Melissa Tompson.Cheguei em casa outra vez do mesmo jeito, morta, agora por tantos motivos que não conseguia nem ao menos lista los.Trabalhar no restaurante sempre me trazia coisas boas, como também - mesmo que eu não gostasse tanto de admitir isso - tinha seu lado negativo, por exemplo, o fato que praticamente evitei algum contato com o meu chefe durante o dia todo, o que não deu muito certo, já que acabei jantando com ele no mesmo dia em que eu o evitava.A sorte não gostava mesmo de mim e eu tinha o total conhecimento dos seus sentimentos por mim, afinal de contas tive um exemplo perfeito disso quando por uma incrível coincidência acabei querendo ou não encontrando o meu chefe em um dia que não estava querendo nenhum tipo de contato direto com ele, para melhorar ainda a situação tive que aguentar a mulher ao seu lado praticamente se jogando em seus braços durante todo o jantar. Como pode existir pessoas que se comportam dessa maneira? Eu fico até assustada só de me lembrar. Bom
Melissa TompsonDeus, só você sabe muito bem o quanto eu quero socar a cara dele nesse momento. Ao ouvir aquela fala não consegui não levar em duplo sentido, minha mão se fechou novamente em um punho pronta para bater no loiro que assim que viu isso parou com suas provocações. — Calma. — Pediu o rapaz de cabelos loiros, diferente de antes sua voz não estava mais do mesmo jeito era algo calmo e nada zombeteiro como estava antes. — Não precisamos partir para agressão Tompson. Inicialmente não respondi nada daqueles atrevimentos bobos que eram lançados ao vento.Respirei fundo, contando até dez procurando pelo pouco da paciência que estava no meu corpo. Fechei os olhos, meus dedos se juntaram e fizeram um som baixo. Quando os abri novamente meu olhar foi direto no rapaz que assustado levantou as mãos como se fosse uma bandeira branca pedindo por um pouco de paz. Confesso que quis rir da expressão em seu rosto, porém não o fiz. Eu estava com raiva.E ele com toda a certeza teria q
Melissa TompsonA noite foi uma completa bagunça, resumidamente falando. Primeiro que tive a linda surpresa do meu querido vizinho e por mais que me doesse admitir isso a visita de Theo Fernandes naquele dia me fez ficar um pouco mais leve. Depois dos meus tão queridos desencontros com o meu chefe em um dia só, junto da onda de sensações que queriam se fazer presente na minha mente com objetivo principal de me torturar ter o loiro do meu lado se tornou a melhor coisa que eu poderia pedir mesmo que sem saber.Algo que com toda a certeza não diria para ele, sabia que o ego subiria a cabeça e isso com toda a certeza era algo que eu não poderia suportar de forma alguma. Theo não foi para casa, ficou no meu apartamento e é claro ficou no sofá. Tivemos uma pequena noite de pijama, dividi comida com meu pior inimigo não estava nem ao menos me reconhecendo com aquilo tudo.A parte cômica da coisa foi quando ele se deitou para dormir, o corpo de Theo não cabia no meu sofá e ficou ainda mai
Melissa TompsonNo dia seguinte as coisas estavam como sempre foram com algumas poucas modificações.Por exemplo, não esperava ter na minha cozinha um loiro de quase dois metros de altura cozinhando com o meu roupão cor de rosa todo florido.– O quê está fazendo aqui? – perguntei. Ele se virou e sorriu, então percebi que a pessoa em questão estava nu.Soltei um grito baixo entre os lábios.– Bom dia, também. – Falou se virando e ficando de frente. O avental em questão cobria tudo ou quase tudo já que o corpo do loiro em questão era muito maior do que o tecido. – Achei que era o mínimo que eu poderia fazer depois de você me receber na noite passada sabe? – Falou ao mesmo tempo enquanto ajeitava as coisas no prato. – Apesar que eu sei que você tem mais habilidade que eu na cozinha ainda assim quis fazer uma pequena ação de gentileza.Franzi o cenho.Já ouviu por acaso o seguinte ditado?Quando a esmola é demais o santo desconfia? Então, é exatamente essa a sensação que eu estava ten
