Mas é claro que minha mãe iria me colocar ao lado de Marcos servindo de anfitriã, ela queria mostrar para ele que eu ainda era a escolha certa, ela queria me colocar em uma bandeja de prata com uma maçã na boca e me oferecer para ele. — Isso não vai acontecer, mamãe! — Falei enquanto tentava colocar um laço na minha cabeça. — Você ainda o ama,não o ama? — Poderia negar, seria tão fácil, mas pelo olhar de pena que minha mãe me deu, ela sabia a resposta. — Tomei uma decisão há oito anos, não tenho o direito de querê-lo de volta. — Essa era a verdade, a única e absoluta, mas eu queria muito mais do que eu poderia admitir. — Então lute por ele, não te criei para ser uma medrosa. — Minha mãe falou arrancando o laço da minha mão e ela mesmo começou a amarrar o meu cabelo em um rabo de cavalo e colocando o laço e com certeza ela foi melhor sucedida. — Fala como se houvesse uma maneira de apagar tudo, como se eu ele fossemos esquecer os últimos oito anos. — Eu queria apagar muita
Bianca aceitou o meu convite, subi as escadas tomei meu banho, eu precisava ser um bom anfitrião, alguns negócios futuros podiam ser influenciado a ideia do piquenique foi bom, tiraria a formalidade de tudo, como meu pai falava para fechar um bom negócio precisa paquerar, seduzir porque sempre existem propostas melhores, mas a sua tem que ser irresistível. Aprendi desde de muito novo que tudo é uma oportunidade, e quando vi a oportunidade de trazer os mathias para a cerimônia não perdi tempo, eles são uma família muito unida e um escuta outro, mas marcar um reunião com todos é quase impossível, porém a mãe deles adora minha mãe e jamais recusaria um convite dela. Alguém bate na porta.— Entra!— Acha que
Por um momento me esqueci da raiva, o toque dele sobre minha pele, me fez estremecer, mas então ele se afastou e sorriu.— Posso dá mais que beijos, posso beijá-la em outros lugares, apenas peça Liz. — Eu podia ver em seus olhos, o desejo, mas havia algo ali. — Não vou implorar por sexo Marcos. — Me afastei dele. — Não vou implorar por você. — Sempre orgulhosa Liz. — Ele fala se virando para sair, me deixando com o insulto na língua. Eu iria embora daquela casa nem que fosse andando, eu e Marcos não podemos ficar no mesmo teto e claro que ele estava querendo me seduzir, queria me ver implorar por ele, mas isso eu não iria fazer. Entrei em meu quarto, peguei uma pequena mala, e arrumei as coisas mais básicas que eu poderia. Eu iria falar com meu tio, tenho certeza que ele ao contrário da minha madrinha daria um jeito de me tirar daqui. Sair com a mala na mão e o primeiro a me ver é Luan, ele me avalia por alguns segundos e dá de ombros.— Estou indo para a cidade, vou tomar um banho
Quando voltei para casa ela já não estava, Luan decidiu acabar com minha tortura e a levou, minha mãe estava evidentemente insatisfeita com ele, Leila estava radiante, minha tia estava descontente, ela acha que não sei que junto a minha mãe ela espantou qualquer pretendente legivel para mim. Eu nunca me interessei de fato por nenhuma, então pouco me importei, mas já estava na hora de me casar, ainda mais com a vinda de Liz para a cidade, hoje quase cometi o erro de deixar meu desejo por ela falar mais alto e isso não poderia voltar acontecer. Eu precisava de uma noiva e Bianca seria uma boa escolha, na verdade Bianca é a melhor escolha ela não espera amor vindo de mim. — Eu agradeço pelo que fez. — O pai de Liz fala, ele estava sentado na sala lendo jornal, eu estava indo ao escritório, mal o tinha visto, mas sua voz era inconfundível. — E o que eu fiz? — Perguntei para ele. — Não a desrespeitou, não a tratou feito uma qualquer. — Senhor Juliano era um homem reservado, para ele o q
