sentindo as pernas fraquejarem, ela o av
O som dos seus passos apressados se aproximava cada vez mais do local onde ele faria o exame. Benjamim passou em frente ao quarto de Adam, esticando o pescoço e observando o garoto deitado na maca, tão frágil. Ele desejou não ser tarde demais, que o exame que estava prestes a fazer desse positivo
Alessia apertou o passo, passando por Henrico poucos segundos depois e indo em direção a Antonela. À medida que a mulher de cabelos ruivos, um pouco mais escuro que o seu, se deslocava sem o menor esforço, Antonela tinha a incômoda sensação de que Alessia estava ali apenas para arrumar problemas. A
Antonela sentiu que não suportaria ficar nem mais um minuto perto de Henrico, ainda mais sabendo que ele estava prestes a contar a verdade a Alessia. Sentou-se em um banco, em um lugar onde não podia ver nem ouvir os dois conversando, então imediatamente lembrou-se da sua infância. Quando eram cria
Antonela sentiu seus ombros se encurvarem. O tom de voz de Benjamim havia mudado, como se ele acabasse de lembrar da mentira dela. Engoliu a seco, imaginando o quão difícil seria conviver com ele a partir daquele momento. Continuaria o amando, sabendo que ele a odiava. — Eu também estou passando
Benjamim passou um bom tempo apenas olhando para Alessia, que tinha os olhos fundo e vermelhos. Aliás, todo o rosto dela estava vermelho, demonstrando que havia chorado bastante. Ele não desviou o olhar do dela nem por um segundo, esperando pacientemente que ela falasse qualquer coisa, e que suas pa
Embora soubesse que precisava descansar um pouco mais, Antonela se levantou antes mesmo do sol subir ao céu ou do galo cantarolar, como fazia todas as manhãs. Olhou no relógio, ia dar quatro daquela madrugada. Sentiu a bexiga cheia e saiu do quarto em direção ao banheiro. Antes, olhou para o lado,