Eu não conseguia acreditar no que eu vi naquele vídeo. Minha esposa só poderia estar louca, como ela teve coragem de raptar meu sobrinho? A loucura dela chegou ao ponto de machucar minha menina e minha cunhada. Eu tentei ser fiel a ela, eu me afastei o máximo que eu conseguir de Bernadete. E mesmo que tivesse rolando algo a mais, isso não dava o direito dela machucar minha menina. Eu não conseguir ver o vídeo todo, pois quando ela começou a bater em Bernadete com a arma do segurança me partiu o coração. E sem contar que ela bateu na minha menina após desmaiada. Eu passava a mão em meu cabelo, andava de um lado para o outro no escritório do meu irmão. Tinha feito uma promessa a Bernadete que eu iria matar a pessoa que fez aquilo com ela, mas como eu poderia matar a minha própria esposa? Como eu poderia fazer mal a única mulher que eu prometi proteger e cuida?— Ela levou Ian? — Perguntei ainda com uma pequena esperança dele me informa que ela tinha apenas batido em Bernadete, mas para
Chegamos ao apartamento que Sônia estava mantendo o meu filho. Augusto dirigiu o caminho todo em completo silêncio, tinha certeza que a cabeça dele estava a mil. Ainda tentei puxar alguns assuntos com ele, mas ele não respondia ou apenas resmungava algum som em resposta. Antes de sair de casa eu prometi para minha esposa que tudo ficaria bem, que eu voltaria com nosso filho. — Como você pode estar tão tranquilo. Nosso filho vou levado por uma louca. E sem falar na minha amiga que está machucada. — Aline falou quase sem respirar.— Eu não estou calmo meu amor, só que não posso agir pela emoção. Bernadete vai ficar bem o médico disse que estar tudo bem com ela. Tenho certeza que nosso filho esta bem. Sônia sempre quis ser mão e ela não faria mal a uma criança. — Eu sei que não, mas depois de hoje eu não quero mais nem ver a cara dela mesmo que ela venha pintada de ouro.— Ela não chegara a nem cem metros de você. — Prometi a minha mulher. Eu nunca mais colocaria a minha família em ris
Eu tinha tudo o que queria. Desde criança meus pais faziam todas as minhas vontades, e um deles foi arrumar meu casamento com Augusto. Estava bem na cara para quem quisesse ver que Augusto nunca tinha me amado. Eu achei que o amor que eu sentia iria valer para nós dois. E valeu, até que o Murilo, meu cunhado, resolveu ir atrás da mulher abandonada. Ele podia ter deixado tudo do jeito que estava, qual o proposito de ir atrás dela após tudo o que ele a fez passar. Sempre achei Murilo muito hipócrita com aquela obsessão toda de ter aquela pobre coitada de volta. Meu casamento com Augusto foi quase um ano e meio antes do de Murilo e Aline. Por ser a mulher do Don, chefe da máfia Corleones, eu tinha o dever de lhe dar herdeiros, mas isso não aconteceu. Passou um ano, dois e lá se foram quase sete anos e nada de filhos. E para piorar a minha situação, meu marido me informou que a fugitiva da mulher de Murilo estava grávida, no momento que descobrir, deu vontade de gritar ou de quebrar tud
— NÃO, NÃO! — os gritos do meu irmão podiam ser ouvindo naquela sala. Eu paralisei. Não conseguia acreditar que minha cunhada tinha acabado de se jogar da sacada. Toda raiva que eu sentia dela desapareceu no momento que vi seu olhar de desespero. Ninguém em sã consciência pularia de um prédio só porque não teve o que queria. Sônia estava precisando de tratamento. — SE MOVAM! — O grito do meu irmão foi desesperador. — MINHA ESPOSA SE JOGA DA SACADA E VOCÊS NÃO FAZEM NADA!Meu irmão correu para fora do apartamento de sua esposa. Meu filho se espantou com os gritos de Augusto, eu o acalmei e logo em seguida fui atrás do meu irmão. Estava sentindo muita dor no meu ombro e tinha muito sangue. — O senhor não quer que eu leve o bebê? — Pedro me perguntou.— Não. Deixe que eu levo meu filho. — Respondi e beijei a testa do meu menino. Eu não iria largar Ian enquanto não chegasse em casa.Estava um grande tumulto em frente ao prédio e podia se ver o corpo de Sônia no chão e meu irmão ao seu
