Dários Não sou covarde! Na verdade, nenhum de nós é. Quando tudo aconteceu, não tivemos tempo nem de reagir. Nosso treinamento, nossa experiência, nada parecia importar. Nem mesmo Viggo, o guerreiro mais temido de todos os tempos, que parecia como uma grande onda de tempestade destruindo tudo ao seu redor nos campos de batalha, conseguiu lutar contra aquilo.Viggo, meu ídolo, ficava lá em cima, bem no alto da torre de vigília. Nossa estrutura de defesa era sólida: três guerreiros na plataforma intermediária, prontos para apoiar e reservas para substituir; três na base da torre, garantindo segurança e comunicação; dois reservas para as comunicações e dois para a segurança ao redor da torre; e um reserva no topo, observando tudo.Mas então, o monstro chegou. E eu me lembro do grito de Viggo enquanto ele caía da torre, como um trapo arrastado pelo ar. O vento uivava, as pedras tremiam sob meus pés. Eu estava paralisado, incapaz de reagir. Meu mentor, meu amigo, meu herói... tudo que eu
Pérola Após horas de caminhada exaustiva, chegamos à pequena casinha. O crepúsculo lançava um brilho dourado sobre as paredes de madeira. Decidimos dormir em camas separadas, mas no mesmo quarto, para nos recuperarmos. A proximidade dele me confortava, mas sabia que precisávamos conversar sobre os segredos que nos separavam. O silêncio entre nós era suave, um murmúrio de expectativa, como o primeiro sussurro da noite. Quero aproveitar essa noite de paz antes de enfrentarmos o que está por vir. E assim passamos a noite de mãos dadas, separados apenas por centímetros, que representavam os inúmeros segredos não ditos. Um véu de mentira cobria o mundo, cegando aqueles que se julgavam os únicos habitantes do planeta. Eles não acreditavam nos seres do folclore e da mitologia: lobisomens, vampiros, fadas e outros. Liam era um desses, cego à verdade. Sempre considerei os humanos patéticos, frágeis e vulneráveis, apesar de se acharem os mais fortes e únicos. Mas a Deusa – cujo nome ainda não
LiamJá experimentei beijos ardentes e amassos fervorosos com mulheres da vida, as mãos tocando em lugares proibidos, mas não cheguei a transar com nenhuma, pois sempre pensei que isso era algo íntimo de mais, especial, para ser feito com alguém especial, já estava perdendo as esperanças de encontrar esse alguém, porém posso dizer com convicção que sei beijar, mas beijo nenhum supera aquele beijo da gatinha arisca e olha que foi o primeiro dela!! Só de sentir seu cheiro meu coração já bate mais rápido, acho estranho o fato do cheiro dela ser tão intenso, é incrível como o aroma de chocolate e morango emana dela, transportando-me para uma memória há muito tempo esquecida. Lembro-me do primeiro pedaço de bolo que comi, eu era criança ainda e Klaus estava dando uma festinha para os amigos do filho, para parecer que era bondoso comigo deixou que eu participasse mas me disse para não tocar na comida porque eram apenas para os convidados, com o passar das horas minha fome ia aumentando, mas
Atlas Saindo da ala de enfermaria, onde observei secretamente a interação entre Valéria e sua irmã, minha confusão só aumenta. Não sei se as duas irmãs são falsas, manipuladoras e egoístas, ou se meu julgamento sobre Victoria está errado. Mas estou determinado a descobrir a verdade. Porém isto ficará para depois pois preciso encontrar Alfa Logan. Quando saio para procurá-lo, sinto um desespero profundo e cenas começam a surgir em minha mente. Não entendo o que está acontecendo, mas sei que isso está ligado ao meu vínculo com ele. Sinto sua angústia, pois sou o beta dele, o segundo no comando; nossa ligação é extremamente forte. As cenas diante de mim são terríveis: vejo trevas e escuridão sem fim. A vida não existe mais como conhecemos. Todos os seres - pessoas, lobos, vampiros, fadas e elfos, entre outros - agora são carcaças movidas pelas sombras. Os poucos sobreviventes lutam apenas para sobreviver, pois não há vida num cenário tão devastado, só o que resta e tentar sobreviver na
Veridiana Quando recupero a consciência, vejo Alfa Logam em pé, sua figura imponente contrastando com a dor que emana de seus olhos. Ele realiza uma prece à deusa, sua voz baixa e suplicante, pedindo salvação às almas perdidas. Em seguida, com um gesto que parece arrancar seu próprio coração, ele quebra os pescoços dos membros de sua matilha, pondo fim ao seu sofrimento.Enquanto isso, uma chuva fraca e fria começa a cair, como se a própria deusa estivesse chorando diante tamanha tristeza. As gotas de água caem lentamente, criando um clima de melancolia que envolve tudo. Os pássaros, que haviam fugido com o barulho da batalha, começam a voltar, e uma curruíra pousa na base da torre, iniciando seu canto baixo e triste. O som da curruíra é como um lamento choroso, uma despedida às almas que partiram. O canto ecoa pelo ambiente, misturando-se com a chuva e a dor que emana de Alfa Logam. É como se a própria natureza estivesse pranteando a perda dos guerreiros. Me levanto indo até o alfa.