O carro parou de frente a minha casa, senti um friozinho no estômago Luan me olhou. — Eu não venho aqui há muito tempo. — Ele fala olhando a aconchegante casa, meus pais não tinha muito dinheiro, mas sempre vivemos bem, nossa casa é bem localizada, minha mãe tinha mantido o pequeno jardim na frente, o portão era de madeira e pintado de branco, havia um corredor de pedras até a entrada, na varanda dois balanços. — Eu sinto tanta falta daqui. — Ele sorri. — O porque não voltou antes? — Ele perguntou de súbito, parecia uma acusação. — Eu estava com medo. — Eu sou covarde, eu fui covarde antes tô sendo covarde agora, minha mãe tem razão. — Não tem mais? — Sim, mas eu estava sozinha lá, e aqui apesar de tudo eu sei que tem quem me ama, eu me sentia tão pequena lá, aqui eu era brilhante, todos me diziam isso, que era incrível e eu acreditei que poderia ser assim em qualquer lugar. — Eu levantei a cabeça e respirei fundo, não ia chorar. — Não culpe os outros.— Também acha que e
Já fazia dois dias que eu tinha voltado para a cidade, e eu não vi não que eu estivesse procurando também, mas em uma cidade pequena você vira duas esquina e ver a todos, eu esperava ao menos que alguém veio falar algo dela, mas havia um silêncio terrível sobre sua presença na cidade que me incomodava. Eu poderia desviar do meu caminho e passar de frente a sua casa, daria para ver como estavam as coisas por lá, minha tia com toda a certeza estaria na porta, ela sempre está e me convidaria para entrar. Seria um plano perfeito se junto com ele não fosse a minha dignidade, eu tinha um jantar com Bianca em uma hora, a pediria em casamento, aliança tinha chegado pela a manhã a caixinha preta em cima da minha mesa me trazia uma desconforto, eu sabia que estava cumprindo um dever, não estava enganando ninguém Bianca me conhece muito bem, sabia que não devia esperar amor vindo de mim, mas o restante sim, eu serei um bom marido e um bom pai, darei a ela a vida que ela sempre quis. E o amor é
Tereza passou o resumo dos últimos oito anos, e aparentemente Marcos havia se tornado um devasso, isso me incomodou, será que ele sempre foi assim? Ela negou que houvesse algum rumor de infidelidade antes da minha fuga, mas como confiar depois de tudo que ouvir, ele era de fato um libertino, alguém sem qualquer pudor. Ele sabia que Teresa era a minha melhor amiga e mesmo assim foi atrás dela, ele queria manchar tudo que ela amava. Tereza também me falou que me levaria para uma entrevista em um restaurante, não era muito, mas ela sabia que eles estavam precisando, e mesmo eu querendo algo diferente, decidi ir assim consigo ajudar nas despesas da casa. Me deitei em minha cama, minha mãe tinha mantido tudo no seu devido lugar, óbvio que imagino que isso não foi do agrado do meu pai, mas fiquei feliz por ela ser tão turrona, porque de fato não existia lugar mais seguro no mundo do que aquele quarto. Eu tinha que desfazer as malas, e fazer algo para comer, mas minha cama estava tão macia
A verdade me fez sentar, então as coisas eram piores do que eu imaginava, tudo tinha saído de controle, meu pai com certeza deve está se sentindo culpado. Eu o encarei, não ia jogar isso na cara dele, devia haver alguma maneira de consertar isso. — E qual é o plano? — Meu pai sorriu, havia uma calma ali. — Sua mãe está surtando, falou que quer o divorcio que não fica com homem falido. — Eu ri, ela o amava, isso era impossível de acontecer. — E eu penso em pegar o dinheiro da casa de São paulo e comprar uma casa pequena, não preciso de luxo para viver. — Sabe quem comprou a casa? — A cidade era pequena, possivelmente algum dos nossos conhecidos havia comprado, eu poderia negociar um aluguel, simplesmente não queria ter que abrir mão daquela casa, foi onde eu cresci onde Helena cresceu, com certeza deve haver alguma coisa a ser feita. — Comprador anônimo, apenas recebi uma notificação. — Ele me entregou um envelope, não abrir, tinha certeza que meu pai examinou aquele papel,