Voltei a respirar novamente quando vi a porta da minha casa sendo aberta e meu marido passado por ela com meu filho no colo. No momento que Murilo abriu a porta e passou com o meu menino eu corri e peguei meu filho. Ian estava com outra roupinha. Com ele já em meus braços o alívio meu coração foi imediato, beijei seu rostinho todo. Eu não aguentaria ficar longe do meu filho nem mais um segundo. Bernadete pediu para eu entregar Ian para ela, então eu aproveitei para abraçar meu marido e o agradecer por cumpri sua promessa. — Ai. — Murilo reclamou. — O que aconteceu meu amor? — Olhei para seu corpo, e meu olhar parou em seu ombro. — Você esta bem? — Estou sim. No momento da raiva minha cunhada atirou em mim. — Ele disse com calma, como se aquilo fosse uma brincadeira.— Eu vou matar aquela ordinária e ela nunca mais vai chegar perto da minha família. — Falei entre dentes, mas cada palavra que saiu da minha boca parecia mais com uma piada para meu marido. — Esta doendo muito? — Pergun
Voltar para minha cidade foi a decisão mais difícil que eu já tinha tomado, não queria ter deixado para minha amiga e meu afilhado para trás, estava sentindo falta até do chato do Murilo. — Você tem certeza de que tem que ir? — Murilo me perguntou ao descobrir minha decisão de ir embora. — Acho que é o melhor para todos. — Respondi segurando o choro. Não queria chorar mais.— Bernadete, você não precisa ir. — Ele falou me abraçando e não conseguir segura o choro. — Eu prometi que cuidaria de você, e se você estiver indo por culpa de Augusto, eu não deixarei ele chegar perto de você. — Não é por causa dele. — Falei me afastando dele e enxugando meu rosto. — É por mim. Eu necessito desse tempinho, sozinha. — Tudo bem, mas quando precisar estaremos aqui. — Ele puxou Aline para perto de nos e abraçamos novamente. Fui ao quarto de Ian e me despedir em lágrima do meu Raiozinho. Meu primo foi Me buscar na casa da minha amiga depois do meio-dia. Tudo em mim, implorava para ceder o desejo
A morte da minha esposa mexeu muito comigo. Não sei se foi pela morte ou pelo fato de saber que ela me traia a meses com seu segurança. Eu tive o prazer de o torturar. Cada grito que ele dava era um alívio imediato ao meu lado possessivo. O que me deixou com raiva foi que ela só não me chamou de santo quando descobriu que eu sentia algo por Bernadete, ela chegou até machucar a minha menina por ciúmes. Sendo que ela me traia a mais tempo, antes mesmo do meu caminho cruzar com o da melhor amiga da minha cunhada.E mesmo possesso de raiva, mesmo querendo trazer ela de volta a vida para eu poder mata-la de novo por tudo que ela fez. Eu lhe dei um funeral honrosos, eu acompanhei todos os detalhes pessoalmente, pois só assim eu me sentiria livre de uma vez. Só assim um dia eu poderia, refazer minha vida ao lado da pessoa que eu amava. Dei ordens para esquecerem tudo que aconteceu. Era para todos que estavam naquele local em que Sônia se matou dizer que ela se suicidou por estar sofrendo de
Sempre me achei um homem forte, que não se deixava abater com nada. Nunca cheguei a sentir falta de ninguém, se a pessoa tinha que ir embora então que ela fosse de uma vez, pois eu não conseguia me prender a esses sentimentos bestas. Meu pai um dia me disse que aqueles que se deixavam dominar por sentimentos eram sempre os que eram deixados para trás. E acho que esses foi um dos motivos que eu não me forcei a amar minha esposa. Se um dia alguém chegasse para mim e falasse que eu iria me apaixonar a primeira vista por uma mulher mais novo que eu, jamais teria acreditado. Minha vida estava tão tranquila antes de Bernadete aparecer e vira-la de pernas pro alto, ou eu acreditava que estava. Não sabia mais em que acreditar. Pensei que me afastando de Bernadete, eu conseguiria ser fiel a minha esposa, mas eu estava muito enganado, pois quando eu descobrir que Sonia me traia com seu segurança, eu percebi que a traição não vem apenas do alto carnal. Mas ao contrário de mim, minha esposa nã