LogamAo chegar à matilha, percebo uma grande aglomeração. As pessoas estão amontoadas perto da calçada, próximo ao hospital, murmurando e observando algo. O ar está carregado de tensão e preocupação. Me aproximo para ver o que está acontecendo e encontro meu beta, Atlas, em estado de choque, olhando para sua companheira ensanguentada no chão, mal respirando.A luz do amanhecer ilumina a cena, destacando a gravidade da situação. O cheiro de sangue e suor paira no ar. Vendo a situação crítica, me dirijo a ele, colocando minha mão em seu ombro e chamando-o suavemente.Logam: - Atlas, Atlas olhe para mim, você precisa reagir, não pode deixá-la morrer esvaindo em sangue no meio fio da calçada, cadê aquele homem que sempre confiei para tratar de situações difíceis? Cadê o beta que sempre resolve tudo não importa o quão difícil é a situação?Atlas: - Eu não confiava nela alfa, queria rejeitá-la, achava injusto a deusa me dar alguém tão falsa e egoísta como companheira mas não desejava ser c
Victória Eu caminhava pelos corredores do hospital, sentindo-me cada vez melhor após dias de recuperação. No entanto, não entendia por que o médico ainda não me dava alta. Sempre havia uma desculpa, mas eu sabia que estava pronta para ir embora. O ambiente hospitalar era estranho e me intrigava. Ouvi falar sobre um "alfa" e um "beta", chamados assim, suponho, por serem figuras importantes. Atlas, em particular, era chamado de "beta". Eles tinham suas próprias formas de designar líderes. Na nossa cidade, elegemos prefeitos e vereadores, mas nunca havia ouvido falar em "alfa" e "beta" antes.Estava ansiosa para ver minha mãe e reencontrar minha amiga. Por hora, restava-me apenas percorrer aqueles corredores, esperando pelo momento da minha liberação. Estava distraída olhando aqueles corredores de paredes brancas como a neve, pensando que estes mesmos corredores estão cheios de memórias de vidas que se cruzam a todo instante, quando através de um vidro imaculado vi a cena que despedaçou
Oberon Sentado na cadeira do Alfa enquanto batucava com a caneta na mesa Oberon Chalut refletia "Está perto finalmente o dia que ganharei o que é meu por direito já fiz muito para conseguir o que quero, falta apenas dar um fim naquela maldita e conseguir o poder que tanto desejo pois a posição do Alfa já me pertence..”Sua mente o leva no dia em que tudo aconteceu.FlashbackO dia tornou-se noite, a única claridade que se via eram dos raios que rasgavam os céus, fortes trovões podiam ser ouvidos, nuvens escuras e imponentes se faziam presentes, o assobio do vento era ouvido chicoteando no ar que estava gélido fazendo os dentes até mesmo dos mais fortes bater, mas além dos sons da tempestade também se ouvia galhos quebrando-se sobre poderosas patas em uma luta onde era matar ou morrer, desistir não era uma opção pois muito estava em jogo, porém a luta não era justa dezenas e mais dezenas contra um, não era qualquer um mas sim um dos maiores lobos também descendente da bruxa mais pode