Melissa TompsonAcredite quando digo que tenho todos os motivos do mundo para não gostar nem um pouquinho das festas de natal. Ah! Antes que me chame de amarga ou coisa parecida, vou explicar com todo o prazer do mundo o motivo pelo qual não sou a fã número um desse feriado. Por exemplo, como sempre estive solteira nessa maldita época do ano consequentemente sempre adquiri o - tão magnífico, estou sendo irônica. - maldito privilégio de me sentar na mesa das crianças, algo que sinceramente não era nada agradável para uma mulher adulta.Na verdade, acho que para nenhuma alma viva é algo agradável. Por mais difícil que seja acreditar, eu de verdade amo crianças e quero sim um dia ter a minha própria família. Só que, não quero de jeito nenhum me sentar com elas no natal ainda mais quando algumas delas ficam grudando comida no meu cabelo ou pior chiclete. Presenciar essas ações fez com que me questionasse o meu amor por essas criaturinhas tão adoráveis.Poxa, você não mexe com o cabel
Melissa TompsonPosso dizer com toda as letras do alfabeto que viajar de carro não era a minha coisa favorita do universo.E com toda a certeza do mundo poderia também facilmente listar os motivos disso, por exemplo, era uma pessoa que não aguentava ficar parada em um pequeno espaço daqueles em suma era uma completa tortura.Além claro, que a minha bunda saia um pouco dolorida disso tudo. Fora isso, não posso negar que em partes a viagem foi agradável.Tive meus momentos de risadas e de algumas revelações, como... Eu nunca imaginaria que Theo Fernandes tem algum talento para música muito menos que ele em vida cantaria Lady Gaga.Aquelas horas dentro do carro foram ótimas, fizeram com que minha mente pensasse em outra coisa para variar e não no meu chefe ou no que insistia em me perturbar nos últimos dias.Demorou cerca de duas horas e meia até que conseguisse ver um pouco da casa dos meus pais, quando vi não segurei - nem quis fazer isso - o sorriso que aos poucos surgia em meu rosto
Melissa TompsonA cada passo que eu dava naquela pequena estradinha de pedra a minha mente era então submetida a várias lembranças, desde felizes até mesmo algo triste.Um misto de sensações me rodeava, estava de mãos dadas com Theo que ao meu lado exibia um sorriso confiante enquanto andava.Mentalmente agradeci por ele estar ao meu lado, mesmo que fosse ele ao menos teria alguém para me apoiar nessa loucura toda.Ao mesmo tempo em que andava já estava aos poucos me conectando com o clima do interior, algo muito mais pacífico do que a cidade. A minha única ameaça naquela lugar com toda a certeza do mundo eram os mosquitos. Odiava o barulho do zumbido no meu ouvido, principalmente quando ele vinha assim que me deitava na cama. Balancei a cabeça em uma negativa, afastando aqueles pensamentos. Olhei um pouco para cima e Theo imitou a ação a única diferença era que o loiro em questão tinha que olhar para baixo. Ele sorriu de canto, algo que me transmitiu confiança e então quando per
Melissa TompsonDepois de tudo o que aconteceu fomos para o quarto onde ficaríamos durante aquele curto período na casa dos meus pais, quer dizer, onde eu ficaria. Theo ficaria em um quarto separado, minha mãe não iria aceitar "numa boa" que a filha dela ficasse no mesmo quarto que um homem, mesmo que esse homem supostamente fosse o meu namorado. Essa realidade só seria realmente possível se Theo Fernandes fosse meu marido e olhe lá.Quando ele fechou a porta do cômodo esperei por alguns segundos.Sabia que minha família era fofoqueira - curiosa - e estaria ouvindo atrás da porta, por causa disso não ousei em falar nada em voz alta e sim escrever em um papel.O que de certa forma, acabava me deixando ainda mais doida. Ri, o hospício que me aguarde já que depois das festas de fim de ano eu com toda a certeza vou para lá. "Você está louco?""Não fale alto ou se quiser responder escreva algo, minha família pode estar ouvindo atrás da porta."Ele moveu a cabeça em negação ao ler. Dif