Capítulo 7

Carla F Clarke 

Já passava da meia noite, meu vestido estava grudado à pele por conta do suor que escorria pelo meu pescoço e minha bebida estava começando a esquentar no copo que eu segurava apenas de enfeite. Mariana tinha sumido com outra amiga nossa e fiquei cansada de brincar de seduzir o Campos Alonzo, um beijo que seja e eu ia acabar nua na cama daquele traiçoeiro, o que não seria nada mal, se não tivesse um plano em jogo. Um bebê em jogo. Entretanto, tecnicamente para ter o bebê, independente de qual fosse a minha escolha, eu ainda precisava de um maldito homem e por mais que odeie admitir meu ex namorado parecia ser a opção mais confiável e acessível no momento.

Caminho meio sem rumo pelo salão do evento sentindo a frustração preencher minha alma, percebendo que em poucos meses, 3 para ser exata o tempo para cumprir a m*****a lista de desejos terá se esgotado.

Quase perco um par dos sapatos, tamanha a preguiça de continuar andando. Por sorte, esbarro em Tomás de novo, está sentado na mesa etiquetada com nossos nomes, mexendo no celular com uma careta entediada estampada no rosto. 

 Nota minha presença e sem importar com as câmeras por perto, segura minha mão me arrastando para sentar em seu colo. 

Envolvo os braços ao redor do pescoço dele para me apoiar, ele segura firme a minha cintura. Levando os lábios até o meu rosto e descendo até o canto da boca. A ponta dos seus dedos alisa a tatuagem de borboleta desenhada em minha nuca, um formigamento preenche todo meu corpo. Repuxa meu lábio inferior com uma mordida. Levo minhas mãos até seus cabelos bagunçando-os levemente, meus olhos fixos em sua boca. 

  Ele captura meus lábios com intensidade, entreabro a boca dando passagem pra sua língua entrar em contato com a minha. Entrelaçando-se com facilidade, sugando-me, fazendo esquecer do ambiente em que estamos. 

  Suspiro, o fazendo rir, suas mãos passeiam cada curva do meu corpo coberto pelo vestido, pressiono seus ombros. Por falta de fôlego, vou parando com selinhos e me afasto. 

— Por favor, vamos embora! Eu tô com fome – Choramingo fazendo uma careta e sorrindo fraco. 

— Você passa a noite toda me provocando e depois desse beijo, acha que vou fazer tudo que a senhorita quiser? – ali estava seu sorriso descarado e as sobrancelhas arqueadas que eu amava. 

— Até parece que tu não gosta né?! Vamos, tô implorando, amanhã eu acordo super cedo! 

O segurança nos leva até o estacionamento, onde está ventando muito, tremo dos pés a cabeça, xingando mentalmente o motorista por ter estacionado tão longe. Tomás percebe meu desespero, passando o blazer que usava pelos meus ombros. 

— Obrigada! – Sussurro, piscando pra ele. 

 Dentro do carro, estamos aquecidos, repouso a cabeça em seu peito e escuto o coração batendo calmamente. 

— Candy, she's sweet like candy in my veins

Baby, I'm dying for another taste – Cantou baixinho o verso inicial de Eletric Love.

Fecho os olhos aproveitando esse momento de paz. 

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