Melissa TompsonNunca agradeci por ter um horário bastante alternativo de trabalho, em alguns dias eu exercia minha função de noite já em outros de dia. Nesse em especial iria poder passar a tarde e a manhã livre do jeito que eu quisesse e como eu queria. Dormi tarde, rodeada de muitos e muitos lenços de papel. Eu estava um grande porre, na minha pior fase.Logo ali perto também podia se ver um pote de sorvete com várias barras de chocolate que consumi durante as longas horas de filmes românticos com finais tão trágicos quanto a minha vida atual. Apesar de já ter amanhecido e tudo mais não estava com vontade de levantar, fiquei onde estava. Fora isso o meu querido apartamento estava mais parecendo a batcaverna de tão escuro, as janelas estavam fechadas impedindo que a luz do sol entrasse totalmente naquele ambiente.Eu não queria ver ninguém, só queria ficar ali largada até que desse o horário de ir trabalhar para que pelo menos pudesse mudar um pouco o foco da minha atenção.Na
Melissa TompsonTrabalhar era a única coisa que me mantinha distraída, afinal de contas o lugar em que sempre ia durante o dia ou noite, era o suficiente para deixar a minha cabeça e as vezes até mesmo o meu corpo pensando em outras coisas.A cozinha estava sempre movimentada quando não era o movimento o caos reinava e alguns empregados batiam boca entre si, para depois estarem se apoiando na construção de algum prato ou algo do gênero. Achava aquele contraste interessante, pois, era entre o ódio e o amor que trabalhava e claro o som de panelas batendo. No momento em que pisei ali não parei nem ao menos por um único mísero segundo.O meu corpo ia de um lado pro outro, vez carregando uma faca e nas outras vezes uma panela. O importante era que eu não tinha nenhum espaço para descansar ou pensar em outras coisas, por causa do meu cargo eu tinha que ficar olhando não só o que eu estava fazendo como também o que as outras pessoas
Theo FernandesEu estava no meu pior e no meu melhor momento, estava dividido entre vários tipos de sentimentos.Aquela discussão com Melissa Tompson não foi como as outras que já tivemos e do nada tudo voltou ao normal, foi algo diferente e muito mais intenso já que a mulher confessou seus sentimentos que eu como um homem burro e lerdo nem ao menos percebi.Quando ouvi aquelas palavras saírem da boca dela fiquei em choque, a vontade de fazer aquela mulher calar a boca de outras formas era grande ainda assim, a surpresa dominou cada célula minha impedindo que tivesse alguma reação e eu me odiei por isso. Assisti com toda a atenção do mundo o corpo feminino sumir do meu campo de visão e entrar em seu apartamento, logo o meu passou a ser envolvido por dois braços curtos e finos da companheira da noite. Se eu dissesse que não era exatamente o quê parece você por acaso acreditaria em mim?Bom, a mulher atrás de mim o motivo pelo qu
Melissa TompsonTalvez eu estivesse louca quando aceitei aquele convite insultado de Demian, porém uma parte minha não via mal algum em sair um pouco da atmosfera que estava tão acostumada, estava se tornando maçante.Uma hora era desviando os olhares de Nathan, meu chefe que agora pedia por uma resposta para sua pergunta e nas outras horas era descobrindo os horários de Theo Fernandes para simplesmente não olhar na cara dele.Eu também quase cogitei a ideia de me mudar, estava ficando ridículo a maneira que desviava ou tentava evitar o loiro.Contudo não fiz nada disso, continuei no mesmo prédio agora em horários diferentes.Não me sentia bem para ver Theo, pelo menos não ainda. E outra coisa que acabei fazendo foi trocar a fechadura, eu não queria e nem tinha estômago para mais um daqueles encontros inesperados no meu apartamento, por causa disso achei melhor fazer isso e dessa vez não iria dar uma chave ao porteiro e nem nada
Melissa TompsonPosso dizer com todas as malditas letras do alfabeto que beber não é a minha praia.Infelizmente para o meu azar não sou e nunca fui, como provavelmente nunca serei uma daquelas pessoas que tem uma resistência enorme ao álcool ou melhor dizendo, não sou igual aquelas pessoas que pode beber quantos copos quiser que não fica bêbada e muito menos tem os famosos - queridos - efeitos colaterais depois de algumas longas e longas horas de bebedeira.Em toda a minha vida foram poucas as vezes em que coloquei álcool na boca, a primeira vez foi só para provar. Na época eu não passava de uma adolescente idiota que queria fazer coisas idiotas, acho eu quer era da época ou coisa assim. Obviamente por ter os pais que tenho não tive um segundo de paz e com motivo, na noite anterior havia bebido tanto mais tanto que o rastro de vômito perto da minha cama iria me entregar, mesmo que inventasse mil e umas mentiras. Naquela época
Melissa TompsonOs raios de sol entrando na janela torturavam impiedosamente os meus olhos, o meu rosto vez ou outra acabava enrugando a pele, soltando vez ou outra um palavrão da boca. Xinguei em todos os idiomas que eu conhecia, que não eram muitos.Apesar de gostar e muito de estudar, pegar nos livros não era a minha coisa favorita, por causa disso acabei fazendo poucos cursos ao longo da minha vida, além-claro, da minha formação em gastronomia. Desde o espanhol ao italiano e obviamente o nativo.O meu interesse em espanhol veio da quantidade de novelas que assistia quando mais nova, já o italiano foi devido ao meu amor pelo local, então após me formar na faculdade tirei um tempo para me especializar nos dois e hoje posso dizer com orgulho - ou nem tanto assim - que conseguia xingar mais do que um caminhoneiro bêbado, algo que com toda certeza não seria algo que eu sairia exibindo por aí mesmo assim era bastante divertido ver a cara
Melissa TompsonE então como o inferno ele apareceu, a pior pessoa para encontrar naquele momento. Estava curioso para saber o que eu fazia ali, e eu não o culpo, de certa forma eu também estaria.Um lado meu quis chorar ali mesmo, não estava pronta para ver o loiro ainda e duvido que estaria. Apertei os lábios um no outro e movi a cabeça para os lados em uma negativa, tentando quem sabe afastar qualquer tipo de pensamento que surgisse na minha mente. — Não é da sua conta. — Falei já começando a andar para longe, infelizmente para a minha sorte Theo Fernandes era um grande de um brutamontes e não deixaria isso passar em pune ou apenas me deixar em paz, pois, como eu disse o homem em questão era um grande idiota e quando ele colou os dedos em meu braço virei irritada em sua direção. — O quê? — perguntei.— Eu não posso deixar você sair assim. — Falou o loiro. — Essa parte da cidade não é tão segura assim para você andar sozinha
Melissa TompsonAcho que em toda a minha vida foram poucas as vezes em que realmente tive que ouvir alguém me dando um sermão. Assim que tive contato com Demian e Emily ouvi muitas coisas, e esse excesso de informação fez com que meus ouvidos quisessem simplesmente pular do meu rosto, para que assim eu não ouvisse mais nada daquilo.Sei que em partes eu tinha culpa, só que assim... Eu não me lembrava de absolutamente nada da noite passada, só de como chegamos ao bar e o que me deixava ainda mais irritada é claro era de como eu fui parar naquele lugar. Felizmente hoje eu não teria que trabalhar, ou seja, eu não teria que inventar uma desculpa esfarrapada do motivo que eu nem ao menos estou me aguentando em pé de tanta dor de cabeça.Já tinha tomado banho e estava agora enfiada no meu pijama favorito, uma camiseta e short do ursinho pooh.Os fios de cabelo estavam presos em um coque bem alto, desajeitado ao ponto de sair alguns f