Melissa TompsonAdmito que por muito tempo eu fiquei pensando no que aquela mensagem poderia ou não significar. Fiquei criando várias alternativas do que poderia ser, em algumas eu assumo que sonhei um pouco demais e falo com todas as letras que rapidamente coloquei os pés no chão.Poderia sim ser a tola apaixonada.A mulher que ama alguém que não a corresponde da maneira que deve, ainda assim eu sei e conheço bem uma coisa chamada senso do ridículo e aquilo com toda a certeza do mundo estava ultrapassando tudo e mais um pouco.É claro que Nathan tinha me mandado essa mensagem com o objetivo de falar do trabalho, não existia outro assunto.Ou existia? Balancei a cabeça em negativa, não queria pensar nisso. A viagem foi tranquila, não tivemos nenhuma cena constrangedora o que eu sinceramente agradeço e muito.E em partes, assumo que fico um tanto triste por não ter tido nenhum tipo de conversa com ele.Não sou idiota, é claro que as coisas mudaram apesar de ainda vez ou outra trocarm
Melissa TompsonNão sei e não faço a mínima ideia de quanto tempo eu demorei dentro do box do chuveiro, só sei que foi o bastante para que a pele dos meus dedos ficasse enrugada algo que deixou um riso escapar dos meus lábios. Sai enrolada em uma toalha pequena e outra média, a pequena usei para o cabelo onde aproveitei para secar os fios molhados já a média usava para o corpo.Caminhei daquele jeito mesmo até a cozinha, tendo o bônus de vestir até mesmo uma pantufa bem fofa do ursinho pooh.O quê?Eu sou uma amante dessas coisas. O meu corpo remexeu se um pouco, cantava uma música em voz baixa ao mesmo tempo em que andava até a cozinha pegando algumas coisas necessárias para fazer um sanduíche. Eu estava com fome e infelizmente sem nenhuma vontade de fazer algo elaborado e bonito para comer. – Outra vez comendo sanduíche? – perguntou a mulher. Ao ouvir uma outra voz naquele ambiente senti meu coração disparar dentro do peito e as coisas que segurava até então foram para baixo por
Melissa TompsonA chuva que caia do lado de fora do apartamento me fazia gemer baixinho ao mesmo tempo, em que mantinha meus olhos fechados devido ao sono, enrolada nos cobertores virei o meu corpo para um lado e depois pro outro. Não dormi direito, a minha mente resolveu que seria uma ótima ideia me castigar durante toda a madrugada. Com a onda de pensamentos que acabou vindo durante aquelas horas não pude evitar de ficar um tanto tensa, eu pensei em tantas coisas que mesmo assim não pareceu nem um pouco o necessário. De todos os tipos de tortura possíveis, o pensamento, a ação de pensar com toda a certeza era a pior de todas. A cena de algumas horas atrás passava na minha cabeça, como também as minhas poucas falas trocadas com Theo Fernandes, era como um filme em preto e branco — muito ruim — que se repetia sem parar na minha cabeça. Uma das coisas que posso dizer com toda a certeza do mundo era que o ato de acordar cedo não era nem de longe o meu favorito, nunca vou chegar a go
Theo Fernandes Acho que você já me conhece o suficiente, então consequentemente dispensarei as possíveis apresentações. Estava deitado em casa, olhando pro teto enquanto a pouca luz entrava pela janela, deixando aquele lugar um pouco menos sombrio. Eu tinha que ir trabalhar, porém, a preguiça de sair da cama era muito maior do que qualquer outra coisa. O meu despertador a essa altura do campeonato já não se encontrava mais entre os vivos e sinto em dizer que fui o culpado por causa disso, ainda me pergunto o motivo pelo qual tenho essas coisas sendo que meu relógio biológico funciona muito melhor, do que aquele maldito aparelho. Fechei os olhos e me obriguei a pensar em várias coisas que aconteceram nesses últimos dias.Um exemplo era de como a minha relação com Melissa tinha passado de ódio para uma possível amizade colorida. Aquilo que aconteceu no quarto de hotel estava marcado na minha cabeça, me perturbando. E sei que agi de uma maneira escrota com ela no dia seguinte ainda
Theo Fernandes**Há um tempo atrás**Eu estava quieto no sofá, com os olhos fechados evitando abrir para não ter contato com a luz do sol. Uma música tocava ao fundo, um rock suave algo que sinceramente falando?Um tanto raro se te mostrasse a minha playlist. Estava ainda com a roupa do trabalho, cansado depois de ter pego um turno pela madrugada.Amava o que fazia e disso não tinha dúvidas, ainda assim não conseguia virar a noite como fazia quando era adolescente. Fico me perguntando que tipo de poder tive que adquirir para isso. A campainha tocou, atraindo a minha atenção.Resmunguei em voz baixa e obriguei o meu corpo a se mover até lá. A pessoa do lado de fora não parou nenhum momento de bater na porta, na verdade, ela batia mais e mais forte até que finalmente eu movi aquele pedaço da madeira na direção contrária me dando uma visão um tanto inesperada.A minha vizinha do apartamento 106 estava ali na minha frente enrolada em uma toalha, seus cabelos molhados e o ar de desespe
Theo Fernandes**Há um tempo atrás**Era quase sete da manhã quando a minha porta começou a ser macetada de uma maneira violenta. A pessoa que estava do lado de fora - seja lá quem for - conseguia sentir a fúria só pela força que colocava em seus socos. Por acaso eu tinha esquecido novamente de pagar o aluguel e era o dono vindo me cobrar? Pensei enquanto virava de um lado pro outro na cama.Talvez se a pessoa percebesse que não tinha ninguém em casa - uma grande uma mentira - poderia pensar ou simplesmente ir embora, algo que eu desejava e muito que esse pedido fosse atendido. No dia anterior havia passado a madrugada inteira acordado, só fui dormir quando alguns raios de sol tocaram o meu rosto indicando que um novo dia estava prestes a começar.Ou em poucas palavras, eu tinha virado a noite acordado por causa de uma coisa maldita chamada insônia, logo o meu humor não estava dos melhores. Infelizmente para a minha sorte a pessoa do lado de fora não estava nem aí para isso, batia
Theo Fernandes *Há um tempo atrás* Acordei sentindo a minha cabeça pesar, senti uma dificuldade tremenda para abrir os olhos devido à luz do sol que entrava pela janela. Como o adulto maduro e responsável que sou, a minha ação a respeito disso foi simplesmente me virar pro lado e grunhir, feito um animal irritado e de certa forma eu estava mesmo. Para completar o pacote coloquei também o lençol em cima da minha cabeça, querendo simular um caixão ou pelo menos tentar fazer isso. Infelizmente, para o meu azar, o despertador também resolvia entrar naquela onda e, vinha com um barulho bem alto, irritante. Daquele tipo de barulho que só de ouvir me fazia tremer de raiva feito um pinscher; exageradamente falando, é claro. Suspirei baixo, pensando em N motivos para levantar, como também pensar em motivos para não ser um adulto responsável e simplesmente faltar ao trabalho. Abri um pouco os olhos, com a cabeça coberta e em uma pequena brecha tive a visão de alguns boletos jogados no ch
Theo Fernandes*Há um tempo atrás*Uma coisa que eu odeio desde que virei adulto com toda a certeza é não ter uma rotina muito boa de sono, infelizmente para o meu azar as vezes o meu trabalho não deixava que eu fosse alguém produtivo pela manhã, já que no dia anterior que tinha acabado de sair de um longo turno.Trabalhar na polícia em partes era fácil, na teoria era fácil já na prática não tinha tanta facilidade.Eu tinha um salário ótimo, mesmo que vez ou outra acabasse com um deslize. Tinha férias e vários tipos de benefícios que eu não poderia reclamar de jeito algum, passar nesse concurso foi uma mão na roda em todos os sentidos. O primeiro é claro me livrei de todas as amarras que o sobrenome Fernandes carregava. Segundo é claro, pude enfim ter a minha liberdade financeira.E algo um tanto bizarro foi o fato de ter sido um adolescente com apartamento e um salário extremamente grande, foi algo um tanto bizarro em todos os sentidos possíveis. Digamos que um adolescente com mu